𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨.

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Izuku Midoriya.

— O quê? O dia inteiro?! Com horários frefiveis? Não, flexivol... É... - minha mãe limpa a garganta em quanto tenta ler o papel.

— Flexíveis, mãe, e sim, significa que nunca terei certeza sobre voltar para a casa de noite, talvez fique mais, ou menos. Não dá para saber.

— ... Você quer voltar para os trabalhos antigos? - Inko sorri.

— O quê? Não! Foi você quem me conduziu à este emprego, e agora eu quero seguir com isso por todos nós, não precisa se preocupar.

— Caso isso te desgaste demais, volte para casa, okay? - a preocupação em sua voz se faz evidente em sua feição - ninguém se decepcionará com você, Zuku, de verdade.

Gosto de quando sou chamado por "Zuku", principalmente por família.

Assinto com a cabeça e saio de fininho para não acordar as crianças.

O sol nasceu há pouco tempo mas já existem pessoas andando pelas ruas, trabalhadores com olhares cansados e roupas sujas me observam pelo canto do olho em quanto sigo até a direção do castelo.

Por que uma criança como ela está indo até o castelo?

Será que vai roubar algo?

Com certeza vai pedir esmola.

Por que não matam os jovens? Só servem para vagabundiar por aí e comer nossa comida...

Afasto esses pensamentos que mais se parecem com vozes altas e enaltecedoras, odeio como as vezes deixo que isso me controle, minhas mãos ficam trêmulas e minha cabeça gira, não sei o que acontece mas não gosto.

Acabo me distraindo quando paro em frente ao grande portão de madeira e ele se abre para mim, olho para trás, garantindo que não seja outra pessoa mais rica, e não, realmente estava esperando por minha chegada.

Ainda estou com as mesmas roupas, mas tomei banho, não tive tempo de comer porque acabei atrasando um pouco, de qualquer forma, aprendi a passar dias sem comer, então umas horinhas não me farão diferença.

Tomo tempo para observar os detalhes quando adentro pelos longos corredores, as paredes são cobertas por um tom de creme e têm janelas que vão do chão até o teto, várias pessoas fazem a faxina e umas outras correm com pressa de algo.

Quase me dou como perdido, mas Iris toca meu ombro e me faz dar um pulo.

— Me desculpe assustá-lo, senhor! - ela exclama, e é bem estranho ser chamado desta forma.

— Não se preocupe, na verdade é até bom termos nos encontrado. Pode me mostrar a direção para... - limpo a garganta, juntando as sobrancelhas.

— ... O quarto do príncipe? - completa por mim.

— Tenho de ir até lá?

— Bom, seu papel é estar ao lado dele o tempo todo, por isso, precisa.

Concordo meio envergonhado, tanto por parecer tão perdido quanto por sentir mais ainda que não pertenço á este lugar.

— Então, por favor, me siga. - ela me lança um sorriso gentil e começa a andar lentamente, retribuo o sorriso e á sigo.

[...]

O príncipe ainda está dormindo, acorda por volta das nove e meia, por isso, não terá o trabalho de acordá-lo. Apenas espere, por em quanto, certo? - Iris sussurra baixinho em quanto toca na maçaneta da porta e à abre, dando espaço para mim entrar. - Boa sorte! - fecha novamente.

MY GUARD! | BAKUDEKUOnde histórias criam vida. Descubra agora