um dia normal - Parte 2, parte final - Revisado

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Ao chegarem no maior hotel de Yokohama, Michael conduz o BYD Han preto elétrico pela entrada do estacionamento sob o imponente prédio. Marya, enquanto estacionam, avisa a Michael sobre uma vaga executiva que costumava ser usada exclusivamente por ela e seu falecido pai. Ela fornece instruções para que ele estacione ao lado de uma porta branca marcada com a placa "Entrada Executiva".

Ao entrarem no hotel pela porta indicada, encontram-se em uma deslumbrante ala de recepção. O amplo espaço apresenta uma mesa em formato de meia lua, vários sofás e mesas para os clientes aguardarem, além de um jardim de terra no centro, onde uma cerejeira cresce elegantemente. O salão é decorado com vários pilares brancos, e atrás da recepção destaca-se um grande e luxuoso painel com a foto dos fundadores do hotel. Marya, sua mãe e seu falecido pai estão na imagem, acompanhados por uma plaquinha abaixo que os descreve como "Fundadores e CEO". Marya assume o papel de Vice-Presidente, enquanto seu pai era o presidente do hotel, e a mãe de Marya desempenhava o papel de CEO, sendo a pioneira na iniciativa que impulsionou o hotel, realizando a divulgação e fechando contratos com empresários que contribuíram financeiramente para o projeto.

Ao subirem por uma escada lateral que conduz à ala executiva, reservada exclusivamente para presidentes e secretários, percebem que a recepção está tranquila. O hotel opera com uma agenda trimestral: nos primeiros três meses do ano, a agenda é aberta, e uma fila de espera é organizada para acomodar os hóspedes que fizeram o cadastro antecipadamente. Após esse período, a agenda é encerrada, e os hóspedes começam a chegar, tendo um prazo de três meses para desfrutar de sua estadia.

Aqueles que antecipam a reserva não pagam pela adega, serviço de quarto ou refeições, podendo fazer pedidos à vontade sem custo adicional. Por outro lado, aqueles que não anteciparam a hospedagem arcam com todos os custos adicionais, incluindo adega, serviço de quarto e refeições, debitados no momento do check-out, incentivando assim a antecipação e planejamento por parte dos hóspedes.

Ao entrarem no escritório, Michael nota um homem de cabelos negros em uma sala adjacente. A porta de vidro possibilita que Michael o observe, porém o homem parece não ter notado sua presença. Enquanto isso, Marya se acomoda em sua cadeira, começando a organizar sua mesa.

- Com tantos funcionários aqui, fico surpreso que ninguém arrume sua mesa para você, - Comenta Michael, expressando surpresa.

- Eu prefiro arrumar sozinha, assim sei exatamente onde está cada coisa. Nesta sala, há documentos importantes, e não confio em qualquer um aqui dentro, - Diz Marya com um sorriso simpático. - Sinta-se à vontade para se sentar, querido. E se tiver fome, avise-me; eu peço para trazer o que você quiser.

- Estou bem, contanto que esteja com você, - Diz Michael, olhando para baixo. Em seguida, ele pergunta de repente: - Essa sala ao lado... De quem é?

- Meu contador. Ele cuida dos gastos gerais deste hotel. Cada unidade tem um ou um grupo de contadores. - Marya olha curiosa para Michael. - Por que a pergunta?

- Por nada, achei estranho ele... Mas tudo bem. - Michael pega seu celular, começa a discar um número e realiza uma ligação.

- Oi Lúcifer, vamos nos encontrar hoje. Preciso de atualizações sobre as investigações dos Onis.

- Claro, Bel. Onde você está?

- Hotel Yokohama, Grupo Sol Nascente.

- Espera... Eu estou aí. Minhas investigações me levaram para esse hotel, na verdade. Estou na sala ao lado da sua namoradinha. - Lúcifer diz isso e solta uma risada, e Marya consegue ouvir isso de sua sala, mesmo que seja bem baixinho.

- Estou com ela. Já estou indo aí. - Michael desliga.

- Indo a onde, amor? - Pergunta Marya, curiosa.

Vivências - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora