Capítulo 17 - Descobertas

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Capítulo 17

Fortaleza, CE. 30/12/2022

Yasmim POV

Não consigo acreditar que meu pai estava por trás disso, simplesmente não consigo. Eu não estava esperando por isso, acho que ninguém estava, na real. Mas imagina o que as meninas pensaram? Que meu pai era totalmente louco, com certeza!

Me levanto, passo a mão no rosto numa tentativa inútil de reduzir meu sono. Respiro fundo e olho meu celular que estava na mesa de cabeceira, 9h da manhã.

Estico os braços, me espreguiçando juntamente de um bocejo e me levanto, indo até o banheiro para realizar minha higiene matinal. Após feita, vou até a cozinha, onde as meninas se encontravam tomando café.

(N/A Ah e sim, Yasmim, eu sei que o café é antes da higiene matinal mas a fanfic eh de qm msm fala p mim)

- Bom dia. - Digo assim que chego na porta, atraindo os olhares das meninas para mim, que respondem meu bom dia.

Elas não estavam muito animadas, acho que ainda estavam digerindo tudo o que havia acontecido. Eu também já imaginava que elas estavam se comportando assim por achar que eu poderia estar magoada ou algo do tipo. Não que seja mentira, mas eu preferia que agissem normalmente.

Pego uma xícara no armário e sento na mesa com elas, colocando o café logo em seguida.

Isadora me olhava muito, parecia tentar me analisar. Reviro os olhos com aquele comportamento, deixando o estresse me dominar.

- Quer parar com isso? - Pergunto em direção à ela, que me olha assustada. Provavelmente não esperava que eu fosse ter essa reação. Me arrependo imediatamente de minha fala.

- Parar com o que exatamente? - Ela desmancha a expressão assustada, adotando um olhar sério. Fecho os olhos novamente arrependida, agora terei de respondê-la.

As meninas apenas observavam as interações tomando o café. 👁️👄👁️
☕🤏

Respiro fundo para responder ao questionamento de minha amiga.

- Parar de me analisar, ok? Eu sei o que estão pensando, provavelmente estão com pena de mim, mas eu não preciso dessa pena! Não preciso que vocês fiquem pisando em ovos pra falar comigo. O que aconteceu ontem, aconteceu. Já foi, já passou. - Digo para ela, que assente em compreensão.

- Eu sei que não precisa que ninguém tenha pena de você. Eu não estou com pena, por quê estaria? - Ela diz em minha direção, e continua antes que eu respondesse. - Eu só queria saber como você estava se sentindo e não queria perguntar, por isso estava observando seu comportamento. - Ela admite. Sorrio fraco para ela, envergonhada.

- Eu estou bem, Isadora. Obrigada por se preocupar. - Digo, arrumando o cabelo, colocando uma mecha atrás da orelha. - Eu ainda não tô acreditando que meu pai fez isso, pra ser sincera. - Dou um gole do café. Estava bem quente.

- Né? Nem eu. - Isadora diz, rindo. - Seu pai se passou hein?! Por essa eu não esperava. - Se passou? Que porra de gíria é essa? Isadora aparece com cada uma... Apenas sorrio com sua fala.

- Se passou, fia? Que porra de gíria é essa? - Isabella diz rindo, como se lesse meus pensamentos.

- Gíria não, bebê. - Ela faz a negação com o dedo indicador. - Dialeto. - Isadora a corrige, fazendo uma expressão convencida.

- Mas nossa, ele se passou mesmo, nem me fala... Achei que a gente ia morrer quando o home chegou do nada arreganhando a porta e a gente lá dentro invadindo o covil do vilão. - Francine diz rindo, arrancando risadas das meninas também. - Pensando bem, ainda bem que era seu pai. - Atrai olhares confusos para ela com sua fala. - Se não fosse, provavelmente hoje vocês estariam indo na delegacia dar depoimento sobre o nosso assassinato. - Profere, séria. E o pior é que ela estava certa. Ainda bem que era meu pai, eu não iria querer me meter nessa enrascada. Meu pai nunca mais confiaria em mim. Balanço com a cabeça positivamente após sua afirmação.

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