A fuga

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Eu estou ofegante, já corri de mais, eu tenho que conseguir

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Eu estou ofegante, já corri de mais, eu tenho que conseguir. Minhas pernas estão bambas e trêmulas, não posso correr mais, olho para trás e vejo guardas vindo, eu tenho correr o mais rápido que consigo. De repente eu sinto minha perna direita queimar, percebo que ela levou um choque. Eles sempre fazem isso, eles apertam um botão que fazem a eletricidade correr em meu corpo. Porém ela doi, doi muito! Eu preciso correr, eu preciso fugir...

E mais uma vez eu me encontro na frente dessa porta, a porta da liberdade, mas, eu fui derrubada, de novo. Não deu tempo, os guardas me pegaram pelos braços, fazendo minhas costas se curvarem para trás. Quado meus braços estavam sendo presos, minhas pernas sendo eletrocutada, e meu rosto batendo no chão, sinto minha visão querer se apagar. Os desgraçados me deram mais um choque. Por fim,a minha vista escureceu, mas fiquem tranquilos, eu vou sair daqui.

Essa já é a quinta vez? Sexta vez? Vigésima vez? Eu não sei, já perdi as contas de tantas vezes tentei fugir daqui, meu corpo tem hematomas e cortes em todo lugar. Estou escondida atrás da parede, completamente ofegante, mas tentando ser o mais silenciosa possível. Eu espio pela fresta da parede segurando meu cabelo para não chamar atenção. As vezes é complicado ser ruiva, o cabelo chama muita atenção, além de ser facilmente identificado, porém eu amo meu cabelo, faz parte da minha auto estima e de quem eu sou, mesmo que eu não faço ideia alguma sobre a minha vida fora daqui. Isso se eu já tive uma vida fora daqui.

Me concentro, ainda escondida, mentalizo e simplesmente vou. Estou andando pelo corredor assombroso no subsolo da HIDRA. Estou completamente morrendo de medo, se não der certo, vou estrar morta e eu não tenho duvidas disso, contudo eu tenho que me ariscar. Dois soldados passam por mim e minha respiração até para, eu olho para eles quase me tremendo de nervoso, medo e tudo mais. Deu certo! Eles não me viram, ei finalmente consegui enganar a mente deles. Eu respiro fundo e sorrio orgulhosa de mim mesma.

E vocês devem estar se perguntando: por que raios você está nesse lugar? Eu respondo para vocês. Eu nasci aqui, não sei quem são meus pais, não sei da onde eu vim, não sei da minha vid em geral. Eu apenas tenho duas certezas: eu tenho poderes, e foi esse lugar me deram eles, e a outra coisa é que eu tenho um único amigo. Ele é como um irmão para mim, ele já lutou com soldados para não me fazerem mal, já me protegeu de diversas formas. Ele se chama Bucky Barnes, mais conhecido como Soldado Invernal aqui na HIDRA.

É triste pensar que as vezes ele não se lembra do seu próprio nome, porque os funcionários daqui apagam a memória do coitado depois de cada missão dada. Primeiramente ele não tem muito controle sobre si mesmo, já que os funcionários tem um comando que é como se fosse se acionasse outra personalidade. Ele machuca todas as pessoas que param em seu caminho o impedindo de concluir sua missão. Não importa quem seja, pode ser seu melhor amigo, ou algum familiar, mas ele vai te machucar, ou até te matar:

-Bucky, Bucky! Você está aí?- Eu estou na porta da cela de Barnes, ela é toda de ferro e com apenas uma fresta que dá para abrir.

-Meri? É você?- essa voz, nunca fiquei tão aliviada de escutar isso.

Da última vez que eu o vi, ele estava machucado, com o seu braço de metal fechado no punho, estava tenso, e eu não pude fazer nada, estava com dois guardas me levando para mais uma missão.

-Sim Bucky, sou eu, você está bem? Eu vim te buscar.

-Você ainda está com isso na minha cabeça? Quantas vezes você já tentou? Não tem como fugir!-em um tom de decepção, ele diz.

-Bucky, estamos aqui durante toda a nossa vida praticamente. Eu vi pessoas mortas por mim, ora, eutenho apenas 13 anos- eu me virei de costas para a porta e me apoio por completo- além do mais, como você acha que eu consegui chegar aqui?- escuto passos se aproximando e a voz mais próxima:

-Não é possível, você conseguiu!?- seus olhos brilharam, a esperança parecia estar voltando.

-Sim Bucky, eu consegui, eu finalmente consegui!- um sorriso aparece em meus lábios e os dele também, além dos seu olhos claros estarem lacrimejando. Eu fiz um aceno com a cabeça tentando dizer que vai dar tudo certo- Se afasta- digo.

Fico de frente para porta, me preparando para arrancar-lá. Minha visão está focada na porta, meus olhos tremem e meu braço direito se levanta e minha mão fica aberta, uso uma grande força para destrancar a grande porta de ferro e faze-la abrir lentamente. Assim que a porta se abre, Barnes me olha com orgulho e felicidade contagiosa, mas infelizmente não dura muito, pois quando o meu companheiro pisa fora do chão da sela, tudo fica vermelho e um som ensurdecedor de sirene invade nossos ouvidos.

Peguei a mão do moreno e comecei a correr, nós dois estávamos correndo, quando de repente viramos em mais um corredor e damos de cara com mais ou menos cinco guardas quase nos atropelando, eu e Barnes paramos de correr deslizando levemente pelo chão sem cair na curva. Tenho certeza que nós dois estamos tendo pensamentos iguais, que seria: vamos ser pegos? Seremos mortos? E olha, eu eu não fosse tão rápida, a resposta certamente seria sim, mas por outro lado eu esperei a minha vida toda para esse momento é claro que eu me preveniria, olho para trás e Bucky olhando como se fosse perguntasse "como isso aconteceu?", eu só inclino a cabeça para frente pedindo a gente prosseguir e aproveitar a tentativa de fugir.

Depois de vários e vários longos corredores e andares, guardas nos procurando em todo lugar, sirene alta em nossos ouvido, gritos de outras pessoas, nós finalmente chegamos de encontro a porta principal:

-Dá para acreditar?- pergunto olhando para frente- Minha vida toda eu esperei por isso, quer dizer nós dois né, Velhão?- quando termino de falar, não recebo resposta, rapidamente me viro procurando-o, era só o que me faltava!

Escuto tiros atrás de mim, quando me viro por completo lá está quem estava ao meu lado:

-Vá América!- ele está se defendendo dos tiros com o seu braço feito de metal- vai logo!-ele grita mais uma vez.

-Ela está por aqui, procurem-na!- merda Bucky! Você tinha todos os dias para isso, por que agora você quer bobiar quando nós estamos nessa altura do campeonato, pior, com esses imbecis?

-América, faz pelo menos uma vez o que eu estou mandando!-meu olhos estão molhados. Eu não posso ir embora, não sem ele!

-Eu não vou embora sem você! Aceita!- eu grito de volta enquanto eu dou leves passos em sua direção.

-Eu prometo que eu vou te encontrar- seus olhos brilham por causa das lágrimas que formam- até o próximo eclipse, estrelinha- e ele para, se ajoelha e estende os braços para os malditos soldados.

Eu não tenho escolha, mesmo se eu os jogasse para longe, o filho da mãe não iria sair do lugar onde está, o que me resta é viver meu pior pesadelo: ficar sozinha.

Quando eu ultrapasso as portas, ainda invisível para os guardas obvio, vejo tudo que eu pude antes de sair correndo sem olhar para trás, ainda chorando pela minha perda. Hoje percebi que o meu plano de fugir deu certo, mas fugir com os dois ainda vai acontecer. Eu não sei vocês, mas eu nunca deixaria meu melhor amigo para trás, mesmo se ele quisesse que eu o abandonasse, não importa o que eu tiver que fazer, eu vou fazer! Tudo para termos uma vida digna e feliz, e juntos, como sempre foi.

Oi, oi gente! Me apresento como a escritora dessa nova história alternativa sobre o universo Marvel. Essa é a introdução desse meu mundo que quer ser apresentado para vocês, espero que gostem!
☆Bjss☆

Noite EstreladaOnde histórias criam vida. Descubra agora