Liberdade

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 A convite do Rei T'Challa, fui para Wakanda visitar meu melhor amigo Bucky, aquele que sempre esteve comigo, mas agora não está, procurando ter melhora na parte cerebral e do controle que a Hidra tinha sobre ele

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 A convite do Rei T'Challa, fui para Wakanda visitar meu melhor amigo Bucky, aquele que sempre esteve comigo, mas agora não está, procurando ter melhora na parte cerebral e do controle que a Hidra tinha sobre ele. Junto comigo, estava Steve Rogers, o Capitão América, que ficou perto de mim durante todo o caminho até a sala aonde James estava. A sala era bem iluminada, eu estava com o loiro ao meu lado e o congelado em nossa frente, não havia soldados nem ninguém. Eu sentia saudades dele, das conversas com dele, das nossas aventuras...

Minha mente não para de pensar o quando ele sofreu nas mãos da Hidra, sendo controlado e um verdadeiro assassino, principalmente depois que eu fugi, ele estava junto e provavelmente ficaram perguntando e o torturando para saber sobre mim, ele é uma pessoa tão forte. Uma hora o silêncio é quebrado pelo rei de Wakanda abrindo a porta e chamando Steve para conversar em particular, eu fiquei sentada respirando fundo e de alguma forma sentir a presença de Bucky, porém era impossível:

-Será que um dia você vai acordar, Soldado?- minha vontade de chorar crescia e minha voz não saía.

Meus olhos se fixaram no vidro congelado e uma raiva foi nascendo em meu peito. Era uma raiva forte, se tornando ódio profundo, eu tinha raiva, tristeza e medo. Raiva da Hidra, raiva de mim que fugi daquele lugar sem ao menos conseguir sair de lá sem o  meu melhor amigo, raiva de ser fraca, raiva de me sentir sozinha e de certo modo abandonada. Eu me sentia triste por não conseguia ajudar, triste por ser uma adolescente sem pais abandonada e lotada de traumas, triste por eu ter que ser forte o tempo todo. Eu tinha medo de Bucky não sair daquele estado, medo de eu nunca conseguir superar meu passado e viver minha vida como uma pessoa da minha idade, medo de algum dia ficar sozinha, medo de ter a possibilidade de me acharem e me capturarem novamente, medo de no fundo voltar a ser o que eu era.

 Meu coração ficava mais apertado e agitado, meus olhos ardiam, minha boca secava e minhas mãos tremiam muito. Mas não conseguia controlar, o sentimento era forte e a dor em meu coração não ajudava. Comecei a sentir tudo balançar com força, principalmente a capsula aonde Bucky estava congelado. Fecho meus olhos apenas deixando a raiva me dominar, quando sinto tudo escurecer e ver um homem em minha frente.

Era um lugar escuro e silencioso, não havia ninguém exceto eu e ele. Ele estava no chão, sentado agarrando suas pernas, apenas sussurrando algo. Quando fui me aproximando eu o chamei:

-Bucky?- ele me olha, se levanta rapidamente com meus olhos esbugalhados e suas mãos em cada lateral do meus ombros.

-Meri, você precisa sair daqui. Não é seguro, ainda não tenho o meu próprio controle.- ele respirava forte e com rapidez, tinha medo em seu corpo.

Antes que eu pudesse responder, eu senti meu corpo ir direto ao chão com força, quando olho para cima era Bucky, mas sua versão Soldado Invernal. Rapidamente o agarro pela perna e passo meu corpo ao redor dele, o fazendo cair no chão, mas ele não dura cinco segundos deitado e me levanta começando a me atacar. Eu tentava me defender, ele era rápido e muito mais forte, porém eu tinha raiva e determinação. 

Minhas mãos fechadas tentavam atacar o rosto do meu inimigo, porém ela age mais rápido e segura meu punho com seu único braço, me fazendo eu o socar por baixo no queixo com a minha outra mão, ele cambaleia para trás e eu aproveito para puxar sua cabeça contra minha perna que eu levantava. Uma luta de vida ou morte estava acontecendo, nenhum dos dois parecia querer para tão cedo. 

Ele me ataca com chutes e socos, eu tentava defender, mas nem sempre funcionava, ele fica em cima de mim e consegue me jogar no chão e começa a me socar no nariz, ele me prende com suas pernas para que eu ficasse imóvel. Meu rosto sangra, mas eu não podia desistir, minha visão fica turva e meu cérebro pensa em como saio dessa situação sem fugir dessa vez. Até que ergo minha perna direita, dando uma joelha entre suas pernas, o fazendo ficar um segundo sem se mexer, esse era o meu momento de finalmente destruí-lo. Peguei o seu braço e fiz acertar seu nariz, ele joga a cabeça para trás, mas a pego e a lanço no chão enquanto viro meu troco. 

Eu o atacava, ele sangrava e minha raiva ficava melhor. Minha mão ficava vermelha do sangue dele, seus olhos se fechavam devagar, ainda tentando ficar consciente. Para finalizar, eu me levanto e ele fica me olhando com raiva:

-Acabou.- faço um formato com minha mão que se fecha, ele ofega até que seu ar acaba e suas pernas se debatem. Metade de mim se sentia satisfeito, outro ainda sentia raiva, parecia que nunca acabava. Até que eu decidir terminar.- você nunca mais era dominar o meu amigo.

Meu rosto é totalmente fechado e transmitia raiva, minha mão estava cada vez mais se fechando. O pescoço e rosto do meu inimigo ficava cada vez mais roxo pela falta de ar, seus olhos se fecharam por completo e seu corpo ficou mole, até mais pesado para eu carregar, porém não me impediu de o segurar mais forte ainda e o jogar para longe soltando um grito da minha raiva indo embora, só sobrando as lágrimas e o corpo de lá virando pó e por fim sumindo por completo. 

Abro meus olhos e vejo a sala aonde a visita começou, meu corpo doí e o sinto fraco, meu nariz sangra igual todo o meu roto e a parte de superior do meu corpo. Sito o minha respiração ofegante e cansada, minha visão turva e escurecendo, e meu corpo mais uma vez indo ao encontro ao chão aonde eu estava. A última coisa que eu vejo é algo se abrindo e um pé com roupas brancas, depois disso tudo se escurece:

-América!

Noite EstreladaOnde histórias criam vida. Descubra agora