Primeiramente, gostaria de agradecer por tanta gente talentosa e criativa estar produzindo muita história Kelmiro pra sossegar um pouco nosso coração surtado com o casal. Cheguei de paraquedas e atrasada na novela, mas me apaixonei e voltei á viver através das leituras aqui.
Espero que gostem, só escrevi fanfictions na adolescência e tô voltando agora, já como uma jovem senhora hahahaha
Espero que gostem! Desculpem o sofrimento inicial, produzi a história ouvindo a música Caipira - Léo e Raphael (sugiro lerem ouvindo a música) e isso juntou com uma idéia de história que não saía da minha cabeça desgraçada.
Vai ter choro, mas primeiro por cima (depois por baixo! hahaha)
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"Ontem ela saiu por aquela porta
E pelo nível da discussão não volta
Cê entrou na minha vida, eu me moldei pra sua
Mas pedir um negócio desse aí, cê me machuca[...]"
Ramiro ouvia essa música pelo fraco rádio do seu velho carro. Uma música tão sofrida como a lataria, tão dura quanto seu coração que materializava suas emoções através de seus olhos chorosos.
Ele não havia se moldado ainda, ao que Kelvin sempre pedia.
Pedia para largar aquele trabalho, para largar aquela vida, largar aquele patrão, largar aquele machismo!
E seu coração gritava desesperadamente para que sim, que jogasse tudo pro alto, que ligasse aquele carro perdido no meio do nada e voltasse áquele bar e tomasse toda a sua vontade num único gole, num único beijo eterno da boca de Kelvin.
Mas lá estava ele. Apoiado no volante, sem saber quando começou a chorar e como aquela maldita música condizia tanto com o que havia acontecido há pouco tempo.
Flashback
Após mais um sonho com Kelvin, este, mais lúcido e transparente para que Ramiro entendesse melhor seu significado, ele sabia estar perdidamente apaixonado pelo baixinho. Após ter quebrado seu coração em milhões de pedaços quando falou sobre ter filhos, após ter visto Kelvin chorar de uma profunda tristeza que nunca havia visto e ter sentido até o corpo de Kelvin menos animado por seus apertões, ele finalmente entendia: ele estava louco. Louco de amor. Louco por um homem que entrou na sua vida como um furacão e destelhava cada crença limitante na cabeça daquele peão, iluminando sua cabeça e tirando do quarto escuro do inconsciente todos os seus demônios. Demônios esses, que sabiam dos desejos mais profundos de Ramiro.
E por isso agora os dois estavam na carroceria da sua caminhonete, depois de terem dançado, depois de Ramiro agradecer internamente por poder sentir um pouco do corpo do mais novo, mesmo este ainda demonstrando pelos seus olhos uma tristeza que talvez demorasse muito pra passar e que Ramiro temia, nunca ir embora.
E por isso agora, olhando nos olhos daquele que amava, se preparava para lavar sua alma despejando o amor que precisava sair daquele peito:
- Eu tô apaixonado por você Kevín, agora ficou claro aqui dentro – Dizia apontando a mão pra sua cabeça, pois no seu coração essa clareza já existia desde quando viu aqueles olhos brilhantes pela primeira vez
E ao falar isso, o brilho de vida que seu "kevinho" tinha voltava a brilhar fraco depois de tanto choro. Agora esses olhos rasos de água eram de felicidade, porque o menor sonhava com esse momento e já se preparava para abrir seu coração.
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Simples - Kelmiro/Dimaury
Fiksi PenggemarAté onde a falta de autoconhecimento e excesso de crenças limitantes podem nos impedir de sermos felizes? Talvez Ramiro descubra através da dor ouvida pelo rádio da sua caminhonete E talvez o amor próprio de Kelvin inspire a soltarmos nossos demôn...