Capítulo 37

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Simone Tebet

Eu estava saindo do hotel, eu tinha o capuz do casaco sobre minha cabeça e tinha a cabeça baixa, andei até minha moto que tinha comprado a pouco tempo, a moto estava em uma rua ao lado do hotel escondida, ao chegar na frente dela montei na mesma e liguei, comecei a dirigir em alta velocidade, começando a desviar dos carros a minha frente, ao chegar no lugar parei a moto na frente da casa de praia e sai de cima da moto, peguei a chave em meu bolso e abri a porta, entrei na casa e fechei a porta, olhei ao redor na linda casa enquanto tirava o casaco, ao tirar o joguei em cima do sofá e andei até a geladeira, bebi água e logo ouvi batidas na porta, e pensei "Soraya chegou".

Fui até a porta e abri dando de cara com uma Soraya confusa, ao me ver deixou um sorriso brotar em seu rosto.

- Entre... - Falei, ela entrou e olhou em volta, fechei a porta e ela virou para me encarar.

- Essa casa é sua? - Ela perguntou,assenti.

-Comprei ela assim que sai da faculdade... - Falei, ela assentiu, tirou seu sapato e o deixou perto da porta.

- O que vamos fazer? - Soraya perguntou.

- Eu queria um lugar público, mais não podemos por causa das minhas condições...mas, eu só quero passar o dia com você... - Falei e ela assentiu sorrindo. - O que acha de assistirmos à um filme?

- Pode ser...nunca mais assistir um filme, desde que... - Soraya falou, mais logo parou assim que percebeu o que ia falar.

- Desde que eu morri... - Eu falei sorrindo, ela sorriu junto enquanto negava com a cabeça, ela virou e foi até o sofá, se sentou, lhe acompanhei e sentei também, peguei o controle em cima da mesinha e liguei a tv, procurei por um filme e quando achei um bom o coloquei e me ajeitei no sofá.

Olhei para Soraya que ja me encarava, sorri fraco e ela se aproximou e abriu as minhas pernas e se enfiou no meio das mesmas, deitou sua cabeça no meu peito e se acomodou, coloquei minhas mãos em sua cintura e fiquei fazendo carinho no local.

Quando o filme estava pela metade, eu olhei para Soraya, vendo que ela prestava atenção no filme, fiquei encarando seu rosto por longos minutos.

- Por que não está assistindo? - Soraya perguntou sem parar de encarar a televisão.

- Por que estou olhando para você.. - Falei subindo uma mão e levando até seu rosto, passei o dedo por seu rosto fazendo eu sorrir largamente, ela virou seu rosto e me encarou, ficamos nos olhando por segundos, aproximei meu rosto do dela e beijei sua testa devagar, abaixei o olhar, olhei em seus olhos, fechei os mesmos e passei meu nariz no seu sorrindo, aproximei minha boca da sua..

Beijei sua boca, ela entreabriu a sua, encaixei minha boca na sua e esperei alguma iniciativa dela, mais nada e apenas sentindo sua boca estava maravilhoso, então ficamos paradas, apenas sentindo a boca uma da outra, ao separarmos nossas bocas abrimos os olhos e ela passou sua mão pelo meu braço e encarou meus olhos.

- Como me conseguiu assim tão fácil? - Soraya perguntou sorrindo sem parar de encarar meus olhos.

- Eu não sei...talvez tenha sorte de mais... - Eu disse. - Sei que não deve está querendo falar sobre tudo que aconteceu ultimamente, mas tem alguma pergunta ainda? Não quero deixar de contar nada à você..

- Eu fiquei confusa em uma coisa...no seu "enterro" como acreditaram? - Soraya perguntou

- Eu estava dentro do caixão, usei maquiagem para ficar mais branca e outras coisas, me fingi de morta, resumindo, mais na hora de colocar o caixão dentro da cova, Rosângela conseguiu enrolar meus pais e meus irmãos que eram os únicos que foram permitidos ao meu enterro, ai eu sai do caixão e depois ele foi colocado dentro da cova. - Eu disse e ela franziu o cenho. - Não sei se entendeu, pois ficou confuso...mais...

- Que doido.... - Soraya disse sorrindo. - Eu acho que entendi. - Sorri. - Com quem vai se encontrar essa noite? - Torci a boca.

- É com um homem que Rosângela contratou para vigiar Eduardo, mas tenho que passar a ele algumas coisas importantes.. - Eu disse, Soraya assentiu devagar.

- O que aconteceria se Eduardo soubesse que está viva? - Soraya perguntou, pensei.

- Ele tentaria me dominar e faria mal a você. - Falei, ela engoliu em seco.

- E a minha família e as minhas amigas? - Ela perguntou.

- Eles também, provavelmente. - Falei. - Soraya eu me mostrei à Leila e sei que o que ela viu vai ser confirmado assim que Eliziane chegar em Nova York e ver ela, Gleisi pode saber também mas não podemos deixar ninguém mais que ela saber que eu estou aqui.

- Sim, claro... - Ela disse, assenti e me aproximei dando um selinho nela.

- Seja lá o que for acontecer daqui para frente, não esqueça que eu estou com você e que eu vou te protejer. - Falei

•💎•

Soraya Thronicke

Estava saindo da casa de Simone agora, já era por volta das 18:40 por ai, eu estava a caminho do aeroporto, minhas malas ja estavam no carro já muito tempo.

- Direto para o aeroporto senhora? - Ouvi o meu motorista perguntar quando ja estávamos dentro do carro, olhei uma última vez para a janela da casa de Simone vendo aqueles olhos castanhos me olhando através da cortina transparente, sorri.

- Sim.. - Falei e logo o carro começou a se movimentar, peguei meu celular em minha bolsa ao ouvir um bip de que uma notificação tinha chegado.

Número Desconhecido:

Desconhecido: Nos vemos em poucos dias, minha noiva.

- ST

Sorri, mais foi um sorriso grande e feliz, eu estava feliz, apesar de tudo, eu estava noiva, eu ia me casar com Simone, a mulher mais linda e encantadora que ja conheci, e eu sou tão apaixonada por ela.

Em meio a tantos pensamentos, senti um baque no carro com força fazendo eu cai sobre o banco e o carro rodopiar pela rua em que não tinha nenhum carro ou pessoa.

- O que foi isso? - Perguntei colocando minha mão na costa, estava doendo.

- Algum outro carro bateu no nosso senhor... - O meu motorista disse, mais parou assim que ouviu um tiro, eu abaixei a cabeça mais quando a levantei vi que meu motorista estava morto, o que estava acontecendo?

- Sai do carro.. - Ouvi um homem com a voz grossa falar quando abriu a porta apontando uma arma para mim, arregalei os olhos já o sentindo lacrimejar.

- Calma, estou saindo.. - Falei arrastado, sai do carro rapidamente, ele aprontou a arma para mim, olhei para frente vendo três carros fechando a rua, todos pretos, tinha um paredão de homens de preto e com máscaras, até que o que estava no meio começou a andar em minha direção, eu estava tremendo.

- Que bom em te ver novamente... - Ouvi aquela voz que tirou a máscara bem a minha frente, confirmando de que aquela voz era de quem eu pensava, mas antes que eu pudesse responder, eu sentir minha cabeça ser puxada para trás e um pano sufocar meu nariz com o álcool que ali tinha, eu já estava mais do que sufocada, não conseguia de nenhuma forma tirar a mão do homem ou respirar, até que desisti e:

Apaguei.

A Minha Chefe Versão SIMORAYA Onde histórias criam vida. Descubra agora