O dia seguinte ao ataque à delegacia foi tumultuado, vários repórteres fizeram fila para entrevistar o capitão Toshinori, todos queriam saber a identidade da testemunha, queriam respostas para várias perguntas que nem mesmo ele sabia.. Katsuki que agora estava em um apartamento alugado próximo à delegacia, chegava todos os dias cedo e saia muito tarde, investigando incessantemente as evidências que tinham... Izuku não fazia diferente, estava praticamente acampado em sua sala, naquele sofá pequeno ao lado da porta. Ele tirava um cochilo quando Toshinori adentrou sua sala acompanhado de Bakugou, que fez questão de acorda-lo com um cafuné em seus cachos.. Quando ele abriu os olhos seu sorriso se alargou, pois os dois homens de sua vida estavam ali em sua frente. Seu amado pai e capitão olhava os dois trocando carinho com tranquilidade.. Afinal ele sabia que seu filho era bom em fazer suas escolhas, e Bakugou realmente era uma boa pessoa..
Mas isso era a calmaria antes da tempestade, quando o telefone de Izuku toca, era Todoroki, oficial que estava afastado após alguns infelizes acontecimentos..
— Olá Midoriya, como está? —
— Alô, Estou bem Shouto, e você? —
— você sabe, levando a vida.. —
— Oque aconteceu? Porque me ligou? —
— Quero falar pessoalmente com você, estive investigando por conta própria, e acho que cheguei próximo de um suspeito.. —
— Mas isso é ótimo, onde você quer se encontrar? —
— Venha ao bar se sempre hoje as 20h, estarei te esperando. Não fale nada para o capitão, sabe que eu estou afastado né? Não quero que ele me repreenda —
— Aaah sim, sem problema, vejo você hoje.. —Quando ele desligou da ligação teve que mentir dizendo que Todoroki queria conselhos amorosos, ele não deixaria nenhuma oportunidade passar, o capitão apenas riu do fato, nunca imaginou Todoroki namorando alguém, já que ele sempre era inexpressivo, mas concordou com o encontro, ele gostava que seu filho ajudasse os amigos.. Já o loiro não gostou tanto da situação, ele queria ir junto, mas Izuku negou, seria arriscado, ele não queria dar esperanças para o loiro... No horário combinado Izuku chegou no bar, avistando Todoroki em uma mesa afastada das demais, um lugar muito bom para o assunto que iriam ter, ambos se cumprimentaram e seguiram conversando sobre as coisas passadas, Todoroki entregou um pen-drive contendo as informações que juntou para Izuku, e a todo momento ele olhava para os lados..
— Midoriya só o fato de você estar aqui comigo e perigoso, você não sabe onde está se metendo — A face inexpressiva do jovem com cabelos meio vermelhos e meio brancos deixou ele nervoso
— Porque? Oque aconteceu? — Izuku não conseguia decifrar a face do oficial.
— Eu segui os padrões Izuku, pode parecer que não tem padrão, mas olhe o arquivo, isso tem a ver comigo também.. —
— Espera, com você? —
— Sim, você sabe sobre meu irmão não sabe? Sabe como eu ganhei essa cicatriz na face? Minha mãe jogou água fervendo em mim. Depois que enlouquecer quando meu irmão morreu.. Acontece que ele gostava de brincar com fogo, ele mesmo causou o acidente que o matou.. —
— Mas oque isso tem em comum com o caso ? —
— Tudo Midoriya, tudo, até o momento em que anunciaram a testemunha eu não tinha ligado os fatos.. Nos morávamos em Tóquio, na mesma época que o detetive Bakugou foi atacado.. eu lembro de ver o noticiário de um jovem queimado, e lembro de meu pai ao telefone, e correndo para vários lugares, mas eu não entendia o motivo.. Agora eu entendo, meu irmão está vivo, eu confirmei com os documentos do legista, não havia corpo, sua morte foi falsa..
— Espera, isso é muita informação, porque ele estaria matando pessoas? — Izuku começou a tremer
— Meu irmão tinha ido ao reformatório algumas vezes, mas nunca ficou por muito tempo, ele machucava as pessoa sem motivo —
— Mas e os padrões? Não tem nenhum, como você chegou a essa conclusão? —
— Katsuki Bakugou!! —
— Como? — Izuku ficou perplexo, oque o loiro teria com o assassino?
— O novo detetive, o que sobreviveu, ele frequentou o reformatório em um período em que Toia estava lá, eu sei porque Toia comentava sempre sobre um garoto irritadiço que vivia puxando briga com ele, ele apenas disse que os olhos era vermelhos, mas eu olhei os registros de Bakugou e encontrei sobre o reformatório, e a data em que foi atacado, coincide com a data em que Toia supostamente morreu... —
— Você está dizendo que ele atacou o detetive e depois fingiu sua própria morte? —
— Sim, olhe o padrão. Os nomes das vítimas, se olhar em forma cronológica das mortes, as 9, você pode encontrar as inicias de Katsuki Ba... Acho que ainda não acabaram, ele vai fazer mais vítimas.. Meu irmão está atrás dele. — Todoroki agarrou as mãos de Izuku, a expressão antes indecifrável, agora estava preocupada... — Informe o capitão, sigam o rastro de Toia, não quero mais mortes..
— Err... Okay, eu vou investigar isso, nós vamos pega-loIzuku pegou o caminho de casa com a mente em turbilhões, ele queria entender a razão de Toia estar atrás de Katsuki, qual a relação deles, e como Todoroki descobriu tudo isso, sendo que eles estavam investigando a muito tempo sem êxito.. Próximo a sua casa estava o loiro, em pé, encostado em sua moto, aparentemente aguardando sua chegada.. quando se aproximou, foi agarrado pela cintura pelo loiro...
— Achei que nunca ia voltar pra casa — Katsuki Disse impaciente enquanto tomava os lábios rosados para si
— Estou de volta — Izuku apenas podia se entregar aos beijos calorosos do outro, ele também ansiava por aquilo.
— Estou morrendo de saudade Deku... — o loiro apertou o pequeno em seus braços e carinhosamente o puxou para dentro do predio.Os dois trocaram carícias enquanto subiam as escadas para a casa de Izuku, que ficava pensando em uma forma de entrar no assunto sobre Toia Todoroki, mas sem sucesso.. Bakugou estava ansioso por ele, por isso nem ao menos o deixava abrir a boca, apenas para beija-lo, e Izuku seguia as vontade do loiro... O que lhe restava era o sentimento de querer proteger seu querido, seus sentimentos haviam crescido de forma muito rápida, que todo o seu pensamento o envolvia de alguma forma.. Bakugou já estava em seu coração e em sua mente 24h por dia, ele não sabia como resolver esse caso, mas ele tinha determinação que o protegeria, então involuntariamente e em forma de sussurro, ele fez um promessa..
— Eu prometo que irei te proteger, mesmo que custe minha vida —
— Espera... Como assim Deku? — katsuki que tinha audição aguçada ouviu o sussurro do outro, parando momentaneamente seus beijos e focando sua atenção diretamente ao pequeno, que arregalou os olhos verdes ao perceber oque tinha deixado escapar.
— Err... Eu falei por causa dos acontecimentos recentes — A forma como ele coçava a nuca quando mentia não passou despercebido
— Oee Deku, achei que você confiava em mim.. — O loiro se afastou e sua expressão comecou a ficar irritada — Oque raios aconteceu naquele encontro com o detetive? eu vi esse seu tique de coçar a nuca quando mente, eu sei tudo sobre você, vi quando ele te ligou e vi agora também.. —Izuku engoliu seco com as deduções do loiro, apesar de contrariado ele falou..
— Toia Todoroki — apenas ouvir esse nome fez com que Bakugou abrisse os olhos em espanto e ficasse tenso. Izuku percebeu que algo realmente havia acontecido entre esses dois..
— Onde você ouviu esse nome? —
— Eu me encontrei com Shouto Todoroki, irmão de Toia Todoroki... —
— Espera, oque você quer dizer? —
— Shouto investigou o nosso caso, e ele acha que seu irmão está envolvido... Eu quero que você me conte oque aconteceu entre vocês, eu preciso saber parar poder te proteger.. —
— Heyy nerd, eu sou bem grandinho pra você me proteger não acha? — Katsuki abraçou o pequeno e deu um suspiro antes de começar a contar sua história com Toia.. — Quando eu tinha 16 anos saia com umas pessoas, vandalos, essa é a palavra correta, eu estava entediado, e a gente fazia algumas coisas que.... Digamos, não eram boas... Nos fazíamos pichações, quebrávamos carros, agora eu me envergonho disso Deku, espero que não me julgue.... E eu acabei parando no reformatório, fiquei alguns meses, e nesse tempo conheci Toia Todoroki, um cara esquentadinho, do jeito que eu gostava de provocar, ele se sentia o "rei" do reformatório, e por algumas vezes nós lutamos... Algumas eu ganhei, outras eu perdi, mas quando eu estava pra sair ele veio até mim falando que quando saísse ia me encontrar fora de lá, e que ele tinha interesse em mim, não como inimigo mas como alguém mais próximo, eu não levei a sério, afinal nós éramos crianças né? Acontece que ele morreu em um incêndio na época que eu estava no hospital, e após isso eu descobri o porque ele foi parar naquele lugar, ele machucava pessoas, era um perturbado, sentia prazer em ver as pessoas agonizando.. —Izuku abraçou o loiro ainda mais forte, imaginando pelo que ele teria passado, as cicatrizes em seu corpo, agora estava claro que Toia queria Katsuki, E ligando oque Shouto e Bakugou disseram tudo começava a fazer sentido, se ele era perturbado e machucava pessoas por prazer, seria fácil matá-las apenas para chamar atenção do loiro... Bakugou que ainda se encontrava em seus braços estava pálido, com a mente distante, mesmo chamando-o ele não ouvia, Izuku então o beijou, trazendo os olhos vermelhos ao encontro dos seus, tirando-o de sei transe..
— Está tudo bem, nós vamos encontrá-lo e ele vai pra cadeia, não importa oque aconteceu no passado, ficou lá... Queria ter te conhecido naquele dia, no hospital, nós teríamos passado pelas dificuldades juntos... Mas agora estou aqui com você, tudo vai ficar bem. — Com isso o loiro partiu em busca dos lábios rosados dele, com um beijo intenso e demorado, Izuku se entregou aos beijos do outro, confortando-o e a si mesmo..
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Vejo através de você!
FanficO destino nos prega peças, o melhor detetive da cidade de Hosu é a prova.. Um assassino em série, dois detetives de polos opostos juntos para resolver um caso, histórias que são conectadas. Isso é oque acontece quando quando o destino decide prega...