Capítulo 5 - Doida por Pryanik

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Me diz uma coisa, o que você acha de nós irmos almoçar no prédio de clube de tiro? – Eu perguntei para a minha mais nova colega/amiga, se é que eu posso dizer isso. Pelo menos aqui não era mais o cantinho da solidão graças a ela.

Ela me olhou sem entender, mas com o sorriso costumeiro.

Eu tinha passado o resto do dia anterior tentando bolar uma ideia que me fizesse voltar ao mesmo local que aquele homem estava. Mas infelizmente, eu não consegui pensar em muitas coisas, já que ele fica em um prédio e eu em outro, então a única coisa que consegui pensar foi nisso. Ir para lá no horário de almoço como quem não quer nada, mas que na verdade quer tudo.

Por que nós iríamos para lá? Eu não conheço ninguém dali. – Alice falou enquanto comia o pudim dela.

— Você falou que iria me levar para conhecer melhor a academia. – Eu falei dando de ombros.

— É, eu falei! – Ela virou com um sorriso enorme no rosto. — Vamos lá, eu vou te mostrar várias coisas legais. – Ela falou se levantando e me puxando com pela mão.

Alice com certeza era a pessoa mais animada que já conheci na vida. Ela está sorrindo para tudo, e quando eu digo tudo, é tudo mesmo. Até mesmo quando eu informei de que a saia dela estava suja de pudim e que facilmente aquela mancha poderia ser confundida com outra coisa. Mas tirando o sorriso em excesso e a boca dela que quando abre e não fecha mais, ela é uma pessoa legal.

Ela me arrastou porta a fora e começou a me contar várias coisas sobre a academia, nas quais eu só concordava com a cabeça e fingia estar prestando a atenção.

— Prédio de clube de tiro! – Ela falou abrindo os braços e mostrando com um sorriso no rosto a fachada para o prédio de clube de tiro. — Sabe, o prédio de clube de tiro, originalmente era o único, depois é que veio o de artes, por isso que alguns dos professores daqui são mais velhos e mais conhecidos. – Ela falou enquanto entravamos no prédio, ela devia estar se sentindo a própria guia turística naquele momento. — Olha só, eu gostaria de saber atirar, mas infelizmente tenho um pouco de medo e, não tenho tanta coordenação motora. – Ela falou apontando para dentro de uma das salas, onde continha alguns alvos na parede e uma mesa com armas e munições.

Eu concordei mais uma vez com a cabeça, enquanto olhava para as salas daquele prédio.

— Onde os professores almoçam aqui? – Perguntei

— Aqui também tem uma sala de professores. – Ela falou como se fosse óbvio. — Por que você quer ir até lá? Sabe, eu acho que já te falei, mas não tenho muitas amizades por aqui. – Ela falou rindo.

— Já falou sim, mas é sempre bom conhecer os seus colegas não é? Você não fala com eles, mas os conhece, né?

— É, eu acho que faz sentido. – Ela falou rindo.

— Você gosta de sorrir. – Não foi uma pergunta, eu estava afirmando aquilo.

Ela sorriu mais ainda enquanto andava na frente, acredito que ela esteja nos levando até a sala dos professores.

— É eu gosto. Minha avó costumava dizer que quanto mais você sorri, mais coisas boas você atrai. – Ela falou enquanto, adivinhem? Isso mesmo, sorria.

— E isso funciona mesmo?

— Semana passada eu bati com o meu carro e agora estou vindo para cá em uma bicicleta, mas agora eu não sou mais obrigada a ficar falando sozinha e tenho você de companhia. Então eu acho que sim.

— Eu preciso sorri mais então. – Eu falei rindo, talvez isso me trouxesse coisas boas também. — Me diz uma coisa, você conhece um tal de Pasha?

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