Doida Por Você

Capítulo 6 - Doida por Espontaneidade

Notas da Autora: Esse capítulo é recheado de pryanik!

Esclarecendo uma little coisa antes de começar, neste capítulo irei citar a palavra 'braille', então se você não sabe o que é, eu vou explicar rapidinho: O braille é um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. É tradicionalmente escrito em papel ou relevo. Os usuários dos sistema braille podem ler em telas de computadores e em outros suportes eletrônicos graças a um mostrador em braille atualizáveis. Doida Por Você também é aprendizado! rsrs mantenham isso em mente porque eu ainda vou falar muito sobre isso aqui.

Boa leitura<3

Eu estava em casa, mais especificamente sentada na poltrona da minha sala tomando uma xícara de café quente, vestida com a minha típica roupa de academia.

Havia acordado cedo para correr, sim correr. Segundo Nikita, não existe uma academia nesse fim de mundo. Só há academia no prédio de clube de tiro, que Nikita fez pensando em seus funcionários, porém, só é disponibilizada para os professores militares que dão aula lá, acreditam?! Então eu sou obrigada a dar o meu bom e velho jeito, correr por ai. Mas acontece que está chovendo e isso me impede de sair para completar a minha tarefa. Então, enquanto espero, eu fico aqui pacientemente com a minha caneca de café em mãos olhando para o cavalete que está no meio da minha sala.

Eu não tinha encontrado nenhum deles para começar a fazer o meu quartinho dos sonhos, mas, Alice se mostrou uma pessoa maravilhosa me dando um que ela não fazia mais uso. Depois que eu contei para ela que estava correndo que nem uma maluca atrás de um cavalete para começar a montar o meu quartinho dos sonhos, ela me presenteou com esse e com uma tela.

Eu nem comecei a usá-la ainda.

Acontece que eu não tenho tido muitas ideias para quadros ultimamente, o que é estranho, já que o meu estoque de ideias para tal coisa nunca esteve vazio.

Dei um gole generoso no meu café.

Talvez seja pela situação na qual me encontro, não consigo pensar direito aqui dentro. É muito silencioso.

Eu estou acostumada a sempre ter companhia, no caso estou falando de Matthew. Eu passava todos os meus dias e todas as minhas noites com ele. Nós nem éramos noivos de verdade, mas dormíamos na mesma cama, como melhores amigas na noite do pijama.

Aqui não tenho o Matthew, não tenho ninguém a não ser eu mesma, e isso é sufocante.

Eu nunca consigo ficar parada dentro de casa, sempre arranjo alguma coisa para fazer, como por exemplo, sair para correr, mas quando não tem outra saída e eu tenho que ficar aqui dentro, como tem acontecido agora que os meus alunos prestam a atenção em mim e eu amo planejar as minhas aulas, eu coloco meu fone de ouvido com alguma música aleatória no máximo.

Eu fico sozinha e começo a pensar em coisas que não devo, como por exemplo, desistir e voltar para a minha família.

Eu me sinto sozinha.

Não está sendo fácil, mas desistir não é uma opção depois de tudo isso. Então por essas e outras, não gosto de parar e começar a pensar na minha vida, como estou fazendo nesse exato momento inclusive!

Eu me levantei bufando e joguei a caneca de qualquer jeito dentro da pia.

Dei uma rápida olhada pela janela e vi que não estava chovendo tão forte assim, era só uma garoa.

Peguei um boné, coloquei na cabeça e sai porta a fora.

Ajeitei o boné na minha cabeça quando senti as gotas de chuva caindo sobre ele. Olhei para um lado e para o outro, nem sinal de uma alma viva. Sete e meia da manhã de um sábado, era de se esperar.