Catfish | Monsam Version

| Capítulo 05 |

Point Of View: Mon Armstrong

Eu devia ter merda na cabeça, para quê falar para Sam que eu estava de cueca?

Jesus amado, Mon, se você dependesse de cantadas, morreria seca e sozinha!

Escondi minha cabeça no travesseiro feito uma criança que fez besteira, e logo o celular vibrou.

"Eu não ligo. Posso ir até a sala?"

Aquilo devia ser um sonho, um daqueles que você consegue tudo com a pessoa que é afim. Afinal, essa era a única justificativa para Sam querer vir para sala ficar comigo.

"Estou esperando."

Acho que foi questão de segundos e aquela mulher incrível estava em minha frente, com quase todo seu corpo a mostra, o pouco que estava coberto era transparente, me deixando completamente desconfortável, eu não conseguia desviar o olhar por nenhum momento.

— Posso sentar aí com você? – Ela perguntou e eu fiquei ainda alguns segundos parada, meio que hipnotizada.

Sacudi a cabeça, respirei fundi e me sentei no sofá dando espaço para ela. Assim que ela se sentou, dou um pouco de cobertor para ela, afinal, havia esfriado um pouco.

Ela ficou quieta, mas logo me olhou, meio que procurando algo, então olhou por baixo das cobertas.

— Cueca branca? – Ela deu risada. – Está querendo me seduzir, senhorita Armstrong?

— Está funcionando?

— Ainda não! – Ela disse dando risada.

Que mulher linda era aquela? Senhor, o que eu fiz para merecer uma mulher tão perfeita em meu caminho?

— Insônia?

— Também, mas queria te agradecer pelo dia e pedir desculpas por ser idiota às vezes.

— Tudo bem, também sou idiota às vezes e quanto ao dia, eu adorei. Ravi é uma criança maravilhosa.

— Queria que meu marido tivesse tratado ele assim.

— Seu marido é um idiota! – A cara que ela fez quando falou do babaca, me cortou o coração. – Mas vamos mudar de assunto, me diz, e você e o Ash?

— Ah, mandei algumas mensagens, mas ele deve estar envergonhado pelas mentiras porque não me respondeu. – Sam parecia triste, provavelmente gostava da aparência do meu irmão com minha personalidade, e isso me desanimou um pouco. Como eu iria lidar com ela apaixonada por alguém que praticamente não existe?

— Sinto muito por isso.

— Eu não, graças a Deus você é bem diferente de seu irmão. É educada, carinhosa, simpática e não mente para mim. - Nossa, eu era uma babaca! – Mon, posso fazer uma pergunta?

— Claro!

— Você me acha feia?

— Oi?!

— Tudo bem, não precisa responder. – Ela fez uma cara triste, que não conseguiu disfarçar.

— Sam... – Peguei na mão dela. – Você está de brincadeira comigo? Você é linda!

— Não precisa mentir!

— Sam, não estou mentindo, te acho linda! Seus olhos parecem dois universos inteiros, sua boca bem delineada e essa cicatriz nela deixa tudo tão sexy. Você é, sem dúvidas, a mulher mais linda que já conheci, em todos os sentidos. Seu corpo é lindo, perfeito... – Foi aí que me toquei que eu estava falando demais.