‣Ꮳɑρɪɬυℓσ II - Hora de Partir

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Ꭺℓꫀxɪs ℂᴏᴏρꫀ૨ϻɑη
POV

Ꭼmpurrei a porta da saída de emergência e vimos uma escadaria que nos levava até em cima.

Subimos e conseguimos acesso para o hospital. Estava muito pior que o restante da cidade. A fiação caía aos pedaços do teto. As luzes falhavam deixando um aspecto sombrio pelo corredor.
Estava tudo completamente destruído.
Havia sangue nas paredes e mãos que as marcavam. Empurramos a porta para um corredor que logo reconheci que era onde levava para o quarto de Rick.

Uma outra porta me chamou a atenção à minha esquerda.
A cafeteria estava interditada com um pedaço de madeira atravessada nos puxadores das duas portas que a trancavam, e uma corrente que reforçava a tranca com um cadeado. Nas portas estava escrito: "não abra, mortos dentro".

- Jack... - o chamei sem desviar os olhos da porta que logo começou a ser empurrada agressivamente. Grunhidos foram ouvidos vindos dali.

- Minha nossa...
Enquanto as portas eram empurradas, se abria uma brecha no meio delas. Uma mão pálida com unhas pontudas apareceu ali, como se quisesse alcançar alguma coisa.

- Precisamos achar o quarto onde ele foi internado. - comentei desviando o olhar dali e segui em frente.
Jack estava a todo momento em choque, se assustando com todo e qualquer movimento mínimo que se fazia presente, ou se fazia presente em sua mente.
Ele me seguia, e eu analisava todas as portas do corredor com a arma no meio do peito e com o dedo no gatilho.
Virei à esquerda no final do corredor e segui por outro, avistando a porta do quarto dele com uma maca atravessada na frente.
- Aqui, vamos.
O chamei me apressando e corri até lá, afastando a maca e empurrando a porta brutalmente.
O quarto estava em total silêncio e flores ainda frescas estavam sobre o criado mudo ao lado da cama onde Rick se encontrava.
Com os olhos fechados e com tubos ligados em seu corpo pálido. Ele tinha uma feição serena e uma sombra de barba desenhava em seu rosto.

- Ele está morto? - Perguntou Jack.
Me aproximei de Rick, colocando a lateral do meu rosto, próximo ao dele analisando sua respiração. Ela estava fraca e os batimentos no pulso, falhos.

- Ele está vivo. - respondi com um tom de esperança na voz. - O que será que aconteceu por aqui? Por que abandonaram ele? - questionei tocando sua testa. Ele estava frio, e parecia se esforçar pra respirar. - Tinha aquela maca atravessada na porta, parece que alguém a colocou lá de propósito, quer dizer... é uma ótima maneira de barrar aquelas coisas. - pensei alto. - Eu faria isso.

- É uma ótima observação.

- Os aparelhos estão desligados, ele consegue respirar por conta própria. Há uma chance de ele conseguir acordar. - disse.
Dois tubos transparentes estavam enfiados em suas narinas.

- Então vamos, temos que levá-lo - Jack sugeriu e se movimentou até a porta abrindo-a. No mesmo instante que Jack notou que não esbocei ou manifestei qualquer reação, o loiro se virou e me encarou confuso. - Lexi...

- Eu não posso... - hesitei e pude observar seu olhar indiginado. - Acha mesmo que ele aguentaria lá fora? Nesse estado? Eu...

- O que...? - me encarou por uns segundos, desacreditado. - Você... você não está pensando em ficar aqui né? Quais as chances desse cara acordar, Lexi? Quais as chances disso dar certo? - indagou. - Você disse que ele respira sem os aparelhos.

- Sim, olha... ele ainda está vivo. Há umas semanas, o médico disse que ele teria um desempenho. Nós podemos ficar e esperar por pelo menos alguns dias. Pra onde mais a gente iria? Não sabemos por quanto tempo duraríamos lá fora. E se alguém voltar? E se alguém nos procurar?

- Você não tá falando sério. Definitivamente. Você disse que iríamos levá-lo se estivesse aqui, que iríamos embora.

- Planos mudam, Jack. Não posso o deixar aqui! Ele está sozinho e ele está vivo! Ele consegue respirar sem a ajuda dos aparelhos, ele pode acordar, eu ainda tenho esperança. Mas ele precisa estar como está. Não posso tirar ele daqui. - ele suspirou. - Não estou pedindo pra ficar, mas eu vou. - ele demorou pra responder de volta, parecia pensar e quando pareceu chegar numa conclusão, seus lábios franziram em estresse...
Ele fechou os olhos e os esfregou.

Ꮖᥴꫀ Ꭲɑϻꫀs Fɪɾꫀ - Ꭱɪᥴк ᏀɾɪϻꫀsOnde histórias criam vida. Descubra agora