Uma Mera Coincidência

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20/01/23

No exato momento que o táxi parou, Wei Ying não tardou em pagar e pular fora. Ele pensou em ir para casa inicialmente, mas agora estava aqui, na frente da casa de Matteo e com a cara mais lavada do mundo.

A casa mediana possuía uma bela decoração adorável, adornada por flores na frente e a cor amarela da parede que era muito chamativa. A mãe do seu amigo adorava plantas e isso explicava a casa completamente decorada por elas, assim como o amarelo chamativo era a sua cor favorita. Ele se aproximou do portão branco e pequeno, com um sorriso preso no rosto quando viu a senhora mais velha regando o jardim.

Ele já esperava encontrar ela do lado de fora, na maioria das vezes que esteve aqui, Wei Ying sempre achou ela com o pequeno regador florido pronta para cuidar das suas plantas. Ela era fofa para ele, o tipo de mãe muito apegada e cuidadosa. A vizinhança tinha casas muito parecidas, mas a de Matteo se destacava por sua proximidade com a natureza e a sua cor alegre e infantil.

Wei Ying deu duas palmadas para chamar atenção e sorriu ainda mais largo quando a mais velha se virou e retribuiu com ânimo o seu sorriso. Ela se apressou para ir até ele, largando de lado seu regador e limpando as mãos nas roupas. Ela, apesar de já beirar os seus 56 anos, era muito bem conservada. Uma senhora com os cabelos quase grisalhos, de aparência gentil e personalidade agradável.

Sua estrutura era baixa, visto que ela já era mais velha e, perto dela, Wei Ying parecia uma girafa. A senhora abriu o portão rapidamente quando conseguiu achar a chave correta em meio a todas as outras. Seus olhos se fechando para enxergar direito e conseguir encaixar na fechadura.

— Onde estão os seus óculos, senhora? — ele perguntou gentilmente.

— Esse garoto....quem você está chamando de senhora? Estou muito bem ainda. — ela reclamou, acertado um tapa em seu braço assim que o portão abriu e ela saiu para fora.

Wuxian gargalhou e alisou o lugar que ardia levemente, ele deu um abraço desajeitado nessa mulher que lhe acolheu no momento que o viu. O maior seguiu ela para dentro da residência, o tempo até se tornou mais instável ao seu ver. Eles se aproximaram da porta e a mais velha prontamente o fez tirar os sapatos para entrar. Ele concordou sem questionar.

— Você veio atrás do Matteo? Ele não está.

— Como assim não está, dona Lili? Ele vai demorar? — indagou, correndo atrás da senhora que havia ido diretamente para a cozinha.

Acostumado com o ambiente, Wei Ying facilmente se acomodou na mesa de jantar. Ele observava entediado a mais velha andar de um lado para o outro agarrando potes de vidros e vasilhas dentro do armário. A cozinha era grande, bastante espaçosa, mas ele sempre se perguntou o porquê de ser tão grande se morava só duas pessoas na casa.

O espaço era bem decorado com todos os tipos de coisas que mulheres cozinheiras gostavam. A cor de alguns panos também eram amarelas, mas um pouco mais apagado que a frente principal da residência. Os pisos eram brancos e lisos, assim como os pisos da parede. A mesa de jantar ficava no meio de tudo aquilo e completava o ambiente com a sua cor amadeirada clara. Simples, ele diria.

— Ele foi no mercado, deve tá chegando já. Aqui, coma. Você tá muito magro. — a mais velha colocou um pote com muitas bolachinhas dentro. Wei Ying se animou com isso, Lili fazia as melhores bolachas de toda a Itália. Isso ele afirmava com orgulho.

A bolacha fofinha e redonda era feita com a massa de coco ralado, era doce e perfeita para tomar com chá. Ele saboreou e fechou os olhos diante do sabor delicioso e a forma que ela derretia em sua boca. Não importava quantos vezes ele já tenha comido aquela bolachinha, ela sempre dava a sensação de estar provando pela primeira vez.