Como sempre meu pai acordava de cara feia, as vezes tenho vontade de perguntar se ele tem algum problema ou muito das vezes tenho vontade de manda-ló para bem longe, mas não faço porque ele é meu pai.
Assim que entro na sala Lia e os outros me recebem com um sorriso no rosto, eu sorrio com simpatia, mas quem eu espera ver não estava lá.
Na noite passada eu tive sonhos estranhos, sonhei que olhos azuis me perseguiam. No meu sonho eu corria por uma floresta, mas sempre aqueles olhos estavam lá e eu me sentia completamente segura por está perto daqueles olhos, mas eu não conseguia entender o do porque eu corria tanto.
A hora do recreio chegou, como Lia havia dito eu ia entender porque a escola era conhecida como "escola do corredor", a entrada para os banheiros era um pequeno corredor, assim como a entrada para as salas de aulas e não podia ser diferente a entrada para o refeitório era um corredor. Para uma escola estranha até que o refeitório era bem bonito, havia uma enorme parede de vidro que dava vista para um lindo jardim.
- Já está quase tudo pronto para minha festa a fantasia. - Lia diz me tirando dos meus desvaneios.
- Adoro festa á fantasia. Eu posso ser a diabinha e você o anjo, amor. - Diz Anie abraçando Peter.
Eu não imaginava que eles dois namoravam, poderia achar até que eles são irmãos pela semelhante aparência.
- Você também está convidada, July. - Diz Lia.
- Eu não tenho um par. - Digo.
Eu fui uma única vez a uma festa a fantasia, meu par me largou logo na entrada por uma menina que estava vestida de banana.
- Tem o Vitor, ele está sem par. - Diz Emma.
- Verdade! - Lia sorrir como se Emma tivesse descoberto uma mina de ouro.
- Não sei se ele aceitaria. - Digo. Com certeza não.
- Ele não tem o que querer. - Lia ainda continua sorrindo.
- Ela pode ser a menina virgem e o Vitor pode ser o Drácula. - Diz Carl.
- Não... Que tal o Vitor ser o policial e a July a prisioneira. - Diz Lia.
- Perfeito! - Emma sorrir.
- Eu só quero saber o que o Vitor vai achar disso tudo. - Peter tenta conter um riso.
- Eu vou falar com ele. - Diz Lia.
(***)
O resto das aulas terminou super rápido, Lia todo tempo falava da sua grande festa.
A hora da saída chegou, todos já tinham ido embora. Pego meu celular e ligo para minha mãe, no segundo toque ela atende.
- Oi , querida! - Ela mostra que está super contente.
- Mãe, você me esqueceu? - Pergunto.
- Oh, meu Deus! - Com certeza ela esqueceu - Querida, eu estou no intervalo de uma reunião e daqui alguns minutos vou voltar para reunião.
- Como vou pra casa? - Pergunto desesperada - Mãe, não conheço essa cidade.
- Não tenho tempo, ligue para seu pai. Tenho que ir, beijos. - Ela desliga.
Penso em não ligar para o meu pai, mas não custa nada tentar. Disco o número do meu pai, ele atende na terceira chamada.
- O que você fez? - Ele nem espera eu dizer um "oi".
- A mamãe está em reunião... - Começo.
- Eu sei. - Ele me interrompe.
- Então... Ela não pode vim me buscar...
- Não, negativo. Não irei te buscar.
- Mas pai! Eu não sei andar nessa cidade. - Protesto.
- Se vire! Agora tenho o que fazer, beijos. - Ele desliga o telefone.
Minha vontade era de chorar, caso se eu me perdesse talvez nenhum dos dois fossem atrás. Se eu sumir agora, talvez eles nem percebam.
Saio dá escola com o coração acelerado. Olho para longa estrada que se tem pela frente, apenas muitas árvores e uma longa estrada de asfalto no meio.
Caminho lentamente, talvez eu me lembre do caminho para casa ou talvez não. Um carro preto aparece ao meu lado, eu paraliso no chão. Meu coração acelera mais. A janela do carro é aberta e quem eu menos esperava no mundo aparece dirigindo o carro.
- O que você está fazendo? - Pergunta Vitor.
- Eu estou indo para casa.
- Nessa estrada perigosa? - Ele me olha com seus olhos azul brilhantes.
- Eu não tenho alternativa.
- Você tem a mim... entra no carro.
Sua voz é como uma ordem, sem muita delongas eu entro no carro. Assim que eu entro ele coloca o carro em movimento.
- Meus pais não podem vir me buscar hoje. - Digo para cortar o silêncio que se forma dentro do carro.
- E eles decidem te deixar ir sozinha. - Ele tem seus olhos diretamente na estrada.
- Foi minha única alternativa.
- Existem várias alternativas. Como pegar o ônibus da escola.
- Tem razão, tenho que falar com o diretor Hélio. - Vejo que ele está muito rápido - Não estamos muito rápidos?
- Sim. - Ele responde naturalmente.
- Isso não é contra as regras?
- Eu faço as minhas regras. - Ele olha para mim e sorrir. O sorriso dele é brilhante assim como seus olhos, eu estou completamente encantada e não consigo tirar os olhos da sua boca. - Se você não fechar a boca pode entrar mosca.
Volto meus olhos para estrada.
- Não sabia que dentro do seu carro tinha mosca. - Entro no jogo dele.
- De vez em quando aparace uma.
Se fez silêncio novamente no carro, ele estacionou em frente a minha casa.
- Obrigada. - Abro a porta do carro.
- Por nada.
Saio do carro e fecho. Então me lembro que eu não disse para ele onde era minha casa. Viro-me de costa para perguntar e o local está limpo, não tem nenhum carro ou sinal dele.
Entro na minha casa, Alicia se esfrega na minha perna. Pego ela no colo e vou para o quarto. Deito na cama caindo em um sono profundo.
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Névola - A Caça aos Mutantes (vol. 1)
Fiksi UmumJuly Bemano se muda para névola , uma cidade não muito conhecida. July passa a ter sonhos muitos malucos que parecem ser muito real. Na sua nova escola July conhece novos amigos que também não são nada normais, ela conhece o cara mais gato da escola...