toque

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O toque, dedos que deslizam sentindo a textura e envolvendo as mãos a sua. O calor, a faísca. Era tudo pelo toque. Seu aparelho foi retirado por ele mesmo, queria ver mais. O moreno o entendeu, ele queria o ouvir de outra forma, o ler.

Puxou o tecido de cor verde para cima, era a camisa, a costura bem feita agora estava no chão. Deslizou no colo e desceu suas mãos pro peito.

– eu quero quero você, e eu quero que você me sinta com os meus sinais. – ele sinalizava, Pedro tinha a boca entreaberta enquanto se ateve a levar suas mãos para a cintura.

– me leva, então – o moreno movia seus braços, ele sentiu as mãos do outro segurar as suas e o guiar, desceu por todo seu peitoral até chegar no cós de sua calça.

O moreno tomou conta do recado, ele virou o namorado o deitando completamente. João estava olhando com curiosidade. Ele mordeu seus lábios novamente.

Tófani estava entre suas pernas, em questão de segundos todos os tecidos que antes estavam aquecidos pelo calor humano em seus corpos agora estavam no chão enquanto frios.

Levou as mãos do cacheado até em cima, prensando na cama. Ele apertou - as enquanto se afundava entre suas pernas, os olhos fecharam com o cerrar dos lábios.

Os murmúrios de felicidade, como uma pequena gota de água no deserto. João estava florescente. O amor deles era tão grande, que se espalhou pelo o universo trazendo uma nova estrela para o céu.

Pedro se movia no ritmo da batida do coração de seu amado, ele sentia tudo que o paraíso revelava ter. Suas pupilas dilatam sentindo o calor de Pedro em seu interior, ele estava completo.

Corpo arrepiado, calafrio e como floresceu, desabrochou.

A estrela que criou explodiu em milhões de pedaços de felicidade. João suspirou sentindo a ausência dos dedos de Pedro que antes apertavam sua cintura.

Ele caiu na real.

Pedro agora tinha sua alma e ele falhou em não ter comprido seu papel. Mas a sensação era como estar no paraíso. Sua alma não sentia culpa, sentia paz.

Acendeu apenas a luz do abajur e então retornou a sua órbita, puxou as mãos do namorado e se sentou novamente em seu colo.

– agora eu quero ver você.

João soltou antes de Tófani tomar o que estava por mim. Ele tinha a cintura flexível e se movia como música, era clássico, atual, era João Vitor.

CORAJOSOS (PEJÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora