eu não me sinto mal eu só não sinto nada...

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Cá estou eu, em outra noite que eu passo em claro, na melhor suite, do melhor hotel de são Paulo, usando meu roupão de cetim e vendo o que eu tenho de errado pra nunca ninguém permanecer aqui. Talvez, mas só talvez, seja porque eu sempre sonhei muito alto, pois sabia que o chão era o limite, ou por causa da minha arrogância, ou por causa da minha grosseria. Enfim, seja o que for, dane-se eu vivo muito bem sozinho.

Continuo pensando sobre isso até que minha mente me leva para a época em que eu não morava nesse inferno, me leva pra época onde eu ainda era do campo, e onde eu morava raramente as ruas eram de asfalto, me lava para antes de eu começar a ser... Ser assim, com a minha jaqueta e o meu queixo alto.
Saio desses pensamentos balançando minha cabeça e suspirando, indo até a minha mala e pegando minha jaqueta, para ir dar uma voltinha pelas ruas de São Paulo com a minha moto.

105,106, 107. A cada segundo a velocidade aumentava. A verdade, esqueci de dizer que quando eu digo "dar uma voltinha" eu quero dizer sair "rasgando" pela noite. E esse rasgar pela noite de hoje inclui eu com o coração na mão, tentando mais uma vez fugir de mim mesmo e de todo o meu passado, onde eu "matei" todos os meus amores vão. Caso vocês estejam se perguntando do meu destino, eu vou pra... Pra... Pra cama de qualquer pessoa, eu não sei muito bem, só quero ter aquele sentimento de estar completo denovo, denovo e denovo...

É como se são Paulo fosse uma droga, que me usasse e não ao contrário. Alguém me... Não... Merda!

Eu mudo a minha rota para uma boate que eu frequento regularmente, indo para o banheiro dela assim que entro, para jogar uma água no rosto.
Assim que eu lavo o rosto, eu retomo meus pensamentos estranhos e saio rapidamente daquele lugar, no processo esbarrando em um ou dois casais.

Novamente eu mudo minha rota. Agora eu estou indo para uma colina daqui, para encontrar ela novamente, assim como eu faço em praticamente todas as noites, onde eu tento fugir de mim, e sempre me encontro assim.

Sempre me encontro aqui, desse jeito, em frente ao túmulo da mulher que jurou que ia cuidar de mim...

Aí eu me lembro, que eu estou em São Paulo, um mundo tão triste e tão lindo, que eu tudo que eu tenho e tirou tudo que eu tinha, o lugar onde eu fujo de mim e me encontro na saída, eu... Eu tenho que me acostumar com isso, e não chorar como uma criança birrenta...

O vento sopra no meu cabelo, no topo de um arranha céu, eu sonho que eu sou o dono do mundo, um sonho de aluguel... Eu pego meu celular e me encaro nele, suspirando com a voz baixa eu digo "eu não me sinto mal eu só não sinto nada"
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"Chegou aqui para nós agora a notícia de que João Ramalho Fritz, um jovem de 20 anos foi encontrado morto pela polícia, nós ainda sabemos pouco sobre isso mas a nossa equipe disse que a principal suspeita da polícia é que o jovem tenha se suicidado. Fico por aqui agora, tchau Mariana"

"Tchau Maria. Nossa gente, que pena né, tão jovem desse jeito e já morto, uma pena mesmo. Enfim, para sair desse clima, vamos falar um pouco agora sobre os festivais deste mês..."

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Oioi gente, gostaram do capítulo?? Eu acho que não até porque eu escrevi ele na pressa já que eu tinha que sair kkk, aliás, se você, isso mesmo, você que está lendo tiver alguma ideia pra eu escrever, s já de música ou de algum tema, manda aí pq eu tô MT ruim pra escrever kkk

★quarta-feira, 13 de dezembro, 2023

★14:46

★beijos

★<3

★6 dias

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