| Capítulo 23 |

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Point Of View: Mon Armstrong

Ver ela ali chorando me deixou com vontade de abraçar ela, a trouxe para perto e abracei a morena. Fiquei ali, fazendo carinho nela até que as lágrimas parassem de cair. Logo ela se afastou um pouco para que pudesse me olhar, limpou o rosto e ficou me olhando. Parecia intrigada ou no mínimo curiosa.

— Sabe Mon, eu sempre lutei para esquecer você, sempre ignorei que você existia... Eu queria viver como se você tivesse sumido, o desejo de esquecimento era tão grande... – Ela ficou quieta alguns minutos e outra lágrima rolou. Eu não queria vê-la assim e quando limpei essa lágrima, ela segurou minha mão, a beijando. - Era tão grande, mas quando o esquecimento veio, parecia uma rasteira. Ele veio não como eu pedi, mas veio e nossa... Eu perdi o chão! Acho que ainda estou sem chão, com medo... Porque quando olhei para você e vi em seus olhos que você não fazia ideia de quem eu era, eu quis morrer! Eu nunca imaginei que isso seria tão ruim assim, eu fiquei péssima de pensar que agora você poderia viver sem nem saber quem eu era.

— Sam... – Eu me ajeitei na cama pois estava com um pouco de dor, mas continuei de frente para ela e o problema é que os flashes continuavam vindo, me tirando a seriedade daquele momento. Só me trazia uma puta excitação! – Acho que você era o que eu precisava para lembrar, foi me aproximar de você que algumas coisas vieram a minha cabeça. Mas, sabe, eu li todos os e-mails que te mandei ao longo dos anos.

— Todos?

— Todos! Li cada um deles e vi também a falta de respostas. Minhas tentativas de ligações, de áudios, SMS, Skype... Eu vi tudo! – Ela deu um sorriso sem graça. – Eu vi também um vídeo seu dançando! – Falei rindo. – E você estava linda nele. – Ela cobriu o rosto um pouco envergonhada. – Sei que menti para você, sei que dei mancada... Mas olha, estamos aqui, juntas.

— Mon, eu queria que você lembrasse...

— Eu vou lembrar, com tempo. Com você do meu lado, eu vou lembrar. – Os flash's daquele dia continuavam vindo, Sam gemendo enquanto eu a tocava, e eu estava cada vez mais excitada.

— Tudo bem?

— Sim, por quê?

— Está mordendo os lábios...

— Alguns flashes...

— Nossos?

— Sim! – Falei rindo.

— Sexo?

— Bingo! – Falei e ela deu risada.

— Quer falar deles? – O que eu tinha a perder?

Olhei para ela e fiquei séria.

— Não quero falar deles não, Sam.

— Desculpe, Mon... – Ela falou toda sem graça e ia sair da cama, mas eu a puxei para perto.

— Quero criar novas lembranças! – Falei e ela sorriu antes de me beijar. De repente senti uma puta pontada no meu abdômen e tive que parar de beijar ela naquele minuto.

— O que foi?

— Está doendo... – Falei, virando de barriga para cima.

— Vire para lá, Mon. – Ela falou, obedeci e ela me abraçou por trás. – Respire fundo, querida. – Ela falava, encostando o corpo em mim. Sam beijou meu pescoço, e me abraçou. – Vou ficar assim com você até sua dor passar, tá bem, Armstrong?

— Obrigada, Sam.

— Não agradeça! Estarei sempre aqui, não vou te deixar outra vez. Eu prometo! – Ela falou e eu puxei a mão dela, beijando o dorso. – Mon, sua mãe quer me afastar de você.

Catfish | Monsam VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora