Mamãe...

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CINCO ANOS ANTES - 19 DE MARÇO, 7:45 PM

O choro do bebê guerreava contra o silêncio da grande mansão dos Luthor's.

- Bem-vinda, pequena Chloe.
- Lillian, segurava a bebê no colo, ainda sem roupas por causa do parto recente.

Caminhou serenamente com a bebê nos braços pelos corredores da casa. Chegando até um dos inúmeros quartos que existiam ali, colocando Chloe na cama para vesti-la com uma fralda e roupas, que já havia separado cuidadosamente para a pequena netinha.

Agora a menina tomava o leite artificial materno na mamadeira preparada por um dos empregados de Lillian, enquanto segurava com uma das mãozinhas, o dedo da Luthor mais velha sobre a mamadeira.

- Você tinha que puxar para os olhos dela, não é mesmo?
- Brinca, ao ver os olhinhos azuis da nata observarem cada detalhe de seu rosto.

- Em quanto tempo, você acha que ela vai desenvolver os poderes?

Leva um susto ao ouvir a voz de Lex, pois estava distraída com a garotinha.

- Ainda não sei se ela vai ter poderes. Temos que esperar.

- Eu não tenho tempo para esperar, mamãe.
- Diz, se aproximando das duas.
- Ela precisa ter poderes. Você entendeu?
- Se inclina para ficar na altura da mãe, que estava sentada na beira da cama com a garota nos braços.

- E SE ELA NÃO TIVER? - Grita, chamando a atenção do filho, que se dirigia para a saída do quarto.

- Farei o que combinamos.
- Para na porta do quarto, mas não vira para olhar para a mãe.
- Vou matá-la!

Lillian sente um frio na barriga ao ouvir as palavras frias de Lex.
Pois, não teria coragem de matar aquele serzinho que segurava em seus braços.

Havia se apegado com a neta, comemorou cada conquista da garotinha. Como os primeiros passos do primeiro ano de vida.

- Vamos, querida. Você consegue!
- Encoraja a pequena Luthor à se levantar novamente, e usando as palavras da avó como motivação, Chloe levanta e caminha até Lillian com alguns tropeços, que à recebe com um abraço e muitos beijos.

Passava o dia inteiro com a neta, ambas compartilhavam momentos especiais, coisas que nunca se deixou fazer com Lex ou com Lena.
Será que um dia sua filha à perdoaria por todo mal que lhe causou?
E Kara?
Acreditaria se dissesse que havia se tornando uma avó amorosa?
Não tinha respostas.

- Vovó, eu quelo um bicoto!
- É tirada de seus devaneios ao ouvir a voz da menina, que tentava puxar um biscoito da bandeja que estava em cima da mesa.

- Okay, só mais um! - Entregou um dos biscoitos para a menina. Sempre se surpreendia com a quantidade que a garota conseguia comer.

- Com toda essa fome, com certeza puxou para a sua mãe Kryptoniana!
- Afagou os grandes cachos negros da garotinha de 2 anos.

Durante a noite, Chloe sempre chorava em uma determinada hora da madrugada, e Lillian acalentava a menina com toda a paciência do mundo.
Ela não sabia qual era a causa dos choros, mas, assim que se aproximava da menina, ele cessava. Sendo assim, Lillian havia desistido de tentar fazer com que a garota dormisse em outro quarto, pois ela só se acalmava quando estava ao seu lado.

- Vovó, o que significa a palavra "espetacular"?
- Agora com 4 anos, ela já sabia ler perfeitamente, as vezes até melhor que um adulto.

- O que você pensa quando ver a sua mãe nos noticiários?
- Desvia a atenção do livro que lia para a menina deitada no chão de barriga para baixo, apoiada nos cotovelos, lendo um livro que estava aberto a sua frente.

• BLUE EYES - SUPERCORP •Onde histórias criam vida. Descubra agora