O Tratado de Sokovia

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Depois da guerra contra Ultron, a sede dos Vingadores virou minha casa e de todos os outros heróis que lutam pela ordem

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Depois da guerra contra Ultron, a sede dos Vingadores virou minha casa e de todos os outros heróis que lutam pela ordem. Só para contextualizar, estou com 15 anos e se passou um ano desde a destruição do robô:

-De novo!- a voz firme de Nick Fury invade meus ouvido com a mesma fala de cinco minutos atrás. 

Eu tento recuperar meu folego enquanto fico apoiada nos meus joelhos, sinto dores na cabeça e nos braços de tanto ficarem levantados. Fury se aproxima de mim com seus braços para trás e a feição séria:

-Tenta só mais uma vez, você andou melhorando no seu controle e força mental, algo que para o seu poder é muito útil e necessário- eu ergo a minha cabeça para olhar meu alvo. São apenas máquinas e grandes peças pesadas. O meu objetivo seria ergue-los e faze-los flutuar todos simultaneamente. 

Puxo o ar pela última vez antes de me levantar e olhar fixamente nos objetos de metal e ferro. Meus braços tremem querendo ajudar e me dar suporte, mas eu me recusava a ergue-los. Em meus olhos eu sinto eles tremerem e sinto minha mente fazendo força e ficando pesada, até que em forma de explosão eu vejo que tive força o suficiente para todos flutuarem todos junto em pelo menos 5 metros de altitude do chão, um suspiro gelado da minha boca enquanto o meu treinador me olha novamente com orgulho:

-Pois é criança, você é bem mais forte do que imagina- ele dá dois tapinhas em meu ombro e sai da sala, me deixando sozinha com as pesas que flutuam.

O Secretário de Estado estava na sede dos Vingadores e eu estava com Steve, Tony, Natasha, Rhodes, Sam, Visão e Wanda sentados na mesa e vendo o secretário nos mostrava que ele nos via como "perigosos":

-Como chamaria um grupo de indivíduos aprimorados baseado nos EUA que ignora as fronteiras internacionais e forçam sua vontade aonde quer que vão e que, francamente, parecem não ligar como que o deixa para trás?- agora ele nos mostra vídeos das guerras que os Vingadores participaram nesses últimos anos, contendo Nova York, Washington, Sokovia e Lagos. Ele nos mostrava a destruição, vítimas e caos nos locais. Até que ele para a comando de Steve.

-Nos últimos 4 anos, vocês operaram com poder ilimitado e sem supervisão. É um formato que governos do mundo todo não podem mais tolerar- nenhum, além do homem com trajes sociais e o cabelo metade grisalho com bigode, falava. Ninguém sabia como reagir a essa situação- Mas acho que temos uma solução

Ele pega um livro grosso com um outro homem com os mesmos trajes, e o deixa na frente de Wanda:

-O Tratado de Sokovia. Aprovado em 117 países e estabelece que os Vingadores não deverão mais ser uma organização privada. Ao invés disso...eles vão operar sob a supervisão de um painel da ONU apenas quando, e se, esse painel julgar necessário. 

-Os Vingadores foram formados para tornar o mundo um lugar seguro- Steve Rogers, que possuí uma expressão séria, diz- e acho que conseguimos.

-Diga-me, Capitão, aonde estão Thor e Banner estão agora?- o Secretário do estado provoca, fazendo o loiro o olhar- se eu tivesse perdido duas bombas atômicas, pode apostar que haveria consequências. Compromisso. Garantias. É como o mundo funciona. Acreditem, isto é o meio termo.

-Então, há contingências- James Rhodes fala, mas o homem o responde que em 3 dias, a ONU vai se reunir para validar o Tratado.

-E se tomarmos uma decisão que vocês não gostem...-Natasha Romanoff supõe.

-Aí então, vocês saem de cena- Romanoff tenta dar um sorriso de lado para disfarçar, mas depois sua cara fica para baixo. Igual a de todos.

Agora, todos discutiam sobre assinar ou não o Tratado. Stark nos contava sobre um menino que estava em Sokovia construindo casas para os pobres antes de começar a trabalhar na Intel, porém um prédio caiu em cima dele enquanto "estávamos arrasando" como diz Stark.

Ele e Steve começaram a trocar argumentos. Todos começaram a escolher seus lados. Natasha e Visão com o lado de Tony, e Wanda junto com o Sam do lado de Steve. E eu...bom, eu não consigo escolher um lado, os dois tem lados positivos e negativos. No lado de assinar: não causaríamos tantas destruições e caos nas batalhas, mas se em algum lugar estiver tendo algum risco, nós só poderíamos lutar se nos permitissem. Agora no lado de não assinar: poderemos ajudar todo mundo por vontade própria, mas poderíamos causar destruições cada vez mais graves conforme os vilões apareciam. 

De repente, Steve se levanta e sai do cômodo com uma cara nada boa. Descobri que Peggy Carter, o antigo amor de Steve Rogers faleceu. Natasha e eu fomos até a igreja aonde acontecia o velório dela e nos deparamos com Steve sozinho pensando. Os dois começaram a conversar sobre o tratado, aonde Nat diz quem assinou e que ela também vai assinar. Eu, como ainda não sei, me cobraram para aparecer lá para eu me decidir se assinarei ou não o papel do Tratado de Sokovia.

Fomos para Viena e eu e Natasha fomos nos posicionar para começar  a reunião, porém só deu para escutar o príncipe T'Challa de Wakanda grintando:

-Todo mundo para o chão!- Natasha me empurra para baixo e se agacha ao meu lado me abraçando como se fosse me proteger. Uma grande explosão com fogo e fumaça atinge toda a sala do prédio da ONU, me fazendo enxergar tudo preto e tossir até a fumaça preta sair.

Natasha ainda me abraçava forte e eu tampava meus ouvidos pelo barulho como uma criança com medo, mas com ela eu me sentia bem...acho, mesmo com essa explosão acontecendo. Quando conseguimos descer do prédio, vários médicos e bombeiros vieram ao nosso encontro, mas felizmente nós estávamos bem.

Não demoramos muito para descobrirmos que o rei de Wakanda, rei T'Chaka, morreu devido ao ataque. Eu e a mulher ruiva fomos ao encontro do príncipe de Wakanda, dando nossos pêsames pela terrível morte de seu pai:

-Na minha cultura...a morte não é o fim. Ela é como um ponto de passagem. Você estende os braços e Bast e Sekhmet levarão você até o campo verdejante...onde poderá correr para sempre.

-Isso é lindo, parece bem pacífico- digo com cautela e com gentileza.

-Meu pai pensava assim- T'Challa põe um anel em seu dedo- eu não sou o meu pai

-T'Challa, a força-tarefa decidirá quem irá capturar o Barnes- esqueci de mencionar, mas foi James Bucky Barnes que fez esse ataque no prédio das Nações Unidas, resultando na morte do antigo rei de wakandano. 

-Não se preocupem, srta. Romanoff e srta. América. Vou matá-lo com as minhas mãos- sinto meus olhos crescerem e meu pulmão prender a respiração.

-Espera!- tento dizer a ele, mas Natasha me segura pelos ombros

-América, pare! Você não viu o que ele fez?- ela me fazia virar de frente para ela e seu tom de voz é de quem não está muito feliz com isso.

-Ele não pode mata-lo, não é culpa dele!- minha voz parece querer ficar chorosa, sinto um de meus olhos querer produzir uma lágrima.

Noite EstreladaOnde histórias criam vida. Descubra agora