Convocação - Revisado

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Ao entrar pela porta Céu, Michael carrega Marya nos braços enquanto avançam. Ele se surpreende ao encontrar um corredor repleto de sinos com fitas amarradas nas paredes. Antes, a porta conduzia diretamente à sala onde falava com Deus, sem sinos ou corredores. A mudança na estrutura celestial desperta sua curiosidade.

- Lúcifer disse que agora eu não sou só um soldado de Deus? O que aconteceu? - Michael pergunta curioso, já que nunca tinha ouvido falar sobre ser um soldado antes. A revelação de Lúcifer adiciona uma camada intrigante à sua compreensão de seu papel celestial.

- Aquele inútil não te disse? Como sempre não passa toda informação. - Diz Miguel, expressando frustração com a aparente falta de comunicação efetiva por parte de Lúcifer.

- Então, me explique, senhor... - Michael pede a Miguel uma explicação, ansioso por entender as mudanças em seu papel celestial que Lúcifer insinuou.

- Já direi, vamos até Deus primeiro. A moça precisa falar com ele. - Miguel sugere avançar até Deus, indicando que Marya tem algo importante a comunicar. A trama celestial parece envolver revelações cruciais.

Os dois seguem e passam por outra porta, desta vez uma porta normal que leva a uma sala com uma mesa de centro e quatro cadeiras. Michael coloca Marya em uma delas, sentando-se ao seu lado, enquanto Miguel se acomoda na cadeira à frente ao lado de Deus. A aparência de Deus agora reflete a de uma menininha, evocando a última vida que teve. A atmosfera celestial ganha um tom peculiar.

- Gostou dessa aparência? Fiquei desse jeito justamente para Marya se lembrar de mim. - Deus mantinha um sorriso constante, seu modo de agir agora mais carismático, sem a usual referência a "filho" e "filha". A explicação acrescenta uma dimensão de intencionalidade à sua presença.

Marya acorda e vê claramente Miguel, Deus ao lado e Michael segurando sua mão. Sem entender a situação, ela pergunta.

- Por que estou aqui? - Marya pergunta, buscando compreender a razão de estar naquela sala celestial com Michael, Miguel e Deus.

- Há, minha querida Marya, temos um assunto pendente. E Michael será convocado para outro trabalho. - Deus revela, adicionando uma nova camada de complexidade à situação. O destino de Michael parece tomar rumos inesperados.

- Outro trabalho? Quando? - Michael pergunta, buscando esclarecimentos sobre seu futuro e as responsabilidades que Deus mencionou. A ansiedade na voz de Michael reflete a incerteza diante do que está por vir.

- Agora, você não é mais um soldado comum. Sua patente subiu no céu graças à sua dedicação... Não é mesmo, arcanjo? - Deus reconhece a dedicação de Michael, anunciando uma ascensão em sua posição celestial.

- Sim, você será um arcanjo em aprendizado... O mesmo que Lúcifer, mas, no caso dele, o seu professor foi o arcanjo Uriel. Miguel ensinará você a ser um ótimo arcanjo. - Deus revelou, atribuindo a Miguel o papel de mentor para Michael.

- Espera, Lúcifer é aprendiz do arcanjo Uriel? O arcanjo responsável pela morte das pessoas? - Michael pergunta, expressando surpresa e questionando a escolha de Uriel como mentor de Lúcifer, especialmente dada a associação com a morte.

- Sim... E você será um arcanjo responsável por julgar as pessoas. Lúcifer ficará incumbido de carregar a alma da pessoa que você julgar. Trabalharão juntos. - Deus esclarece a dinâmica que envolve o novo papel de Michael e a colaboração com Lúcifer no julgamento das almas.

- Ta bom... Tá bom... Michael, pegue isso, essa será a sua arma para os seus trabalhos daqui para frente. - Miguel diz, oferecendo a Michael uma arma que será parte essencial de seus futuros deveres.

Vivências - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora