Bobinho

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Bobinho.

Apesar das tormentas e ventanias que insistem em ferver os sentimentos pelas minhas veias, pelos meu olhos que acabam sempre voltando a arder todas as noites, todas as noites de mensagens que a lua me manda e o seu pôr do sol me machuca. As cores quentes me queimam de forma tão pessoal e invadem meu corpo dilacerando-me para enviar sensações florais.
Primaveras e outonos, tempestades entre minhas pernas e orações entre meus dentes. As rachaduras transbordam em sangue e ajudam a pele seca de amor a hidratar-se em cenários circunstâncias ao seu corpo. Aos nossos corpos.
Por todas as pontas e agulhas arrancadas de mim, por todas as rochas enfiadas à força pelo meu peito. De todas as memórias que sequer existiram me pergunto se me tornei alguma coisa dentro de você, uma lápide nos seus lábios ou uma palavra na sua cabeça boba.
Te transformo em águas rasas para não me afogar nos meus próprios sentimentos. Me transformo em máquina e tento não te amar, porque sei, você não seria capaz de me entender.









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