2 - Jade do reino Min

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A jade do Reino Min não era muito de esboçar um sorriso, ele era mórbido e frio. Na sua frente, outra pessoa mórbida e fria estava atrás do príncipe herdeiro como uma porta rígida e sem óleo nas entranhas. Mesmo que Min Yoongi ainda fosse intimidador, ele tinha uma expressão muito límpida, como se fosse um professor mestre.

— Príncipe Herdeiro, acredito que nossa conversa não seja necessário um escudeiro. — Yoongi disse, mas Seokjin esboçou um sorrisinho que para alguns poderia parecer bastante dissimulado, mas ele estava se divertindo.

— Esse é Jeon Jungkook, se deseja se casar comigo terá que lidar com ele.

— Os boatos que o príncipe herdeiro tem uma sombra chegaram a mim ordinariamente. — Jungkook revirou os olhos ao ouvir e saiu de perto de Seokjin, indo até a porta, dando as costas. — Seu ex marido morreu de forma misteriosa.

— O senhor veio para falar sobre nosso casamento ou sobre meu ex marido? — Não era boato sobre a língua de cobra do príncipe herdeiro, mas era um boato que se diluía como se ele fosse tão inocente que falava as opiniões sem pensar, mas aquilo não enganava Yoongi que olhava para Seokjin e via uma cobra prestes a dar o bote. — Quando me promete herdeiros, não deveria ser eu a lhe prometer?

— Boatos correm que vossa majestade não pode ter herdeiros, que é uma maldição proferida por seu povo. Eu tenho um filho chamado Taehyung e ele precisa de um ômega que o dê um amor que eu não sei como dar.

— Meus pêsames por seu marido, imagino que o senhor o amou muito, algumas histórias sobre Lorde Hoseok e a jade do reino Min sempre foram extraordinárias.

— Ele era extraordinário... — Seokjin notou a voz de Yoongi vacilar e seu corpo magro e reto vacilar, a expressão era de tristeza e de apatia ao mesmo tempo. Aquele homem estava morto por dentro. — Era um ômega que não merecia esse mundo.

Yoongi divagou por alguns segundos até que seus olhos se arregalaram, ele havia proferido algo que escondia dentro de si, pois não era certo fazer aquilo em meio a uma proposta de casamento, mas Seokjin, como mesmo havia imaginado, era uma cobrinha ardilosa, era fácil de conversar com ele pois sua empatia e curiosidade amansava qualquer que fosse a fera monstruosa.

— Eu não irei lhe pedir que me ame, Vossa Majestade. — Seokjin disse, sorrindo carinhosamente, o que fez Jeon Jungkook dar de costas mais uma vez. — Não quero que me ame. Posso conseguir amar seu filho pois amo crianças, mas não irei substituir Jung Hoseok. Se eu aceitar esse matrimônio, entenda que só serei seu marido na obrigação da noite de núpcias, para seu filho e para os outros. Eu desejo que tudo que está nesse papel seja cumprido e meus pais prosperar mais.

— Como desejar. — Yoongi falou firme e notou Jungkook se virando devagar sempre atento a Seokjin. Sentia que aquilo seria um problema.

— Qual a idade de seu filho, milorde?

Jungkook se virou para o ver melhor após ouvir a voz animada de Seokjin em falar de criança. Ele as amava genuinamente, mesmo sabendo que não poderia as ter, mas isso nunca foi um problema, sempre foi rodeado de pessoas de todos os tipos. Mas Jungkook sempre achava sua felicidade ao falar desse assunto interessante, mais interessante do que qualquer coisa que lhe dava prazer, acreditava que seu maior prazer era estar perto do príncipe herdeiro e não se importaria em lidar com vários casamentos.

Mataria Min Yoongi se ele fizesse mal ao seu protegido. Os boatos nunca foram infundados. Jeon Jungkook havia encerrado a vida do ex-marido do príncipe herdeiro.

— Acha que fiz certo mesmo em aceitar? — Seokjin disse atento aos movimentos de Jungkook em sua frente. Ele se agachava para puxar os sapatos e meias de forma menos bruta possível, tentando não passar as mãos ásperas na pele macia de Seokjin. — Jungkook, me responda.

A história Solitária de um rei  | JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora