Depois das estrelas • myg + pjm

7 • Quando nem tudo está perdido

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A noite caía sobre a floresta enquanto Jeongguk se movia silenciosamente entre as árvores. Seu corpo estava tenso, cada fibra muscular alerta para qualquer sinal de perigo. Ele conhecia os riscos de ir até a Capital, agora controlada pelo Norte, mas a necessidade de suprimentos era urgente e ele definitivamente não conseguia pensar em outra alternativa senão aquela. Yoongi era um bom guerreiro mas estava ferido, Jackson e Seokjin poderiam até saber se defender, mas em um confronto direto com um soldado nortenho Jeongguk duvidava que eles teriam qualquer chance.

O guerreiro se esgueirava pelas sombras, evitando qualquer luz que pudesse revelar sua presença. Seu treinamento como membro da guarda real do Sul estava sendo crucial nesse momento e Jeon agradeceu aos deuses por tal benção. Ele sabia como se camuflar na escuridão e como agir sem chamar a atenção para si.

Depois de uma caminhada de 40 minutos já sabia estar se aproximando da cidade, Jeongguk podia ouvir vozes e passos das patrulhas inimigas. Ele se agachou entre as folhagens, esperando pacientemente até que a área estivesse livre. Cada movimento era calculado, cada respiração medida.

A cidade estava envolta em uma atmosfera sombria, as luzes escassas realçavam a destruição causada pela invasão. Jeongguk sentia o coração bater forte no peito enquanto se infiltrava nos becos e vielas, evitando os olhares curiosos dos nortenhos.

Seu primeiro objetivo era encontrar alimentos e medicamentos. Jeongguk se dirigiu à principal rua de comércio, haviam muitas lojas em ruínas, outras poucas ele reconheceu terem sido queimadas e as que restaram estavam fechadas com grandes tábuas de madeira nas portas e janelas.
Ele olhou ao redor, e deu a volta para conseguir entrar em um dos imóveis, tudo parecia abandonado mas ainda restavam sacas de arroz em um canto e outros grãos. Ele também vasculhou prateleiras à procura de suprimentos essenciais. Ele se perguntava se seria capaz de encontrar algo útil em meio ao caos deixado pela guerra, as pessoas já não tinham quase nada e ele estava ali para retirar mais um pouco delas? Jeongguk fechou os okhos e se xingou mentalmente em uma típica guerra interna de pensamentos. Não parecia certo, mas eles precisavam daquilo também.

No momento em que Jeongguk iria colocar alguns itens em uma bolsa improvisada, ele ouviu passos se aproximando. Seu corpo se enrijeceu, a adrenalina correndo por suas veias. Sem pensar duas vezes, ele se escondeu nas sombras, observando cautelosamente pelas brechas das tábuas que cobriam o que antes era uma janela dois soldados do Norte passando pela rua deserta.

A tensão aumentava a cada segundo. Jeongguk esperou pacientemente até que os soldados se afastassem o suficiente, permitindo que ele continuasse sua missão furtiva, mas um barulho atrás de si e a ponta afiada de uma espada contra sua coluna vertebral o deteve no mesmo segundo.

- Coloque a espada no chão e vire-se lentamente.

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O tempo passou lentamente enquanto Jeongguk desaparecia na densa floresta depois do jantar, deixando Yoongi, Seokjin e Jackson com uma mistura de ansiedade e esperança. A noite se estendia, e a cabana ficou envolta em uma penumbra, apenas a luz da pequena lareira iluminava o ambiente.

Yoongi se recostou contra a parede da cabana, olhando para o fogo dançante e sentindo a tensão no ar enquanto equilibrava uma pequena adaga de prata em seu dedo indicador. Seokjin preparava uma infusão de ervas enquanto Jackson organizava alguns mapas em uma mesa improvisada. O silêncio pesado era quebrado apenas pelo crepitar da lenha na lareira.

- Seokjin, você acha que ele vai conseguir trazer o que precisamos? - perguntou Yoongi.

O curandeiro olhou para Yoongi com expressão ponderada antes de responder. - Jeongguk é habilidoso e astuto. Não conte a ele que eu disse isso! - ele fez uma leve careta que foi capaz de fazer brotar um pequeno sorriso nos lábios do Príncipe. - Se alguém pode realizar essa tarefa perigosa, é ele. No entanto, não podemos ignorar os riscos. O Norte está por toda parte, e uma simples ida à cidade pode se transformar em um verdadeiro campo de batalha.