Memento Mori, Me Mori, eu morri.
Selene Jones, uma garota de 24 anos, que cresceu em um lar abusivo, com uma mãe narcisista, um pai alcoólatra e seus dois irmãos. Tenta conciliar sua vida de estudante de artes cênicas com o seu hobby de poesias.
Nic...
" 'Cause the sun's engaged to the sky And my best friend's found a new guy I'm only getting older I've never had a shoulder to cry on Someone to call mine Everybody's falling in love and I'm falling behind " -Falling Behind, Laufey✧*。
08 de Fevereiro de 2015 Rio de Janeiro RJ - Brasil
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Mas que droga.
Alex está 40 minutos atrasada. Estou sentada sozinha em uma mesa no deck da cafeteria. Dígito mais algumas coisas no notebook antes de o guardar. Enquanto estou colocando o notebook na bolsa e fechando o zíper, alguém encosta em meu ombro. Ela chegou. - Nossa, finalmente ein! Se você demorasse mais um pouco eu iria estar morta já. - Meu olhar encontra o da pessoa atrás de mim, o sorriso do meu rosto desaparece e aparece no rosto dele. Porra. - Sentiu minha falta é?
- Tomas, vai embora - levanto e saio, me virando de costas pra ele - Ei, ei. Espera, eu só quero conversar - o vejo indo pra minha frente, me impedindo de passar. - O nosso termino foi horrível, e eu nem tive tempo de me explicar. - Se explicar? Você me traiu, tem alguma explicação pra isso? - eu grito e ele passa a mão em seus cabelos claros e suspira fundo, a não, ele vai surtar, não deveria ter contrariado. - Desculpe
- Escuta aqui, eu não vim do interior de São Paulo até aqui pra receber um não, então você pode escolher se você vem comigo por bem, ou por mal. - Ele se aproxima. Susurro um não e tento ir pra longe, mas falho, olho ao redor em busca de ajuda, porém não vejo ninguém além de um homem de moletom preto encostado em um carro no estacionamento a uns 30 metros de mim, tento chamar sua atenção mas em vão.
Meus joelhos fraquejam, dou alguns passos pra trás mas paro quando bato na mesa atrás de mim.
Minha visão fica turva, penso em inúmeras possibilidades pra escapar dessa situação, talvez um soco, um chute poderia resolver, ou um puxao de cabelo. Droga, eu deveria ter colocado um spray de pimenta na bolsa, como Alex falou.
Bem, considerando minhas opções não consigo executar nenhuma no momento. Pânico forma um bolo em minha garganta, sinto como se meu coração fosse sair pela boca, Tomas me encara com um olhar assustador, vejo seus fios loiros balançando ao vento. Ele se aproxima cuidadosamente.
- E ai, já decidiu? - Não, eu já falei uma vez.
Ele está perto demais, segura meu pulso.
- Na minha opinião você está se fazendo de dificil.
Foda-se, já perdi completamente o medo, não vou me por nessa posição de novo.
- E na minha você é idiota, eu tô falando sério, meu namorado já está chegando. - Mas que porra, é sério que você me trocou? - Ele solta o meu braço e dá um ou dois passsos pra tras me dando uma oportunidade de fugir, eu viro pros lados procurando alguém, e vejo o homem de moletom preto vindo em nossa direção, corro rapido na direção dele.
