Noite

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Apos sairem do bar, tendo dificuldade em carregar o bebado em seu ombro, Izuku fez sinal para um taxi, com a intenção de mandar o loiro para casa, seja lá onde fosse. Porem houve protesto da parte do outro, que ao entrar, puxou-o pela camiseta fazendo com que ele também entrasse no veiculo.

-Onde você mora Bakugou-kun?
-Delegacia nerd, delegacia. -- o bebado se aproximou e apontou para o distintivo no peito de Izuku.
-Sua casa, onde é a sua casa? Esse é meu distintivo, mas agora não é hora de ir para a delegacia -- Izuku achou graça de como antes o loiro parecia uma fera e agora estava todo dócil por causa da bebida.
-Tskk... Eu to na delegacia, ainda não encontrei um lugar nesse buraco. Ou quem sabe, você poderia me levar pra sua casa, já que ia levar aquele batata, não prefere que eu mesmo vá e coma essa sua bunda? —

Aquele sorriso apareceu novamente, aquele maldito sorriso pretensioso que aparentemente era a especialidade de Bakugou.

-O senhor pode nos levar para a delegacia, ele esta bebado, não se importe com as merdas que sairem da boca dele -- Izuku ignorou o comentário, tentando não encarar o loiro, já que sua face estava mais vermelha que a rosa que acabara de ganhar no bar.

Para desespero do detetive, o bebado havia pegado no sono e para isso, escolhera seu colo como travesseiro, se aconchegando nas coxas grossas, passando os braços pelas pernas, como se estivesse realmente abraçando um travesseiro. Apesar da situação constrangedora, ele se sentia estranhamente confortável perto de Bakugou, por isso decidiu não acorda-lo. Durante o trajeto até seu destino, Izuku começou a pensar em todas as coisas  que tinham acontecido durante o dia, que aniversário mais movimentado pensou ele, a chegada do novo detetive, que virou a delegacia de pernas pro ar, seu amigo Mirio quase se declarando, e todos os seus amigos festejando seu aniversário, o presente de seu pai, e também mais um assassinato, esse foi o primeiro dia que ele não teve tempo de lamentar por sua mãe, mas ele sabia que ela entenderia, afinal ela era a melhor pessoa do mundo.

Quando chegaram à delegacia Izuku passou as mãos sobre os cabelos espetados que estavam em seu colo, acordando o colega, que levou um susto ao abrir os olhos e ver onde estava repousando.

-Oe nerd, porque não me acordou? E que porra eu tava fazendo...  você sabe... ali — Bakugou apontou para as pernas de Izuku, tampando a face com a outra mão, mas não podendo esconder o rosto corado.
-Voce dormiu e me agarrou depois de falar que queria ir pra minha casa e... bom.. depois de....—
-Fala logo nerd. Oque eu falei?— a expressão agora era irritadiça de novo
-Você disse que queria ir pra casa dele e comer a bunda dele haha, saiam do meu carro logo que eu tenho pressa— o motorista do táxi falou encarando os jovens que estavam se encolhendo pelo constrangimento
-Mas que porra— Bakugou foi o primeiro a sair do veículo
-Err obrigada senhor, aqui seu pagamento.— Izuku saiu correndo sem poder olhar para o motorista que tinha presenciado o momento constrangedor entre eles.

Ambos entraram na delegacia e Bakugou foi em busca de sua bolsa, que se encontrava na sala de espera, junto de uma jaqueta de couro e um capacete preto de moto.  E Izuku foi para sua sala, com intenção de analisar as provas do novo crime, chegando lá, decidiu abrir o presente que havia recebido de Mirio, que era uma camisa branca, levemente transparente de botões, com as mangas compridas, o amigo tinha bom gosto, quando ele experimentou ficou perfeita, seus cachos destacaram-se pelo tecido branco, Izuku não pode deixar se se olhar no espelho e sorrir, pensando em como o amigo deve ter se dedicado na escolha do presente. Quando a porta abriu e lá estava, Bakugou com sua bolsa entrando na sala, nem ao menos bater.

-Ahhhh.. Pelo visto gostou do presente daquele babaca eim —
-Ei espera Bakugou-kun, oque você quer? —
-Eu falei que tô na delegacia, vou dormir aqui. —
-Aqui? Mas eu pretendo trabalhar hoje. Vá para um hotel por favor —
- Tsk... achei que essa sala era minha também.. Eu vou ficar aqui —
-Mass —
-Sem mas nerd, me erra e faz o seu trabalho porra —

O loiro apenas jogou a bolsa pro lado e tirou a regata e os sapatos, ficando apenas de calça de moletom, se acomodando em um sofá que havia encostado na parede ao lado da porta, enquanto Izuku sentado em sua mesa analisava os relatórios sobre o ocorrido pela manhã, na esperança de ter deixado algo passar, o detetive estava tão imerso em seus pensamentos que não percebeu o loiro se despindo em sua frente, e se jogando no sofá alheio. Quando ele percebeu era tarde demais, Bakugou já estava o encarando com o mesmo sorriso malicioso de sempre.

-Oe nerd, gostou do que viu? — O loiro sentia prazer em provocar Izuku, já que o mesmo ficava nervoso e super vermelho.
-Bakugou-kun você poderia parar de falar dessa maneira? —
-Ora ora, de que maneira você está falando? —
-De forma promíscua, nós estamos no local de trabalho —
-Haa quer dizer que se não estivermos na delegacia eu posso falar ? — Agora Bakugou levantou-se do sofá e andava em direção a mesa.
-Nn não foi isso que eu disse, é que apenas, eu não entendo... Não entendo o motivo das suas ações e palavras.. — Izuku se encolheu em sua cadeira a medida que o outro avançava, apoiando-se na mesa e ficando próximo do rosto dele, próximo demais para o bem de Izuku.
-Aquele idiota tem bom gosto, ele deve ter te imaginado com essa roupa, mostrando seu mamilo para ele haa — sem medir esforços o loiro passava a mão sobre o tecido fino, causando um arrepio no outro.
-Você não responde nenhuma pergunta minha, e não te dei liberdade para me tocar — Rapidamente Izuku empurrou sua cadeira para trás, se afastou do loiro.
-Tskk.... Okay nerd! Oque você quer saber? — esse se sentou em frente ao outro e apoiou a cabeça e sua mão, encarando-o fixamente.
-Por que você foi transferido? —
-Droga, primeiro essa pergunta? — a expressão de Bakugou mudou de pretensiosa para irritada.
-Se não quiser responder, estarei de saída. — Izuku seguiu firme.
-Merda, porque vocês precisavam e eu estava afastado temporariamente okay. —
-Afastado? Por que ? —
-Eu me meti em confusão e deixei alguns... uns idiotas... no hospital e aquele capitão idiota achou que Toshinori me colocaria juízo ou sei lá oque... — apesar das palavras Bakugou não parecia mais irritado, apenas seguindo o rumo que Izuku queria.
-Okay, vou conversar com meu pai sobre isso depois.. Outra coisa, por que você me provoca? Eu já percebi a sua provocação. —
-Ahhh você é mesmo um Deku, achei que tinha deixado claro que eu queria comer essa sua bunda. —
Izuku corou enquanto o outro levantava novamente e ia pra trás da mesa, se aproximando ainda mais dele.

-Então nerd, eu posso? Já respondi suas perguntas. — Bakugou encurralou o pequeno detetive sentado em sua cadeira, se aproximando do ouvido do mesmo e sussurrando —
-Errr não.. eu não perguntei tudo oque queria saber ainda.. poderia se afastar? — Izuku colocou as mãos no abdômen do outro empurrando-o, mas o infeliz momento não colaborou, pois esse estava sem roupa, o que fez Izuku sentir os músculos definidos na palma de sua mão, fazendo com que seu rosto criasse um rubor novamente. Não passeando despercebido pelos olhos vermelhos
-Haa entendi, você gosta mais bruto? — Bakugou colocou sua mão em cima da mão de Izuku, forçando a deslizar sobre seu corpo, arrancando expressões maravilhosas, ao ser ver,  do pequeno encolhido em sua frente.
— Vamos lá nerd, aproveita oque estou te oferecendo. Você não vai precisar se preocupar como aquele idiota que te deu essa camisa, eu vou resolver isso pra você — agora ele beijava a mesma mão que antes estava deslizando pelo seu corpo.
-Err r Detetive, acho que não seja correto. — Izuku apenas podia esconder o rosto, já que o outro parecia devora-lo.
-Mesmo sabendo que você quer, vou perguntar mais uma vez, posso?

Izuku apenas assentiu, afinal ele também queria isso, e nunca pode demonstrar, já que seu amigo o amava, ele não tinha coragem de sair com outras pessoas. Mas seu interior vibrava por aquilo, e realmente, Bakugou era seu tipo. Então esquecendo tudo e todos, ele decidiu aproveitar o momento que estava lhe sendo proporcionado.

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