Capítulo 8 - Noite das garotas.

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Dois dias depois...

- Mãe, daqui a pouco estou saindo de casa para ir na noite das garotas.

- Okay querida, avise para seu pai. Eu estou em reunião agora.

- Mas precisa mesmo avisar para ele? - Pergunto.

- Claro, ele é seu pai. Agora tenho que ir, beijos. - Minha mãe desliga a chamada.

Ligo para meu pai enquanto coloco comida para Alicia.

- Fale rápido. - Ele diz assim que atende.

- Eu irei para a festa das garotas.

- E o que eu tenho haver com isso? - Ele pergunta.

- Mamãe mandou eu lhe avisar.

- Okay, agora ja sei. Tchau. - Ele desliga o telefone.

Reviro meus olhos para sua arrogância. Ouço barulho de buzina de carro, pego minha mochila e corro para fora de casa, paro no meio do caminho quando vejo quem me espera.

- Pensei que Lia vinha me buscar. - Torço os lábios.

- Bem que ela queria, mas ela está ocupada demais cuidado dessa tal noite das garotas. - Ele faz aspas com os dedos.

- Então ela mandou o empregado vim me buscar? - Cruzo os braços.

- Não chamo de empregado mais sim de Motorista substituto. - Ele sorrir de lado - Se quiser ir me acompanhe. - Ele caminha para a porta do motorista.

- Só vou por causa da Lia.

- Afinal de contas qual o motivo dessa rejeição? - Ele encara meus olhos.

- Você. - Caminho para a porta do carona ficando frente à frente com ele, deixando apenas o carro no nosso meio.

- Eu?

- Sua arrogância me fez perceber que você também não é só o garoto mais gato da escola como também o mais idiota. - Abro a porta do carro e entro.

- Obrigado pelo elogio. - Ele também entra no carro - O que eu fiz para a mocinha? - Ele coloca o carro em movimento.

- Toda vez que eu tento te fazer uma pergunta você simplesmente muda de assunto ou fica com ignorância... E isso me irrita. - Fuzilo ele com os olhos.

- Eu não sou idiota, você que faz perguntas idiotas. - Ele me olha rapidamente, mas logo coloca os olhos na estrada. - Vamos ver, me faça uma de suas perguntas.

- Porque me tirou da quadra rapidamente? E como chegamos tão rápido no estacionamento da escola?

- A propósito você melhorou do joelho?

- Viu! Você sempre muda de assunto... A dois dias você faz isso. - Reviro os olhos e olho para a cidade que se passa enquanto ele dirige.

- E a dois dias você me faz sempre as mesmas perguntas.

- Okay... Irei ficar em silêncio. - Encosto minha cabeça na janela e admiro a paisagem.

(***)

- Vamos dormir? - Olho para o relógio de cabeceira e consta 03:40.

- Nós não estamos com sono. - Disse Anie contente.

- Eu estou. - Disse Steven bocejando.

- Todos aqui fizeram um desafio... Só falta você July. - Lia sorriu de lado - Se você cumprir o desafio que eu vou lhe propor deixo você e Steven dormi, caso contrário vamos encher o saco de vocês pelo resto da noite.

- Aceite... Por favor. - Steven implora.

- Tá, o que vocês querem?

- Bata na porta do Vitor... - Começa Lia.

- E de um selinho nele. - Termina Anie.

- O quê!? Não pode ser em outra pessoa?

- Vitor seria a única pessoa que não te mataria. - Lia me ajuda a levantar do chão - É só dá um selinho nele e sair correndo.

- Mas corra bem rápido ele às vezes é bem veloz. - Anie rir.

- Não posso fazer isso. - Digo.

- Vai mesmo dispersar seu sono? - Pergunta Lia - Steven parece bem cansado.

Olho para Steven que parece implorar por aquilo.

- Steven você mora aqui do lado, porque não vai dormir lá?

- O chefinho vai querer saber o porque eu estou lá e vou ter que dizer que você recusou a beijar ele e então...

- Ele vai vim aqui quebrar meu pescoço. - Completa Lia - É um simples selinho. - Lia me puxa para fora da casa - Vai me dizer que nunca deu um selinho?

- Já, mas é que...

- Okay, agora vai lá e de um selinho nele. - Lia, Anie e Steven se escondem atrás de um arbusto - Vamos está aqui.

Eu estava indo porque em primeiro lugar eu queria dormi em paz, em segundo porque sei que Lia nunca mais pararia de falar e terceiro porque no fundo eu quero isso.

Paro em frente à porta da casa de Vitor, respiro fundo e levanto meu braço para bater na porta, mas antes que eu bata abre uma pequena fresta da porta deixando a amostra metade do rosto dele.

- Presta atenção! Não fale nada, finja que não está me ouvindo... Só vou deixar você fazer porque sei que Lia nunca desisti e Steven nunca é convidado para essa coisas... Ele está bastante feliz por isso. - Ele fecha a porta.

Respiro mais uma vez e bato na porta, a porta se abre ele está sério e parece está bastante bravo com nossa situação. Me aproximo dele, fico nas pontas dos pés, tomo coragem puxo seu  pescoço e rapidamente encosto nossos lábios, ele tem lábios frios e o sabor da sua boca é tão viciante quanto seu cheiro. Vitor aperta minha cintura de forma excitante, me afasto rapidamente dele.

- Desculpa... - Saio correndo em direção à casa de Lia. Agora eu perdi completamente meu sono.

Névola - A Caça aos Mutantes (vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora