7| No, I just wanna hold ya

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Era mais um dia no qual Jeon estava trabalhando e eu passaria o dia inteiro sozinho

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Era mais um dia no qual Jeon estava trabalhando e eu passaria o dia inteiro sozinho.

Não passava de oito da manhã e eu estava sentado no sofá da sala, pulando entre os canais em busca de alguma coisa que pudesse me distrair, quando ouvi batidas na porta da frente. Imediatamente desliguei a tevê, ficando tenso, imaginando se por acaso poderia ser algum amigo de Jeongguk. Como eu poderia explicar minha presença ali quando não passava de um desconhecido que caiu de paraquedas na vida do paramédico?

Quando ouvi as batidas mais uma vez, pensei em talvez ficar em silêncio e tentar apenas fingir que não tinha ninguém em casa — se fosse algum amigo do mais novo, provavelmente tentaria entrar em contato com ele depois, não tinha a menor necessidade de me envolver no assunto.

Jimin, eu sei que você está aí. — reconheci a voz de Seungcheol e franzi a testa, estranhando sua presença ali novamente.

Um pouco a contragosto me levantei do sofá, indo abrir a porta com uma carranca no rosto.

— Desde quando você bate na porta antes de entrar? — perguntei sem muita simpatia, dispensando a cordialidade.

— Estou tentando ser educado e evitar assustar seu humano simplesmente surgindo dentro da casa dele. — o mais velho sorriu, balançando entre os pés em clara animação, me fazendo revirar os olhos — Não vai me deixar entrar?

— O que você quer? — perguntei sem me mover do lugar. Choi soltou um pequeno suspiro.

— Vim te fazer companhia. Pensei que poderíamos dar um jeito no seu cabelo. — ele ergueu as sobrancelhas em minha direção, mostrando a sacola com produtos que trazia com ele.

— Não, obrigado. — respondi sem nem pensar duas vezes, pronto para fechar a porta se não fosse pela mão do arcanjo me impedindo.

— Jimin, por favor... — seu tom de voz era suplicante — Eu não quero te deixar sozinho. — replicou e senti meu peito se apertar.

— Você diz isso agora, mas onde estev— comecei, mas fui bruscamente interrompido.

— Eu sei que não estive aqui antes, ok? Eu não podia, mas agora posso, por favor... — eu conseguia enxergar a aflição em seus olhos e senti meu coração se despedaçar com suas palavras, confuso.

— O que te impedia de vir antes, Seungcheol? — perguntei em um fio de voz, os olhos marejados. Choi me olhou profundamente, em silêncio, e apenas soltou um suspiro e isso foi o suficiente para eu entender que ele não diria mais nada.

Respirei fundo, um pouco trêmulo, e fechei meus olhos por alguns segundos antes de abrir passagem para que ele pudesse entrar.

— Obrigado. — ele sussurrou ao entrar.

Após alguns minutos constrangedores onde ficamos parados, um de frente para o outro, no meio da sala em um silêncio pesado, o arcanjo foi quem tomou a iniciativa para quebrar o silêncio, coçando a garganta antes de dizer alguma coisa.

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