{Sinopse}->Duologia<
Jeon Jungkook era um antigo soldado da elite, um dos melhores, se quiser saber. Suas vitórias eram conhecidas por todo o Mundo, ele era da alta patente e um dos jovens mais ricos da Europa.
Mas tudo isso veio com um preço mais c...
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JUNGKOOK
Malditos sejam os alemães, ou melhor, o Submundo inteiro!
Submundo era como chamavam os rebeldes contra a tecnologia e quem os comandava era um pequeno grupo de alemães, o que era irônico, já que eles usavam sem escrúpulos a tecnologia, e pior, para matar pessoas, dentre elas crianças e idosos. Eu sempre os odiei com todas as forças e não deixaria de odiar agora.
Principalmente por eles terem me tirado a coisa mais importante para mim.
Eu estava numa sala médica com Namjoon e os outros enfermeiros, cientistas e mecânicos. Eu me sentia literalmente como uma cobaia. Isso não ajudou em nada no meu psicológico já bem saudável, é claro. Mas o que eu podia fazer?
— Acho que o vírus todo saiu de dentro dele, pelo menos o sistema não está alertando mais nada. — Um cientista qualquer disse. Eu estava, não ironicamente, com diversas partes do corpo (se é que eu podia dizer que próteses eram partes do corpo) abertas. Eu estava exposto, meu coração, uma parte do pulmão, minha bochecha e olho esquerdo, minha perna esquerda e todo o resto robótico estava desmontado. Eu odiava essa sensação e achei que nunca mais teria que passar por ela.
— Não foi um ataque definitivo, talvez um teste. — Disse uma voz que não me importei em prestar atenção.
— Foi um aviso, eles estão perto, muito perto. — Namjoon disse. Meus olhos estavam perdidos, desfocados, nublados. Minha visão fora comprometida, claro, o olho esquerdo estava completamente embaçado, como um óculos sujo.
— Porra, será que dá para me fazer voltar a enxergar ou está difícil? — Meu tom saiu mais rude do que eu pretendia, mas eu já havia dito e eu não voltaria atrás. Namjoon me olhou e se aproximou. Cuidadosamente, ele mexeu no olho esquerdo, fez algo que eu não consegui distinguir e logo minha visão voltou ao normal. — Obrigado.
Não demorou muito mais tempo e eles descartaram todas as possibilidades de morte ou doença, me remontando de novo. Era uma sensação horrível, como um quebra-cabeça idiota. Namjoon me deixou só na sala, para eu descansar e dormir um pouco.
Mas como de costume, as memórias vieram.
A sensação da poeira me cegando, a garganta seca arranhando, o barulho agudo de bombas explodindo por todos os lados. Soldados, famílias, crianças e bebês mortos, partes de seus corpos espalhados pelo campo de guerra, sangue jorrando como um rio por todos os lados. Por onde eu andasse, para onde eu olhasse, estava tudo coberto de sangue.
