Catfish | Monsam Version

| Capítulo 25 |

Point Of View: Mon Armstrong

Eu estava tentando manter a calma, tentando me controlar. Eu olhava em volta tentando encontrar Sam, as pessoas olhavam perdidas, elas passavam desesperadas por mim, algumas chorando por ter sobrevivido e outras por não saberem onde estavam seus entes queridos. Eu estava ali no meio daquela confusão toda e minha cabeça parecia um furacão, eu mal conseguia pensar.

— Mais uma sobrevivente! – Alguém falou e eu me virei sem controle do meu corpo. Era ela!

Sam estava tossindo, coberta por poeira. Meu peito ficou tão contente naquele minuto, que eu achei que ele ia explodir. Saí correndo na direção dela e quando me aproximei, a abracei com toda a força que eu tinha naquele momento.

Quando o corpo dela encostou no meu, foi como se minha mente levasse uma pancada e tudo voltasse para minha cabeça de uma única vez. Tudo voltou!

Senti aquela forte pontada, meu corpo queria apagar mas não eu deixei, não ia cair agora, eu queria cuidar dela.

Me separei um pouco e capturei seus lábios, era como se fosse nosso primeiro beijo novamente. Nossas línguas se encontraram carinhosamente, dançavam no mesmo ritmo e seus dedos estavam entrelaçados em meus cabelos. Eu apertava suas costas, a trazendo para mais perto de mim. Quando separamos nossas bocas, respiramos fundo, deixamos nossas testas coladas e eu uma lágrima cair.

— Eu me lembro.

— Oi? Do que?

— De tudo!

— Tudo?

— Sim, até de como fui idiota em fingir ser um homem! – Falei dando risada e ela me abraçou. – Você não vai embora, né?

— Eu voltei para o meu lugar e não vou mais te deixar. Todos esses anos só me ensinaram que você sempre foi meu lar, Armstrong, e que sem você eu estava perdida no mundo! – A apertei mais a mim e enchi ela de beijos. Assim que me separei dela, comecei a analisar todos o seu corpo.

— Você está bem? – Perguntei e ela assentiu com a cabeça. Mas, do nada, vi sua boca ficando pálida e ela desmaiou.

[...]

Point Of View: Lisa Manobal

O desespero estava me tomando completamente só de ver eles tirarem pessoas mortas dos escombros e algumas feridas, mas nunca aparecer a Rose.

Meu peito doía, que droga! Por que eu briguei com ela? Hoje era para ser nossa folga, era para estarmos em casa e não no hospital. Se algo acontecesse com ela, eu jamais me perdoaria.

Eu estava totalmente sem chão quando um dos comandantes passou por mim.

— Não tem mais como procurar, se continuarmos mexendo vai desabar mais, e com essa chuva, está tornando muito perigoso para nós. Não posso colocar tantas pessoas em risco, pelas contas há apenas duas pessoas lá. Sei que são pessoas, mas não posso arriscar todos os homens por eles.

— Hey, essas duas pessoas que você está falando são meu pai e minha mulher!

— Senhora. – Um dos homens veio até mim. – Sinto muito pela forma que eles falaram, mas nós precisamos parar e reiniciar pela manhã.

— Eles podem morrer nesse tempo, podem estar feridos!

— A chuva vai aumentar as chances deles, pois podem conseguir beber água e aguentar mais um pouco.

— Não quero aumentar as chances, quero eles vivos! Preciso que tire minha mulher de lá! – Eu estava preocupada com ambos, mas Rose era minha maior preocupação ali.