Prólogo.

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Este começo mostra como foi a vida de Maryanny na Califórnia.
AVISO! Poderá conter cenas de gatilho +18.

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~ Califórnia — 1997.
Diário de Maryanny! 

Em mil novecentos e oitenta e seis foi o ano em que nasci, naquele ano tudo era novo e bem claro para mim, foi a época do meu nascimento e de como minha vida seria agora, nasci e cresci na Califórnia, minha irmã mais velha Nancy nasceu em oitenta e um e agora têm dezesseis anos, já farei onze este mês, dia Onze de outubro de Mil Novecentos e noventa e sete o ano que estou escrevendo neste diário. 

No ano de noventa e um tudo mudou, com apenas cinco anos já estudava e sabia ler, mas mesmo assim amava a minha família até ver papai agir de maneira estranha com mamãe, ele sempre me dizia que trabalha para sustentar a gente, mas eu nunca sabia onde ele trabalhava, sempre me batia uma curiosidade ou ir com ele para o trabalho, mamãe trabalhava como garçonete em um bar, até ela ser despedida em noventa e dois após a família descobrir que papai trabalhava com armas e drogas, Nancy estava cansada de tudo isso e alertava para papai não fazer nada disso, mas ele não ouvia e gritava com ela desde então. 

Com os meses passando e a dor aumentando, papai morreu em um atentando contra sua gangue, mamãe e Nancy ficaram chorando com o que aconteceu, e com isso nossa família decaiu bastante, então mamãe passou a descontar em Nancy, batendo nela sem parar a culpando por nascer e eu, só chorava e abraçava minha irmã com força. Com dezesseis anos, Nancy saiu de casa, ela me prometeu que ficaria bem e que eu não deveria me preocupar porque mamãe não iria descontar suas raivas e ódios em mim por ser linda e sensível, Nancy partiu após brigar feio com mamãe no meio da madrugada, e desde sua partida ela não para de usar drogas e beber para esquecer papai, enquanto eu, só ia para a escola e ficava em casa, vendo ela naquele estado, sofrendo, chorando e precisando de ajuda, mas eu não podia fazer nada porque ela gritava comigo, mas não encostava a mão em mim. 

Um pequeno flashback veio em minha memória e preenchi as linhas brancas desse diário com esta memória, estava passeando com papai quando tinha cinco anos, estávamos comendo sorvete e contando da minha escola, dos meus amigos, etc

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Um pequeno flashback veio em minha memória e preenchi as linhas brancas desse diário com esta memória, estava passeando com papai quando tinha cinco anos, estávamos comendo sorvete e contando da minha escola, dos meus amigos, etc. Quando saímos e andamos de mãos dadas pelo Centro da Califórnia, uma pessoa alta, de bigode e cheio de tatuagens parou a gente, ele dizia conhecer meu pai e que me achou muito linda, eu não sabia quem ele era, mas acho que Nancy já ouviu falar dele, e pelo que parece ou só é uma coincidência, ele virou amigo da mamãe depois que papai morreu e Nancy se foi. 

1998
Começo dos traumas.

Agora com doze anos escrevo novamente neste diário, mas não como antigamente. No final do ano de mil novecentos e noventa e sete, mamãe se casou com esse amigo misterioso do papai, ela me apresentou ele, mas como eu tinha medo, ele me assustava demais, pensei que Nancy viesse nesse casamento, me salvar, me libertar desses traumas, mas tudo começou quando eles passaram a lua de mel na nossa casa, Tommy era o nome dele, o nome do amigo do papai. Ele havia colocado alguma coisa na bebida da mamãe e ela adormeceu logo após o ato dos dois naquela enorme cama, eu fui dormir, mas com medo do que aquele homem faria comigo, e para a minha pior sorte acordei assustada com ele passando a mão em meu corpo ainda dormindo. 

Por favor pare, eu não quero isso… 

Se você ficar bem quietinha, eu não te machuco tanto assim.

Aqueles diálogos… aquelas lembranças angustiantes… os meus soluços, as minhas lágrimas… tudo doía, e eu carrego essas dores comigo até hoje, porém, eu não me recordo das coisas que ele fazia comigo, pois para me abusar ele usava antídotos pesados para me fazer adormecer e ficar mole, ficava inconsistente e muito mais sensível do que antes, e no outro dia, acordava dolorida, mas não conseguia me lembrar do que realmente aconteceu, mamãe me dizia ser efeito dos remédios que eu tomava e que não era nada específico, tudo porque não suportava a ida de Nancy e a partida de papai. Naquela noite do dia seguinte, mamãe e Tommy estavam conversando, eles estavam tomando vinho e ele estava passando a mão na perna dela, era nojento aquela cena, com isso, aproveitei para olhar debaixo da minha cama e achei seringas com um liquido branco dentro, foi então ai que liguei os pontos. 

No dia seguinte, dez de agosto de noventa e oito, ele disse que iria viajar para negócios a partir do dia dezesseis, e eu tentei me segurar mais um pouco para comentar tudo sobre ele para a mamãe. 

Se você abrir a boca para contar tudo que fiz com você para a sua mãe, ela estará morta e você sofrerá em minhas mãos.

Ele sempre repetia essas palavras em meu ouvido após me abusar, e eu sempre chorava depois de tudo isso.

Dia 16 de agosto.

Ele finalmente partiu, ele foi embora, mas mesmo assim tive medo de comentar algo com mamãe porque agora na casa havia guardas daquele homem, e para atrapalhar tudo, mamãe continuava fumando, bebendo e batendo enquanto pensava no Tommy, ela estava com saudades daquele maluco? Pensei que mamãe fosse uma pessoa boa quando estava com o papai. Assim que amanheceu ela saiu para fazer compras e eu fiquei em casa, os guardas não estavam dessa vez, então me preparei para contar tudo. 

Ouvi passos na entrada e sabia que era mamãe, mas não era ela… Era ele. Ele trancou todas as portas e eu me escondi no quarto da mamãe, e depois disso não me lembro o que aconteceu, só sei que mamãe me encontrou chorando no banheiro e eu contei tudo. 

Ela não acreditou porque amava demais Tommy, e depois dela contar tudo isso para ele, o mesmo começou a me ameaçar de todas as formas possíveis, me abusava sem parar e tentava tudo para abrir feridas enormes em meu corpo e peito. 

Com apenas dezoito anos mamãe passou a acreditar porque Tommy agia estranho com ela, e foi aí que ela me mandou para longe, longe onde não posso citar neste diário que agora tem páginas faltando e demais informações, mas… Espero que mamãe possa me perdoar um dia por esconder tudo isso dela. 

─ Aqui eu esquecerei de todos os traumas que vivi no passado. ─ Olhei a estrada pelo vidro do lado de fora, enquanto escutava a música Runaway de Bon Jovi.

#HellUnderworld O Bad Boy De Dawkins (JJK) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora