CAP 07

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Maraisa Henrique
📍Marrocos/ África

— Sra. Maraisa, vamos pousar em meia hora. — o comissário de bordo gaguejou.

Balançando a cabeça, eu simplesmente levantei o meu copo para que ele visse que estava vazio, o idiota estava tão assustado que não conseguia nem colocar o vinho direito.

Apertei os olhos para as manchas vermelhas no meu novo casaco Armani branco antes de olhar para ele e tomei a garrafa de suas malditas mãos.

— Eu sinto m..

— Não diga isso. — disse em um assobio baixo. — Você não está nem perto de sentir muito ainda. -seus olhos se arregalaram antes de tomar um passo para trás e apoiar diretamente em Antony, que já tinha uma arma apontada na parte de trás de seu crânio.

— Tudo o que realmente precisamos é do piloto, senhora- disse Antony, simplesmente.

Tirei o meu casaco, e olhei para o idiota na mira da nove milímetros. Ele era jovem, apenas alguns anos mais velho que eu. O que faria ele aceitar o trabalho como um mordomo no meu jato? Uma pergunta melhor seria, quem o liberou para ser um mordomo na porra do meu jato?

— Antony, como é que esse idiota chegou ao meu avião? — perguntei, apenas levemente interessada quando Maiara me entregou outro arquivo.

— A irmã dele acumulou uma grande dívida. Eu acredito que ele está tentando pagar isso, — disse ele, esperando que eu desse o seu aval. Ele ficava tão feliz com o gatilho algumas vezes.

— É por isso que você está aqui? Sua irmã é uma prostituta drogada?- ele franziu a testa, engolindo o nó na garganta antes de falar novamente.

— Metanfetamina.

É muito cedo para sangue.

Balancei a cabeça para Antony. Ele ficou de mau humor por um momento, mas fez o que lhe foi dito e baixou a glock. Ele sabe bem quem manda aqui.


— Se você quer pagar a dívida de sua irmã, seria mais sensato que você ficasse vivo e não derramasse meu Romanée-Conti, ou manchar minhas jaquetas de novecentos dólares — disse a ele antes de voltar para o arquivo na minha frente.

— Sim, S-Senhorita M-Maraisa. Isso n-nunca mais vai acontecer de novo. — sua voz soava como um cão morrendo. Eu quase tive pena de sua irmã. Ele era tudo o que tinha vindo em seu auxílio?

— Se considere abençoado Nelson Reed,997-00-4279; casa 37 do portão escuro — disse Antony, se certificando que o idiota estivesse ciente de que não só sabíamos o nome dele, mas o seu número de seguro social e endereço. Só porque nós não o matamos hoje não significa que não podemos destruir a sua vida amanhã.

Antony suspirou antes de se sentar na minha frente.

— Era um bom casaco. Você deveria ter me deixado matá-lo.

Balançando a cabeça, eu me inclinei em minha cadeira, terminando o meu vinho enquanto descíamos. Eu sou a chefe da máfia Albanesa agora e Maiara a subchefe, um fato que ninguém sabe além dos meus homens. O mundo ainda acreditava que meu pai era o chefe, mas desde os meus dezoito anos, tudo - as drogas, os acessos, o dinheiro - tava sendo executado através de nós porque nosso pai estava morrendo.

O grande Marcos 'mãos de ferro' estava morrendo no estágio quatro de um câncer de cólon. Noventa por cento de tudo lá fora tinha uma cura, se você tivesse o cartão de débito certo. Câncer, no entanto, era uma cadela hipócrita que caia no dez por cento que não poderia ser comprado.

Disputa por poder (DANISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora