Cansado. Era como eu me sentia naquela época. E como, na verdade, me senti durante alguns bons anos.
Olá, meu nome é Park Jimin, eu sou um anjo-cupido e estou aqui pra te contar a história de como minha vida chegou ao fim e como eu fui capaz de enc...
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— O que você acha de sairmos hoje? — Jeongguk perguntou enquanto tomávamos café da manhã no dia seguinte e olhei pra ele, curioso.
— O que você sugere?
— Podíamos ir comprar algumas roupas para você. — ele sugeriu, meio pensativo, como se tivesse dado a ideia sem realmente pensar no que poderíamos fazer — Quem sabe comprar um celular.... — ele murmurou e levantei uma sobrancelha.
— Não tenho dinheiro para comprar um celular, Jeongguk. — disse, rindo um pouco.
— Mas eu tenho. — falou, apoiando as costas no encosto da cadeira de forma despojada, me fazendo rir um pouco mais. — Ei, estou falando sério! — ralhou diante minha reação.
— Você tá doido? Eu não tenho emprego, não sei quando vou poder devolver esse dinheiro, não... — tentei contestar, mas o paramédico não me deixou.
— Eu não estou pedindo o dinheiro de volta, Jimin. Só... Não quero que o que aconteceu ontem se repita. — ele respirou — Você pode sair a hora que você quiser, eu só quero que a gente consiga se comunicar sempre que necessário. Ou que der vontade. Eu gostaria de trocar mensagens com você durante o dia enquanto estivesse no trabalho. — ele abriu um sorriso e senti minhas bochechas esquentarem um pouco sob o olhar atento dele.
Poder conversar com Jeongguk mesmo nos dias que ele estava fora não parecia ser uma ideia tão ruim assim.
— Ok, tudo bem... — acabei cedendo.
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— Você tem medo de altura? — Jeongguk perguntou enquanto me olhava nos olhos. Engoli em seco enquanto sentia meu coração acelerado, negando com a cabeça.
— Não. — respondi por fim, admirando o enorme sorriso de dentes brancos que o paramédico abriu em minha direção.
— Ótimo. — ele disse enquanto alcançava minha mão e me puxava para entrar na cabine da roda gigante; eu sequer havia notado que éramos os próximos.
A cabine não era grande, mas nos deixava sentados de forma confortável dentro dela, um de frente para o outro. Jeon apenas me olhava em silêncio enquanto o brinquedo começava lentamente a se mover, parando de minutos em minutos para que novas pessoas pudessem subir. Optando por também não dizer nada, apenas observei a cidade que, a cada minuto, se tornava menor abaixo de mim.
Não importava quantas vezes eu já tivesse observado a cidade daquele ponto de vista, era sempre uma vista que me tirava o fôlego. Era um dos raros momentos que tudo parecia valer a pena.
— Você está com um sorriso nostálgico no rosto. — a voz de Jeongguk era baixa, quase como se não quisesse me assustar, me tirando de meus pensamentos e me fazendo lembrar de sua presença.
Olhei para ele com o canto dos olhos, me sentindo um pouco constrangido, como se tivesse sido pego fazendo algo que não devia.
— Ah, eu estava só... Lembrando de alguns bons momentos. — sorri envergonhado. Ele concordou com a cabeça.
