CAPÍTULO 7 - Laços de Mistério e Desejo

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Quando o céu estava tingido com os primeiros raios de sol, novamente Anarya encontrou sua paz pessoal

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Quando o céu estava tingido com os primeiros raios de sol, novamente Anarya encontrou sua paz pessoal. Era uma rotina que ela guardava para si mesma, o seu momento de silêncio e contemplação. Quase todas as manhãs, antes que o mundo acordasse, ela seguia para o jardim real sozinha, escapando das vistas curiosas e dos olhos atentos dos guardas que normalmente a acompanhavam.

Neste momento, não pertencia a nenhum lugar além da serenidade da aurora. Seus braços repousavam no muro de pedra fria da manhã, com os olhos fixos no nascer do sol. A brisa suave acariciava seu rosto.

Antes que alguém se aproximasse, Anarya captou os passos de alguém se aproximando. Seu sorriso tranquilo se intensificou. Ela sabia exatamente quem estava chegando, e sua presença enchia seu coração de calor.

Ela permaneceu no seu lugar, com um sorriso sereno e contemplativo nos lábios.
Mesmo com sua mente voltada para a paisagem, Anarya dirigiu-lhe uma pergunta com uma voz meiga e suave.

-Está me seguindo, Príncipe Oberyn? - Ela não tirou os olhos da paisagem, mantendo-se serena e confiante.

Era o Príncipe Oberyn que se aproximava, com sua aura carismática e cativante. Seu rosto irradiava confiança e seu olhar transmitia uma intensidade que só ele era capaz de expressar.

Sem dizer uma palavra, ele se posicionou ao lado dela, mantendo o mesmo ângulo de visão que ela tinha para o horizonte. A proximidade de seus corpos não podia ser ignorada, e apesar da brisa fresca da manhã, o calor que irradiava entre eles parecia combater o frio.

Seus olhos escuros estavam fixos na beleza efêmera do nascer do sol, mas sua voz suave quebrou o silêncio que compartilhavam.

-Sabia que a encontraria aqui - suas palavras eram carregadas de um tom íntimo e confiante, como se a conexão entre eles fosse tão previsível quanto a ascensão do sol no horizonte.

Sua postura era relaxada, como se estivesse completamente à vontade naquele cenário.

Por outro lado, Anarya sentia-se nervosa e intimidada pela proximidade de Oberyn. Eles nunca estiveram tão próximos como naquele momento, e a intensidade de sua presença a fazia questionar suas próprias emoções. Seu coração batia um pouco mais rápido, e seu sorriso, embora ainda doce, agora revelava uma pitada de incerteza. Oberyn tinha a habilidade de perturbar a tranquilidade que ela encontrava naquelas manhãs, algo que a intrigava e a assustava ao mesmo tempo.

Os olhares de ambos estavam fixos no horizonte, mas havia um turbilhão de sentimentos não ditos entre eles.

-Não lamenta a morte do rei Joffrey? - Oberyn quebrou o silêncio com sua pergunta, uma pitada de sarcasmo em sua voz.

-Sabemos que o rei Joffrey pagou por sua crueldade, Príncipe Oberyn. Não poderei lamentar por alguém que causou tanto sofrimento - Anarya respondeu com tranquilidade e firmeza.

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