Tycoon

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E assim vira o seu primeiro gole de cerveja.
-Que coisa horrível Nakunta, como consegue encher a cara disso todas as noites?
Fala Barcode, após quase cuspir daquele álcool que desagradava de suas papilas gustativas.
-É assim mesmo, depois de alguns goles você se acostuma.
-Com as outras bebidas doce não foi esse problema.
-Você que me pediu para te levar a um bar para provar de tudo e mais um pouco, porque é apressado mesmo faltando só um pouco para seus 18 anos.
Nakunta zomba do menino rindo dele.
-Meu pai enche o saco, eu quero é ver quem vai me proibir.
-Você nunca foi assim, eu queria saber o que está te mudando tanto... Que seja, vamos pedir mais alguma coisa ou nem?
-Vamos, é claro.
Chegando no balcão, eu realmente acho esse bar muito grande. Os lugares que Nakunta frequenta realmente são muito bons e bem incríveis, confesso que o motivo de eu estar aqui é um pouquinho por causa do meu pai, mas eu tô adorando.
-Fala meu consagrado, me veja uma taça de whisky por favor. E você Barcode, o que você vai querer?
-Eu vou querer o mesmo que ele, por favor.
-Olha só! Como ele é o filhinho malcriado do papai, se você começar a vomitar para todo lado não vá dizer que eu não avisei.
-Vai se foder Nakunta, você acha que eu não aguento?
-Valeu aí campeão!
[...] Isso é whisky puro meu deus, é tão horrível que desce até queimando, não sei se irei aguentar...
-Vai com calma porque essa bebida é muito forte para você Code, é sério.
Nakunta só vê Barcode começar a virar tudo na marra, era sua primeira vez fazendo aquilo e já queria abusar.
Barcode sai correndo para o banheiro, já era de Nakunta imaginar tanto que isso já fez parte de sua vida, ele vai atrás.
-Está melhor?
-Sim, eu ainda estou meio mal mas agora já está tudo bem.
-Acho melhor pararmos por hoje, não devia ter te deixado abusar assim.
-Eu que peço desculpas Nakunta, isso me fez saber que não vou ficar fazendo isso todas as vezes igual a você. Vamos voltar para o balcão onde estavamos.
Enquanto se recuperava, passava um homem estranho muito mal vestido que era de se doer as vistas só de ver, ele não perderia a oportunidade de debochar enquanto zombava para Nakunta que só observava, e o homem percebia mas Code estava nem aí. Já estava bebado o suficiente sem nem saber que estava, ele debochava sem nem um pingo de senso. Já era quase 4 da manhã e Nakunta queria levá-lo embora, ele percebeu a situação do amigo e deveria tirá-lo dali o mais rápido possível antes que fosse tarde e desse alguma briga. Os dois estavam bêbados, mas Nakunta um pouquinho mais consciente.
-Eu me viro para ir embora sozinho.
-Eu vou te levar até a porta de sua casa, ou melhor, mansão.
A rua estava muito deserta, aquilo era muito perigoso mas os dois seguem até o destino de Barcode, e com ele o que aconteceria? Nakunta naqueles cantos tinha a síndrome de prefeito.
Barcode bêbado era como Nakunta nunca imaginaria, totalmente diferente e alterado, realmente queria saber o que acontecia... Mas o quão desagradável poderia ser ao tocar em um assunto do tipo?
Chegando a frente da casa Code insiste para deixá-lo na frente da porta, e sempre foi assim. Mesmo com aquela amizade de anos ele nem sequer nunca entrou lá dentro, não deveria pensar demais, devia estar bêbado.
Que porra de mansão tem senha digital? Como era mesmo? Não consigo processar mais nada... Me bateu uma tontura...
-Que barulho é esse? Anda, entre.
-Ainda acordado?
-Onde você estava? Acha que já é dono de si mesmo? Como você acha que fico sabendo que um garoto de 17 anos que nem sei se devo chamar de meu filho ficou a noite inteira fora sem nem dizer nada?
-Dá um tempo vai.
-Você está cheirando a álcool, você andou bebendo?
-E se sim?
-Você de repente virou uma peste nesses últimos meses, o que tá acontecendo?
-Por quê todo mundo fica me perguntando o que tá acontecendo? Porra.
-Eu vou cancelar o seu cartão de crédito, a partir de hoje eu corto suas asas.
-O que? Pai!
Que inferno, apenas se vira e bate a porta do quarto.
-Não vai me contar o que você fez mesmo né?
Fala seu maldito pai, espancando a porta talvez desejando que seria a cara do seu filho.
-O que eu fiz ou deixei de fazer não é da sua conta!
-Eu te dei uma chance para deixar você contar, acha que eu não vi seu amiguinho com você pela janela? Tinha que ser, eu nunca gostei que você andasse com esse garoto por aí, e ainda mais sendo pobre.
-Não fala assim do Nakunta!
Ele apenas sai sem dizer nada, eu não tenho um pingo de paz nesse inferno, eu estou tão cansado... Apagando...

Cinquenta tons de cinza: Conde JeffOnde histórias criam vida. Descubra agora