7 - Seca de amor

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— Estamos perto do porto. — Jungkook gritou em meio ao vento frio. Taehyung dormia entre eles em cima do cavalo.

No porto que estava sendo altamente bombardeado na parte mais distante havia um barco. Kim Namjoon estava lá mais alguns homens.

Jungkook tirou Seokjin, que estava agarrado a Taehyung, de cima do cavalo com certa facilidade e entregou a Namjoon.

— Vamos partir desse inferno.

— Olá vossa majestade, senti sua falta. — Namjoon falou sorrindo.

— Oi Joonie, senti sua falta também. E o Jimin, como está?

— Acredite, vossa majestade, se não fosse o rei, seria estrangulado pelas mãos do meu marido.

— Eu tenho certeza disso. —Seokjin apertou Taehyung ao corpo quando percebeu o barco se movendo. — Obrigado por nos salvar.

— Você é o rei dele, Seokjin. — Jungkook disse tão sério que Seokjin sentiu calafrios. — É a obrigação dele.

— Não ligue para ele. — Namjoon disse baixo quando Jungkook se afastou. — O Rei Min e Jungkook conversavam sempre, mas infelizmente algumas cartas chegavam até o senhor, as quais não eram abertas, a última carta o Rei Min acreditava que iria morrer e pediu a Jungkook para salvar o senhor e ao herdeiro. Infelizmente a carta chegou tarde, já havia boatos de um golpe de estado. Foi um pouco difícil manter a besta fera tranquila, ele iria vim sozinho, mas conseguimos trazer alguns homens juntos.

— Me desculpe, Joonie.

— Não se preocupe. Alvernia sente sua falta e acredito que vão amar o filho do rei Min. Todos lá acreditam que sua vida foi muito boa com o rei, senhor.

— Ele foi um bom rei e marido.

— Melhor o senhor entrar, tem uma cama lá dentro para o senhor e um quarto para o menino. Coloque ele na cama.

Após colocar Taehyung na cama e o enrolar bastante, Seokjin andou pelo barco que não era tão grande, mas sabia que era um barco da marinha real. Conhecia aquele acabamento e sentia falta de estar no mar. Procurou por Jungkook e o achou sentado em um canto afiando as foices enquanto todos os outros conversavam, bebiam e riam.

Antes de chegar até Jungkook, os homens se curvaram prontamente para Seokjin, a maioria tinha um olhar de admiração.

— Jungkook, obrigado por salvar a gente.

— Você é meu rei, é minha obrigação.

— Depois de tudo o que eu lhe fiz, poderia muito bem ignorar, mas não fez isso. Obrigado por tudo. Acredito que dessa vez, você já pagou qualquer dívida que tenha comigo... — Seokjin se calou, tomando um susto ao ouvir as foices caindo no chão e ele ser grudado na parede de madeira com violência. As mãos de Jungkook agarrava seus braços com tamanha força que ficariam marcas.

— Me escuta, Seokjin. Eu não vou mais tratar você como vossa majestade se não sabe agir como um. Eu não tenho dívida com a coroa e você não tem minha liberdade para me libertar.

— Mas eu acho que preciso te dar algo por gratidão. Me desculpe por estragar tudo.

— Não desejo nada que seja apenas de gratidão.

— Jungkook, tá me machucando. — Seokjin gemeu baixo, os olhos enchendo de lágrimas.

— Desculpe, meu rei. Perdi o controle e... Melhor ir descansar, chegamos em alguns dias. — Jungkook tentou se afastar, mas Seokjin o segurou.

— Jungkook, eu preciso de você.

As mãos de Seokjin estavam frias, não era só o frio, mas era também o medo. Ele fez por impulso tocar no rosto de Jungkook e deixar que seus lábios se tocassem, era como se fosse o primeiro beijo de ambos. Já que de fato, beijar alguém que ama tem um gosto totalmente diferente. O beijo que não ficou apenas em toque de lábios, não era de fato um beijo agora apaixonante, era um beijo desesperado. Jungkook que até então estava travado no lugar, desceu as mãos até a cintura de Seokjin, percebendo como estava magro e leve, ele o puxou para mais perto de seu corpo sentindo que não sabia se podia sentir, mas o beijo não parava de forma alguma. Seokjin puxava os cabelos de Jungkook como se fosse arrancar, suas mãos pediam por mais, e esse mais não tinha nome, não tinha sinônimo ou significado, era só um querer mais como a gula. Era um pecado.

A história Solitária de um rei  | JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora