Capítulo 7 - A despedida

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Pov Daniel

- Então, como vai ser? - Julie perguntava chorosa.

- Nós vamos embora e vocês não vão se lembrar de terem conhecido fantasmas. A banda vai ser como um borrão, mas vão se lembrar do que viveram com ela. Vai ser como se eles tivessem se mudado e vocês simplesmente tivessem perdido contato. Nós poderiamos apagar completamente tudo de vocês, mas teriamos que incluir quase todos os alunos da escola e qualqier um que presenciou as aparição da banda.

- Isso não é justo! - Disse Julie choramingando. - Vou sentir tanta falta de vocês.

A morena se aproximou unindo todos num grande abraço. Nos despedimos um por um ficando eu e ela por último. - Não se esqueça de mim, nunca, por favor. - Pediu sussurrando em  em meu ouvido enquanto nos abraçamos.

(...)

- Sinto muito por tudo isso. - Dizia Antônio enquanto entrávamos na cela onde passariamos longos dois anos.

- Nós também. - Félix lamentou.

- Não acredito que tudo acabou assim. - Dessa vez era Martim quem falava.

- Não vai acabar assim! - Disse firme fazendo os três me olharem em dúvida. - Não liguem pra mim  são apenas algumas coisas que estão rondando minha cabeça.

- Bom, até logo garotos. - Antônio se despede deixando nós três ali, em nosso novo lar.

(...)

- Ora, ora. Se não são os trê patetas. - Uma voz despertaou nossa atenção. DEMÉTRIUS. Ele ria com sarcásmo enquanto cuspia suas palavras em nós - Como estão as acomodações? Espero que a altura das nossas digníssimas estrelas.

- O que faz aqui? Já não fez o suficiente nos entregando? Agora, cá entre nós, o que te fez mudar de ideia em nosso acordo? -Pergunto me forçando a não gritar.

- Acharam mesmo que eu ia jogar fora minha carreira na polícia espectral por causa de três fantasmas idiotas?

- Não por causa dos três fantasmas idiotas, mas para proteger seu segredinho. Ou você esqueceu que tambén temos provas que você também tocava com os vivos?

- Vai lá, me entrega! Vamos ver quem tem mais credibilidade entre nós. - Sai rindo como se nenhum de nós fosse páreo a ele.

-DROGA! - Grito me virando para Martim e Félix. - Eu vou acabar com ele nem que seja a última coisa que eu faça.

Conto a eles sobre meus planos e tanto Martim quanto Félix aceitam me apoiar, mesmo Félix achando perigoso demais. O que ele não acha perigoso afinal?

(...)

Estava sentado na mesma cadeira de quando fui interrogado com as pernas inquietas enquanto aguardava o cara ruivo chegar. Estava tanto nervoso, quanto esperançoso com nossa futura conversa.

- O que era tão importante que precisava falar comigo? -Antônio entrou na sala sentando-se na cadeira á minha frente.

- Você quer se vingar do Demétrius e conseguir seu cargo de volta, eu também quero me vingar dele e tenho provas para isso! Mas quero algo em troca... - Disparo de uma vez.

- O que quer?- Pergunta.

- Eu quero fazer os testes! - Digo sem cerimônia. - Os testes para me tornar humano, eu chorei... eu chorei pela Juliana Spinelli.

- Ahm... ok! - Disse apenas demonstrando toda sua surpresa.

Pov Julie

Eu, Pedrinho e Bia estávamos sentados em uma das mesas da nossa lanchonete fagorita sem muito ânimo, não sei ao certo o porquê, mas ainda assim seguimos por longos minutos em silêncio apenas beliscando uma porção de batatas e dando longos goles em nossos sucos.

- Eu nem acredito que eles se mudaram assim do nada, a banda tava começando a dar certo e tudo acabou assim... - Bia comentava enquanto estalava seus dedos a fim de objetificar sua frase. - num piscar de olhos. Não foram nada justo com você Julie.

- Eles deviam ter as razões deles, não os culpo, já tive minhas fazes ruins também. Lembra quando fiquei proibida de tocar por causa das provas? - Tento amenizar as coisas.

- Aquilo durou duas semanas, a gente nem sabe se eles vão voltar algum dia. - Continuou a mlrena de cabelos curtos.

- Eu vou sentir falta deles. - Disse Pedrinho pela primeira vez e sorri fraco compartilhando de seu sentimento.

- É, eu também, eles foram bons amigos. - Concordei.

- Já sei, a gente podia fazer uma audição para substituir eles. - Sugeriu Bia com seu jeito elétrico de sempre. - Ai a banda não acaba.

- A banda vai acabar? -Perguntou Nicolas se aproximando acompanhado de Valtinho.

- Já acabou na verdade. - Comento quase num sussurro fraco.

- Do nada? Estivemos juntos a menos de uma semana e você não disse nada. -Apenas assenti.

- Os três tiveram que se mudar as presas, algo relacionado as documentações do consulado deles, não sei bem. Mas foi assim, do nada. - Bia tentava explicar algo que nem a gente sabia como foi ao certo. Pra.mim tudo não passava de um borrão, julgava até dizer que se assemelhava a uma ressaca, mesmo nunca tendo experimentado uma. -E agora queremos fazer audições para subistitur eles e continuar com a banda.

- Ah eu topo, eu mando muito bem na bateria. - Soltou Valtinho fazendo tpdos ali o olharem com expectativa.

- Valter? - Bia indagou arqueando sua sombrancelha esperando uma confirmação do garoto.

- Tá.. talvez eu não mande tão bem, mas também não toco tão mal assim. -Todos rimos.

Definitivamente continuar com a banda não era uma opção. Algo não me permitia achar aquela uma boa ideia, nem justo com os três garotos. Talvez eu só devesse continuar tocando sozinha, talvez nem isso... Na verdade eu não tinha certeza de nada, apenas de que algo de fato não estava certo comigo após o sumiço repentino dos meus amigos. Que extranhamente tinha a sensação de não os conhecerem bem agora, mesmo também sentindo que talvez fosse a pessoa que mais os conhececem no mundo. Claramemte eu estava a ponto de enlouquecer, nada estava fazendo muito sentido ultimamente na minha cabeça.

Pov Daniel

- Eu já estou procurando saber como isso tudo vai funcionar, não acho que seja tão simoles assim, mas acresito que possa dar certo, só preciso que confie em mim e tenha bastante paciencia. -Antônio explicava falando o mais baixo possivel como se nossa conversa fosse altamente proibida.

- Eu tenho dois anos de paciencia, espero que não passe disso. - Digo sarcastico.

- Convenhamos Daniel, seu pedido é um tanto incomum, não posso lhe prometer nada quanto a isso.

- Sem problemas, também não posso prometer nada quanto as provas que tenho contra Demétrius. - Desafio o ruivo a minha frente.

- Pare de agir feito criança, eu te ajudaria mesmo sem essas provas. Não sei se notou, mas fui o único disposto a ajudar você aqui no mundo dos fantasmas, poderia ao menos demonstrar um pouco de gratidão. -Suspirei assentindo, talvez ele tivesse razão. - Quando eu tiver novidades vokto a entrar em contato, não se preocupe.

- Tudo bem, desculpe... pelo meu jeito, mas as coisas não andam fáceis. Parece que quando tudo começa a dar certo o mundo começa a desmoronar... a morte as vezes parece mais complicada que a vida. - Riu de minhas palavras.

- Você tem completa razão garoto. - Levantou-se prestes a deixar a sala onde sempre nos encontravamos. - Se cuide!

Julie e os fantasmas 2ªtemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora