Ꮖᥴꫀ Ꭲɑϻꫀs Fɪɾꫀ - Ꭱɪᥴк Ꮐɾɪϻꫀs

‣Ꮳɑρɪɬυℓσ I - Muitas Coisas em um Dia

Ꭺℓꫀxɪs ℂᴏᴏρꫀ૨ϻɑη
POV

Ꮪe passaram cinco semanas após Rick ser baleado na missão da rodovia dezoito, que mudou nossos dias.
Rick está em coma.
Eu e Shane o visitamos todos os dias no hospital. Não sabíamos quando ele acordaria, os médicos não nos davam certeza, apenas diziam que talvez, seja possível nas próximas semanas que ele tenha um leve desempenho. Não perdemos a fé. Ele está vivo, está aguentando firme.

Neste momento, eu estava dirigindo pela rodovia deserta, rumo à King County. Ainda tinha chão até lá. Teria que passar por Atlanta pra resolver umas coisas que levariam um tempo e cortar por uma avenida sudoeste para seguir ao destino.
Combinei com Shane que estaria no hospital às cinco e agora são três e dezessete. Eu estaria lá na hora certa.

De repente uma movimentação barulhenta, me assustou. O barulho de vários helicópteros, me fez indagar pra que tipo de situação, era necessário tantos veículos aéreos numa cidade. Freei o carro no acostamento e desci do automóvel.

Semicerrei os olhos os cobrindo da ventania forte que o vulto dos helicópteros causaram.

Afastei o cabelo esvoaçado do rosto e avistei ao menos uns sete helicópteros em uma velocidade absurda, voando para o centro.
Me assustei ao ver o armamento pesado que os veículos aéreos carregavam.

Mas o que é isso...
Sussurrei para mim mesma e uma explosão me pegou de surpresa vinda da mesma direção. Ao meu redor, tudo parecia estremecer.
Entrei rapidamente de volta no carro.
Busquei o rádio em seu suporte e o acionei novamente, observando a fumaça esbranquiçada se espalhando pelo ar ao longe.
- Câmbio central, aqui é a sheriff Cooperman da unidade um, alguém na escuta? - o rádio chiou, mas logo encerrou a comunicação. - Alô central, alguém na escuta? Está havendo algum tipo de atentado na cidade, explosões e bombardeios estão sendo atingidos, quero que alguém responda, câmbio. - insisti - Se alguém estiver na escuta, por favor, responda! - apertei os dedos em volta do aparelho em minha mão e franzi os lábios em fúria. - Droga!
O atirei no banco ao lado onde estava o envelope de documentos.

Uma gigantesca onda de fumaça agora escura se levantou, poluindo todo o céu, deixando o clima numa coloração acinzentada.
Toda aquela situação estava me deixando aflita. O que raios está acontecendo?
Por que a cidade estava sendo bombardeada?
Droga... preciso encontrar meus amigos do outro lado da cidade e torcer para que estejam bem e seguros. Mas não podia passar por Atlanta...
Sei um atalho no qual eu conseguiria chegar à King County, mas teria uma longa viagem...
Virei a chave e liguei o carro.
O retornei à estrada de onde vinha e pisei fundo no acelerador.
Eu não sei o que me aguarda lá nem o que está acontecendo, e também não sei o que fazer, mas algo me diz que eu vou saber quando chegar no destino.

Já distante, alguém entrou de repente na frente do carro e quando pisei no freio foi tarde demais. Não imaginei que surgiria um pedestre aqui no meio do nada e que simplesmente continuaria caminhando, mesmo sabendo que tem um carro em alta velocidade cortando a estrada.
O carro bateu com força contra a pessoa que voou por cima do veículo, prendi a respiração tentando frear o carro virando o volante de lado para que ele pudesse parar, mas perdi o controle. Os pneus cantaram no chão da rodovia quando virei o veículo de lado e eu flutuei ainda grudada no banco, enquanto o carro capotava as três vezes.

Senti uma pancada forte na cabeça e vi tudo ficar escuro. Meus sentidos estavam desaparecendo aos poucos, em meus ouvidos soava um zumbido distante e meus membros enfraqueceram.

― ͲᎳᎠ―

Meu corpo estava dolorido e minha cabeça latejava onde eu levei a pancada.
Abri os olhos completamente e vi o painel do carro de cabeça pra baixo logo me dando conta de que eu estava presa no veículo capotado. O carro estremecia em reação do barulho que soava distante.