Capítulo 28

5 2 0
                                    

Tudo parecia um sonho; a única prova de que era real era minha felicidade, as bochechas doloridas de tanto rir e sorrir, os sentimentos que eu sentia intensamente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tudo parecia um sonho; a única prova de que era real era minha felicidade, as bochechas doloridas de tanto rir e sorrir, os sentimentos que eu sentia intensamente.

A lua de mel foi um sonho, e eu mal conseguia manter as mãos longe do meu marido. Acredito que os criados tenham celebrado com uma festa nossa partida, após tanto alvoroço e hesitação em adentrar os cômodos da casa.

Nossa casa é linda, mais que isso, é um palacete imenso, mas é meu lar. Meu marido insistiu que eu ficasse responsável pelas reformas, e eu adorava a confiança que Caio depositava em mim. Ele opinava, mas a decisão final era sempre minha.

A casa ainda tinha um estilo medieval e jacobino, que eu apreciava, mas desejava mais conforto e espaço. O arquiteto que contratamos tinha ideias audaciosas, e considerando que recebíamos visitas importantes, eu me preocupava com a estética sem abrir mão do nosso conforto.

Com isso em mente, concordei com a construção de um conservatório inteiramente de vidro com doze metros de altura. Expandi os estábulos e a área dos funcionários, além de várias ampliações na casa principal, já imaginando crianças correndo por aqui.

O Hall foi revestido de pedra e uma torre foi erguida. Um lago e um parque ao estilo italiano foram criados. A fachada oeste exibe um pórtico sob uma torre quadrada. A extremidade oeste da fachada sul tem três andares, enquanto a leste, uma proeminente baía central abriga a biblioteca de dois andares, conectada a um conservatório posterior inspirado no 'Crystal Palace'. A fachada norte, ricamente ornamentada, delimita parte da ala de serviço e dá para o pátio das cavalariças.

Todo o jardim e a nossa extensa horta foram cercados. A parte norte abriga a vinha e está plantada com vegetais, flores e árvores frutíferas, enquanto a parte sul é cultivada como um jardim de arbustos selvagens e adornada com esculturas. Um caminho leva ao sul entre sebes floridas e arbustos, seguindo o eixo central até um relógio de sol. E claro, não poderia faltar a minha estufa, um presente do meu marido.

Minha sogra, madrinha, Amália e Judith costumam me visitar ocasionalmente e descrevem minha casa como "Talvez a mais gloriosamente romântica casa vitoriana da Inglaterra".

Eu apenas sorrio, pois na verdade conheço mal todos os cômodos. Meu dia a dia se resume à estufa, biblioteca, sala de jantar, uma breve visita ao conservatório antes de dormir e ao meu quarto, onde passo longas horas quando meu marido está presente.

Fui tirada dos meus pensamentos quando a porta do quarto se abriu e vi o rosto preocupado do meu marido.

– Meu amor, Louise disse que você não acordou se sentindo bem hoje? Foi algo que fiz ontem que te machucou, minha vida?

Ele pergunta preocupado, sentando-se ao meu lado e acariciando meu rosto.

– Não, meu amor. Estou me sentindo tonta, não sei bem, Louise disse que poderia ser minha pressão ou algo do tipo, mas mesmo me alimentando, o mal-estar só piorou.

A filha do Red CoatsOnde histórias criam vida. Descubra agora