Capítulo 22
Isadora POV
Quando estávamos descendo o elevador, as meninas perguntaram da Lara. Acredita que a vadia já tinha ido? Elas mandaram mensagem e Lara disse que já estava lá, com, adivinha, adivinha? Exatamente, com a baterista não mono hahahaha.
Eu não poderia estar mais chateada, magoada, decepcionada, por Deus, eu estava tudo!
Andávamos agora pela praia, havíamos comprado algumas coisinhas leves para tomar que eu havia dado ideia; vodka de frutas vermelhas com fanta, definitivamente melhor que sexo.
(queria que vcs experimentassem de verdade eh mto bom)
Yasmim tomava uma heineken porque disse que não tomava essas coisas duvidosas, bem paty mesmo. Isabella e Francine me acompanhavam com o copão transparente, gelinho e a misturinha abençoada por Deus.
Cada golada era como se minha alma fosse renovada, interagíamos com as pessoas da praia como se timidez não existisse.
[...]
- Não, eu não vou falar nada pra ele não, o que eu falaria? - Yasmim nos indaga após incentivamos que ela deveria chegar no cara que ela havia achado bonito.
O cara até era bonito, mas não podia ser mais padrão; o cabelo liso com um topete duvidoso, com certeza de laquê. Uma camisa polo, calça e tênis.
Eu apenas incentivei porque pelo menos não era um sapatênis, se não passaríamos longe.
- Fala que você achou ele bonitinho e que você não mora aqui… Sei lá, desenrola! - Incentivo-a, que me olha desconfiada.
- Eu não sei se isso é uma boa ideia, fia. - Ela profere receosa. Respiro fundo, fechando os olhos por 2 segundos, tomando paciência.
- Vai logo, Yasmim. Cê é mais padrão que ele, toma vergonha na cara. - Francine joga na cara de Yasmim, que abaixa a cabeça.
- Yasmim. - Chamo-a, que me olha. - Vai viver ou tá com dó? Hm? EM? - Questiono, vendo-a se retrair, mas logo fica pensativa.
- Foda-se, vô lá. - Yasmim diz por fim, indo até o homem.
- Essa eu tenho que gravar. - Francine diz, gargalhando. O celular apontado para Yasmim, acompanhando seus movimentos.
- Te amo, Francine. - Digo ao seu lado, rindo da situação e me sentindo a figurinha do pica pau esfregando as mãos.
Ela diz algumas coisas para ele, que sorri, nitidamente na dela. Conversam mais algumas coisas e, quando menos esperávamos, ele a puxa para um beijo. Minha boca se abre em surpresa. Dou um gole de minha bebida, me sentindo orgulhosa. E com pena né, beijando homem, tadinha.
- Olha, não é que a Yasmim tem borogodó? - Isabella diz, encafifada.
Yasmim toda estranha, ela contou pra gente que se vestiu no bar de sapadrão, até se assumiu wesley sapadrão para o pai dela e no fim das contas voltou a ser hétero. Nunca entenderei.
- Ih ó lá, ó lá, fia. - Isabella me cutuca para me chamar. A olho levemente emputecida por ter me tirado dos meus pensamentos, uma ruga entre as sobrancelhas.
- Que foi, caraio? - Indago. Ela aponta para onde Yasmim estava com o menino. Acompanho com os olhos para onde ela apontava.
Uma moça havia separado os dois, falava alto com Yasmim, dando de dedo em sua cara. Uma unha de acrigel rosa e pontuda, maior que o dedo. Uma juju na cara para complementar e, para fechar com chave de draka, um nike shox rosa no pé.
Francine desliga a gravação na melhor parte. A olho indignada.
- Pô, Francine! Vai perder essas recordações? - Questiono seu ato de parar de gravar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Casos de Família
Humorhistória fictícia exceto por ser verdade as falas e personalidades dos personagens. É sobre tretas, intrigas e/ou desavenças entre meu grupo de amigas e no final é só para elas lerem. bjs abraço