CAP 02

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Danilo Gentili
Los Angeles/EUA📍

Levanto minha cabeça da mesa rapidamente quando ouço um barulho, porra cochilei de novo, é isso que penso assim que percebo que tinha caído no sono outra vez.

Já tinha amanhecido quando cheguei em casa hoje e mal tive tempo de descansar, passo a mão pela minha bochecha limpando a baba que havia escorrido enquanto eu tirava um cochilo pesado,  olho para a mesa que estava molhada com baba, limpo com um pedaço de papel e ergo meu olhar para a porta, um barulho soa através dela.

-Entra.- falo juntando os papéis que estive revisando em um monte, enquanto a pessoa adentra a porta.

–Olá Gentili- Piter entra me cumprimentando.– Com licença, como está?- ótimo, mais isso agora, provavelmente quer mais de meus serviços.

-Ora Ora, quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?.- digo colocando os pés na mesa e acendendo um cigarro.– A que devo a honra?- pergunto irônico.

–Preciso de seus serviços.- fala e eu gesticulo para que ele prossiga.-Preciso que o melhor atirador faça o serviço, no caso você.

-Quem é dessa vez?- pergunto batendo na ponta do cigarro e derrubando as cinzas no cinzeiro.

-O Doutor Martinez, acho que você já deve ter ouvido falar dele.- dou um riso nasal afirmando com a cabeça enquanto soltava a fumaça pela boca.–Ele é um estuprador, abusa de crianças, adolescentes e mulheres, e fez mal a minha sobrinha, eu quero ele morto!- ele fala mostrando preocupação e eu percebo o ódio em sua maneira de falar.

-Se está tão bravo porque não faz o serviço com as próprias mãos?- pergunto

-Odeio admitir, mas só você sabe fazer o trabalho bem feito, sem deixar rastros, tenho certeza que vai dar o que ele merece.- diz apoiando as mãos na minha mesa. Penso bem na sua proposta antes de perguntar:

-O quanto posso tortura-lo?- pergunto a ele, pegando minha faca e lustrando ela com um paninho na sua frente, a via brilhar por onde o paninho passava.

-O quanto quiser, só quero ele morto o quanto antes.- sigo o encarando e ele me entrega um papel.- Esse aqui é o endereço onde ele mora.- ele diz apontando para o papel.

–Não será preciso. Se era só isso que queria falar, você já disse, agora saia, você saberá exatamente quando estiver tudo resolvido.- ele se levanta e afirma com a cabeça,  vai até a porta, se virando para mim assim que toca na maçaneta.

-Seu dinheiro será entregue assim que o serviço estiver completo, espero que o valor seja o mesmo.- ele se refere ao valor de 300 mil por cada corpo, dependendo da pessoa que vai ser morta, meus serviços são os mais caros, por que sou o melhor no que faço.

-Por enquanto.- o respondo e ele me lança um sorriso saindo e fechando a porta atrás de si.

Organizo os papéis acima da mesa e após alguns minutos ouço baterem na porta novamente.

– Chefe, os compradores já chegaram e estão te esperando lá em baixo.- Gustavo abre a porta me passando a informação.

–Ótimo, diga a eles que já estou indo. Espero que isso seja rápido, tenho uma encomenda e preciso entregá-la antes do dia acabar.- digo guardando a faca na gaveta da mesa.

–Vai precisar da minha ajuda ou de algum de nós?- pergunta.

– Essa é uma simples encomenda, dou conta sozinho.- digo guardando os papéis.

–Beleza então, já está tudo pronto para a estreia do seu novo cassino, hoje a noite, nos encontre lá às 22:00h e tenta não chegar atrasado.- é a última coisa que ele diz antes de sair da sala e fechar a porta.

Disputa por poder (DANISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora