Dante

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Parte um:
Memórias de um verão ácido.






Dante.

É claro, para mim, que de tempos em tempos eu precise rasgar a pele e tirar meu coração para fora.
De suspiros e suspiros me pergunto se respiro:
Não. Somente permito o ar me invadir, deixar sua sombra e levar algo que eu ainda não sei ao certo o que é.

Acumulado meu coração se sente apertado.

Talvez, muito talvez, até os demônios precisam respirar, então do inferno fogem por minutos, para sentir a brisa do ar (o mesmo que me polui).
Meu coração precisa respirar.






























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