Quatro de Copas

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Domingo amanheceu com mais uma dose de surto pra mim. 

Vi a foto do Amaury e quem disse que consegui fazer mais alguma coisa? A porra de nada! 

Só consegui produzir mais um capítulo, já que fui bem alimentada de conteúdo Kelmiro o dia todo. Só gratidão por quem está no Instagram alimentando quem tem fome! 

Quero muito saber o que estão achando da história. O Ramiro salvou o Amaury e agora é a vez do Amaury salvar o Ramiro. Sinto força do Amaury e do Diego pra que Kelmiro evolua e vamos ajudá-los nessa fic!

A música pra vocês sofrerem um pouquinho comigo hoje é "Beijo Equivocado - George Henrique e Rodrigo"

Bora?

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 "Êta, boca equivocada, se iludindo de graça

Querendo dar beijo em ponta de faca [...]"

Por mais que Kelvin fosse louco por Ramiro, ele não era cego. Ele poderia estar passando por um dos maiores sofrimentos de sua vida, um que acreditava que jamais iria passar, afinal, nunca havia se apaixonado por ninguém, não permitia que isso acontecesse de qualquer forma, porque sabia que só tinha a si e dar seu coração para qualquer possibilidade de se machucar era loucura para quem não tinha para onde ir.

Mas ele justamente entregou seu coração á Ramiro e comprovou suas desculpas para nunca amar alguém: havia se machucado, mesmo que esse amor fosse lindo e forte!

E agora, apesar de resignado por essa dor, Kelvin se encontrava com o braço preso num aperto de mão de um homem que o fazia esquecer de respirar. Ele era um bálsamo para um doente, e seu coração dolorido pedia um curativo. Porém o que matou o baixinho havia sido seu sorriso, tão semelhante ao de Ramiro que o fazia se questionar se estava sonhando com uma outra versão de seu agroboy. Despertando de sua transe, cumprimentou Amaury olhando fixamente em seus olhos

- Oi, prazer. Eu sou o Kelvin, um dos sócios do bar. Vou atender você sim, o que gostaria?

- Então, eu não sei? - Amaury deu uma risada abafada e envergonhada – Eu vim pra cá a trabalho e queria me enturmar, o que você recomenda? O que é comum daqui?

- Olha, um bar é uma ótima forma de se enturmar né? Ainda mais que aqui em Nova Primavera tem poucas opções, então metade da cidade se concentra aqui. O pessoal varia entre cerveja, rum etc. Fora o tereré pra espantar o calor. Quer uma dose? - Kelvin tentava ser profissional para cativar o novo cliente, mas seu lado curioso estava louco para saber mais sobre aquele homem

- Eu to á trabalho né? Mas uma dose não vai me prejudicar e pode até me ajudar a trabalhar melhor, porque me enturmar é importante pro meu trabalho – Amaury voltava á sentar enquanto olhava melhor o corpo de Kelvin e se lembrava de alguém que havia deixado no Rio de Janeiro mas que despertava um frio na sua barriga que nunca tinha sentido antes. Kelvin o lembrava de seu ruivo – Seu?

- Desculpa, mas você é algum espião ou infiltrado? Porque isso é bem coisa de polícia e desde que eu tomei a sociedade do bar eu regularizei tudo, até a contabilidade tá em dia! - Kelvin coloca a mão na cintura já pronto pra correr com aquele gostoso – ops, homem do bar

- Hahahahaha ai, eu vou ter que falar isso pro pessoal depois! - Kelvin percebeu que pequenos pontos brilhantes nos olhos daquele homem apareciam quando ele ria e aliviou sua preocupação – Eu sou ator! Tô escalado pra fazer uma novela que sai em maio e vim pra cá pra me enturmar com a cultura de vocês

- Ah, você tava num daqueles carros da Globo que pararam na pousada?

- Isso. E aí, tá mais seguro? Pode me ver a dose?

Simples - Kelmiro/DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora