𝐏𝐢𝐬𝐜𝐢𝐧𝐚.

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Quando se recebe uma oferta de trabalho, o normal é que a pessoa trabalhadora sempre mantenha classe e etiqueta enquanto está fazendo suas tarefas, ainda mais quando está presente de seu chefe.

Mas as coisas para Izuku são diferentes.

- Kacchan! Me solta! - Ele pedia entre risadas, tentava se desvencilhar do corpo grande do príncipe, mas não conseguia por nada.

- Que tipo de guarda você é, hein? Não consegue impedir que eu te faça morrer de tantas cócegas?! - O rapaz responde com risadas baixas também, só sentia vontade porque via o sorriso do esverdeado e isso automaticamente o fazia rir também.

Em questão de trabalho, isso realmente é bem idiota, Katsuki é maior e mais musculoso que Izuku, não é muito disparado mas ainda assim faz diferença quando os dois estão usando forças um contra o outro, que é o caso de agora.

- É só porque eu não quero te machucar! - Com dificuldade, Midoriya respondia. Não tinha como sair de lá, já que Bakugō estava sentado sob seu colo e o prendendo com uma das mãos, enquanto ao mesmo tempo usa a outra para fazer cócegas em seu pescoço e barriga.

- Certo, certo... Gostei desta desculpa esfarrapada, então você está livre. - O loiro finalmente para e sai de cima do esverdeado, que finalmente se senta na cama e toma a liberdade de respirar fundo e recuperar todo o ar que perdeu.

- Isso é crueldade, okay?! O que diriam se você matasse seu próprio guarda-costas? - Usava ironia no tom de voz porque não queria que o garoto levasse a sério, mas no fundo sabe que isso nem é necessário pelo quanto já se conhecem.

- Não diriam porque eu esconderia seu corpo no porão do castelo, e nunca mais veriam você! - O assunto estava tomando certos rumos peculiares, mas tudo parecia se tornar melhor, mais calmo e leve com ambos os rapazes.

- Você é cruel, Kacchan. - Já mais relaxado, Izuku se deita na cama e se espreguiça. - Você não quer dormir?

De acordo com a lua, já passam das uma da manhã. Agora, era normal que apenas o príncipe estivesse dormindo, enquanto seu guarda-costas, estaria acordado encarando o teto ou observando o céu na varanda.

- Não estou com sono hoje, não sei porquê. - O rapaz responde e dá de ombros, então também se deita na cama, ao lado do outro.

- Entendi... Você trabalhou muito hoje, não é? - Quando viu que agora estava acompanhado, Izuku se deita de lado só para conseguir observar o rosto de Katsuki sem que precisasse ser de relance.

- Sim, deve ser por isso que eu não consigo dormir, todas aquelas coisas me estressaram. - Bakugō faz a mesma coisa e se vira para observar Midoriya, percebendo e entendendo na hora o motivo de sua expressão de cachorro carente. - Ei, deixa disso, está tudo bem. São só uns papéis que dizem coisas complexas até para mim, e isso me deixa apreensivo.

- Por que te deixam apreensivo? - Izuku não fica receoso ao questionar coisas assim para Katsuki, também já não tem mais medo de como age perto do rapaz, pelo menos quando são só eles sozinhos.

- Porque sinto que não consigo lidar com tudo isso às vezes. - Por outro lado, o loiro também já fala qualquer coisa para o esverdeado, confia nele, e mesmo que não confiasse para certos assuntos, não pode fazer nada, as palavras saem automaticamente de sua boca, vindas diretamente do coração. - Minha mãe cuida de toda a vila, e eu também assumo totalmente uma parte, mas em breve meu trabalho será todo. Eu leio tantas reclamações, coisas que precisam ser reparadas, falta de água e fome. Não podemos fazer tudo por quem está lá fora, e desde que conheci você, comecei a me ver no lugar de quem mora lá.

Izuku não sabe dizer se isso é bom ou ruim, o que raios Katsuki queria dizer com isso? "Desde que conheci você, comecei a me ver no lugar de quem mora lá." isso ao menos lhe trouxe uma evolução ou regressão?!

MY GUARD! | BAKUDEKUOnde histórias criam vida. Descubra agora