𝗟𝘂𝗮𝗻𝗻𝗲 𝗥𝗶𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼, uma garota carioca que começou a rimar aos 11 anos de idade, suas rimas cortantes fez ela ter um grande reconhecimento na cena de rap. Após um tempo, foi reconhecida como "rainha da métrica", ganhou diversos títulos, mas...
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CAPÍTULO XVIII ❛maratona 4/4❜ Breno point of view
OUVIA GRITOS VINDOSDO QUARTO da mãe de Luanne, o que me deixava muito preocupado. Não conseguia me concentrar no jogo, minha mente só pensava em como ajudar Luanne.
– Não se preocupe, Breno, elas sempre foram assim. – disse Manoel, fazendo com que eu o encarasse.
Eu expliquei minhas preocupações sobre a saúde de Luanne nos últimos dias e como eu me preocupo com ela. Acabei falando sobre o fato de termos dormido juntos, o que me deixou levemente nervoso.
– Fique tranquilo, já tive a idade de vocês. – ele respondeu com uma risada leve. – Luanne sempre foi forte e sempre passou por isso, às vezes é melhor deixá-las resolverem as coisas do jeito delas, mesmo que seja de forma agressiva.
Eu compartilhei com Manoel o quanto eu adoro Luanne e como ela mudou minha vida em pouco tempo.
Ele explicou que Tatianny sempre foi difícil de lidar e que Luanne fica brava principalmente por causa dela.
Fomos conversando sobre Luanne e expressando nossa preocupação até que Luanne se aproximou com os olhos cheios de lágrimas. Ela pediu para irmos para o hotel e eu concordei.
Nos despedimos de Manoel e fomos para o hotel em silêncio. Chegamos ao quarto e Luanne se deitou na cama, chorando.
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Luanne point of view
Eu me senti inundada por uma mistura de tristeza, raiva, angústia e medo. Todos os meus sentimentos estavam ligados a pensamentos negativos, palavras que ecoavam na minha mente, vindas da minha mãe.
"Você não liga mais para sua família, Luanne.", "Não quero saber desse tal de Breno, Luanne, você não merece um cara como ele.", "Não minta, Luanne. Tu sabe que é culpa sua de nossa família estar assim".
Cada frase era permeada por negatividade, causando uma dor profunda no meu coração. Um nó apertava minha garganta, e eu me sentia incapaz de compreender meus sentimentos naquele momento. A tristeza e a raiva se debatiam dentro de mim, e tudo o que eu precisava era chorar. No entanto, eu sabia que minha mãe me consideraria fraca.
Eu me sentia culpada por toda essa situação. Minha mãe sempre parecia ter o poder de se colocar como vítima em qualquer circunstância.
Pela primeira vez, senti-me insuficiente em todos os aspectos: amizades, minha habilidade de rimar, minha relação com a família. Acima de tudo, senti-me insuficiente para Breno. Talvez eu não merecesse alguém tão maravilhoso como ele.
Seria melhor eu me afastar dele?
Eu realmente não quero isso. Ele foi a melhor coisa que aconteceu nos últimos tempos, trouxe sentido à minha vida sem rumo. Talvez não seja o melhor a fazer, porém sinto que não sou boa o suficiente para ele.
Não tenho condições de me afastar sem conversar sobre isso antes, mas minhas condições para falar sobre tudo o que ocorreu estão ainda piores.
Não consigo olhar para ele com medo de preocupá-lo ou de ele fazer perguntas que sei que não consigo responder.
Sinto uma mão tocando suavemente minhas costas, acariciando o local. Olho de canto e vejo Breno.
– Olha, eu sei que você está mal e talvez não queira falar sobre isso, mas saiba que estou aqui para o que você precisar. Dói muito te ver assim, e eu quero te ajudar a melhorar de qualquer forma. – diz Breno com uma voz tranquila, acariciando suavemente minha pele.
– Eu nunca me senti tão insignificante, insuficiente e ridícula em toda minha vida. Não mereço as coisas que tenho, não mereço ter alguém tão incrível como você na minha vida, Breno. Sinceramente, só quero desaparecer. Não entendo por que ainda insisto nessa busca louca pela felicidade, deveria saber que não importa o que faça, será sempre insuficiente. – foram as únicas palavras que consegui dizer, com nenhuma outra saindo da minha boca além dessas.
Sinto os braços de Breno envolvendo meu corpo, trazendo conforto e segurança. Meu rosto se aconchega em seu pescoço enquanto lágrimas escorrem, molhando-o suavemente. Ele segura meu rosto com ternura, enxugando as lágrimas com delicadeza.
– Você é perfeita, mais do que suficiente para qualquer pessoa. Não pense negativamente, Luanne. Tudo o que você tem é fruto do seu trabalho e esforço. Não sei exatamente o que sua mãe disse, mas não acredite que não merece tudo o que conquistou. Você merece isso e muito mais, minha preta. – diz Breno, depositando um leve selinho em minha testa como gesto de carinho.
Senti uma avalanche de emoções me atingindo de forma avassaladora, e não consegui conter as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Meu corpo tremia incontrolavelmente enquanto eu tentava encontrar algum tipo de consolo, mas todas as minhas tentativas pareciam fracassar. Acabei me entregando completamente ao choro, incapaz de segurar qualquer lágrima.
Breno continuou abraçando-me, acalmando-me com suas palavras carinhosas e gestos delicados. Sua presença era reconfortante, e eu senti como se, naquele momento, todas as minhas inseguranças estivessem sendo compreendidas e acolhidas.
Ele me permitiu chorar, sem julgamentos ou pressões. E, à medida que as lágrimas escorriam, senti um peso sendo gradualmente aliviado. Pela primeira vez, senti que não estava sozinha nessa batalha interna.
O guarulhense permaneceu ao meu lado, encorajando-me a compartilhar meus pensamentos, medos e angústias. Ele ouviu atentamente, sem interrupções, e ofereceu apoio e conselhos que me ajudaram a enxergar além do véu da negatividade. Aos poucos, as palavras de minha mãe perderam sua força em minha mente. Ele me mostrou que eu era muito mais do que as críticas e julgamentos que eu acreditava, apenas ele tinha esse poder. Ele me lembrou que merecia amor, felicidade e sucesso, e que acreditar nessas coisas não era egoísmo, mas sim um reconhecimento válido de meu próprio valor.
Em meio ao sofrimento e às dúvidas constantes, Breno me deu forças para começar a enfrentar meus medos e inseguranças mais profundas. Ele acreditava em mim quando eu não conseguia acreditar em mim mesma. Mesmo que ainda estava nervosa e sensivel, por um momento senti que ele seria a cura de todas as feridas, ele seria minha cura.
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