"No entanto, em uma cidade cheia de intrigas e segredos, Oberyn cruzaria o caminho de uma mulher misteriosa, uma figura que se destacava entre as outras. Não era apenas uma cortesã comum, havia algo de singular nela que o intrigava."
"Assim começava...
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A cidade estava notavelmente mais vazia do que o habitual, com os nobres da corte ocupados com a notícia da morte do rei e a expectativa da coroação do novo monarca.
Enquanto caminhava pelo corredor escuro em direção ao seu quarto, dois guardas da guarda real a avistaram e imediatamente ficaram preocupados, imaginando que ela havia se machucado.
Um dos guardas, chamado Ser Jorah, aproximou-se de Anarya com uma expressão de preocupação.
-Milady, o que aconteceu? Está ferida?
Anarya, rápida em pensar, inventou uma desculpa plausível para o sangue em seu vestido.
-Não, não, não se preocupem. Foi apenas uma queda acidental. Um jarro de vinho quebrou, e eu me sujei.
-É bom saber que não está machucada, Milady. Tenha uma boa noite - O outro guarda, Sor Davos, aliviado por ouvir a explicação de Anarya, assentiu.
Ela conseguiu entrar em seu quarto sem mais perguntas dos guardas. Assim que a porta se fechou, ela soltou um suspiro de alívio. No entanto, para sua surpresa, Elionor a pegou de surpresa, obviamente preocupada com a situação.
Ela observou Anarya com preocupação, especialmente ao notar o estado de seu vestido.
-Está tudo bem, minha senhora? O que aconteceu com seu vestido? Isso é... sangue? - Ela questionou, com uma expressão de cuidado.
-Não, Elionor, é vinho. Um jarro quebrou, e o vinho se derramou sobre mim - Anarya, hesitante, respondeu rapidamente.
No entanto, a astuta Elionor não se deixou convencer facilmente. Ela conhecia Anarya o suficiente para perceber que algo estava errado e que ela não estava sendo completamente sincera.
-Minha querida, desde quando precisa me mentir? Obviamente, isso é sangue - ela pausa por um momento - Mas compreendo. Com sua beleza, consegue facilmente distrair os guardas, fazendo com que prestem mais atenção a você do que à própria verdade - Com um toque de ceticismo em seu olhar, Elionor replicou.
Anarya suspirou, consciente de que não poderia ocultar a verdade de Elionor. Com um olhar determinado, buscou a atenção dela.
-Elionor, você acredita que meu pai tenha notado minha prolongada ausência? - Com um olhar preocupado e interrogativo, ela indagou a sua fiel serva.
Elionor, percebendo a ansiedade de Anarya, a olhou com um olhar de negação e tranquilidade.
-Graças aos deuses antigos e aos novos. Lorde Tywin esteve o dia todo ocupado com o jovem Tommen e sua coroação - ela responde - Você sabe que não deveria chamá-lo assim. Digo isso por sua segurança, pois me importo profundamente consigo.
Anarya suspirou aliviada, sentindo-se confortada pela compreensão de sua fiel serva.
No entanto, Elionor não pôde deixar de notar a mudança na aparência de Anarya. Seu cabelo, que antes estava perfeitamente arrumado, agora caía livre e um pouco desarrumado sobre os ombros, como se tivesse passado por mãos impacientes. Seu vestido, que antes estava impecável, estava manchado de forma discreta, sugerindo que ela tinha tido um encontro inesperado.
