| Capítulo 08 |

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Point Of View: Sam Sarocha

Parecia uma eternidade sem tamanho, estávamos ali recebendo cuidados médicos, mas só me importava saber se Mon estava viva. Ela perdeu muito sangue, se algo acontecesse a, ela eu jamais me perdoaria.

Graças a Deus os meus machucados e os de Ravi não passavam de escoriações, logo estávamos sentados na sala de espera, e finalmente veio uma médica em minha direção.

— Boa noite, senhora Sarocha. Está como acompanhante da senhorita Armstrong, correto?

— Sim, como ela está?!

— Conseguimos conter o sangramento, ela precisou passar por um cirurgia para remover a bala. Está um pouco abatida porque perdeu muito sangue, mas está se recuperando.

— Posso vê-la?

— Pode sim, vamos até lá. – Segui a mulher, segurando a mão de Ravi.

Eu estava tão nervosa e preocupada, foi aí que entramos no quarto. Lá estava ela, sentada e aparentemente discutindo com uma enfermeira.

— Mon! – Ela me olhou e se acalmou um pouco. – Como você está?

— Brava, essa mulher quer me impedir de sair daqui. – Antes que eu falasse, a médica interveio.

— Mon, já lhe disse que sozinha não vou autorizar sua alta. Você precisa de cuidados, tomou 18 pontos, não é qualquer coisa. Se não tiver alguém com você 24 horas por uma semana, não vou te dar alta.

— Me viro sozinha.

— Se quiser, atendo a domicílio e posso te ajudar

— Eu vou cuidar dela! – Falei de imediato ao ver aquela médica dando em cima dela descaradamente e elas me olharam.

— Não precisa, Sam.

— É o minimo que posso fazer, não me negue isso, por favor.

— Ok, mas vamos para minha casa, pelo menos lá aquele embuste não vai ter acesso a vocês.

— Tudo bem. – Esperei junto de Ravi, ela se trocar e vi claramente quando a tal médica entregou um cartão a ela e saiu sorridente. Quem aquela mulher achava que era? Eu estava louca para grudar naquela peruca loira dela e arrancar fio por fio.

Logo Mon estava pronta, ela ainda não devia caminhar muito, então estava em uma cadeira de rodas e permaneceu quieta até chegarmos no apartamento dela.

Ela não disse uma única palavra para mim, e assim que entramos, ela abraçou Ravi e o beijou. Ele ficou todo feliz e a abraçou de volta.

Ajudei ela a se sentar no sofá, Ravi com todo cuidado subiu e se encaixou junto a ela, sendo acolhido por um abraço.

— Sam, como você está?

— Bem, graças a você.

— Ravi me falou o que aconteceu, aliás, o que ele viu.

— Mon... – Eu estava envergonhada, nem sabia como me portar.

— Ele não entendeu bem, só sabe que te machucou pelo sangue. Você precisa ir ao médico.

— Estou bem. – Menti.

— Sam... Olha, estou aqui para você. – Aquilo me encheu de esperanças. – Posso te ofertar minha amizade.

— Amizade? Ok, Armstrong. – Dei as costas a ela, segurando as lágrimas. – Vou à farmácia

— Achei que tivéssemos pego todos os meus remédios.

Catfish | Monsam VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora