Infância, né?

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Infância, né?

Eu sempre fui assim, boneco. Meu coração, porcelana.
Porque eu sempre fui de vidro.
E buscava por alguém que me domasse.
Me tomasse posse.

Eu amava a sensação de ser como um brinquedo nas suas mãos.
Fortes e grandes.
Que cobriam meu rosto e diziam:
Silêncio,
Calma,
Seus pais não podem saber da nossa brincadeira.
Mas eu não entendia.
Eu não falaria já que nessa brincadeira eu era o brinquedo,
e você,
a criança malvada.










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