Um ano atrás
Becky estava sentada na cama, no leito de morte de sua mãe adotiva. Ela era uma senhora, e estava morrendo de velhice, mas ainda doía muito para a garota, que já tinha perdido sua mãe biológica anos atrás.
A senhora tossiu, e Becky à ajudou à se levantar, para que não se engasgar. Ela queria prolongar a vida da mãe o quanto fosse possível.
- Quer um copo d'água, mãe? - Becky perguntou, alisando os fios brancos dela, que assentiu. - Só um segundo.
Becky foi até uma mesinha no quarto, que tinha uma jarra com água e dois copos, serviu um e o entregou para a senhora.
- Obrigada. - A senhora agradeceu e voltou à se deitar. - Becky...
- Sim? - Becky perguntou.
- Você é uma filha tão, mas tão maravilhosa. - A mulher disse, com um sorriso pequeno e lágrimas nos olhos. - Eu não pude ter uma filha saída de mim, mas me deram você, e eu não poderia ter tido uma filha melhor. Você é tão linda, tão meiga, tão carinhosa.
Becky, apesar de seus lábios tremendo e os olhos molhados, sorriu para a mãe.
- Eu amo você. - Becky disse, pegando na mão da mãe e à beijando. - Eu te amo, muito, mãe.
- Eu também te amo, meu amor. - A mulher também beijou a mão de Becky. - Eu preciso te contar uma coisa. Um segredo que eu fui obrigada à esconder durante minha vida toda.
- Como assim? - Becky perguntou, com a testa franzida.
- Eu fui obrigada à esconder isso de você, se não, iriam tomar você de mim. - A mulher soluçou. - Me perdoa, eu deveria ter te contado.
- Mãe, calma! - Becky pediu, secando as lágrimas da mãe. - Me fala: do que a senhora está falando?
- Seu pai... Está vivo.
Os olhos de Becky dobraram de tamanho.
- M-meu pai? - Becky repetiu, vendo a mãe assentir. - Meu pai.. Meu pai está vivo? Mas... Como?
- Sua mãe contou que ele morreu antes de você nascer, não é? - A mulher viu Becky assentir. - Mas é mentira. Ele não quis assumir você e, para não te dar esse desgosto, mentiu que ele morreu. Ele está vivo e.. Está aqui no castelo.
- Aqui?! - Becky repetiu, sentindo o coração bater rapidamente. Emocionada com a ideia de ela ter um pai.
- É o Rei Austin.
O coração de Becky parou por um instante, e sua respiração ficou pesada.
- O que? - Ela perguntou, com a voz fraca. - O que a senhora disse?
- Seu pai é o Rei Austin. - A mulher repetiu.
Becky não podia acreditar, estava considerando que seu pai fosse Anton, pois tinha uma lembrança muito boa com ele: logo depois de sua mãe biológica te falecido, o Rei mandou que Anton fosse buscar Becky. Anton pegou a criança e à pôs no colo, à cobriu com a capa que usava, pois estava frio, a abraçou e lhe deu doces, dizendo que tudo iria melhorar.
Becky até poderia perdoar Anton por não assumir ela, pois tinha a regra de que guardas não deveriam ter famílias, e ele não queria perder o seu posto. Becky poderia perdoa-lo.Mas seu pai não era Anton, e sim, o Rei Austin! Como isso era possível?
Como se lesse sua mente, sua mãe adotiva continuou à falar.
- Durante a gestação da Rainha Austin, o Rei e sua mãe, que era uma simples criada, se envolveram. E quando a Princesa Charlotte nasceu, sua mãe contou ao Rei que estava grávida. Ele, com medo que a Rainha descobrisse, mandou sua mãe embora do castelo, até tentou comprar o silêncio dela, mas ela não aceitou o dinheiro, e tampouco contou à ninguém sobre o verdadeiro pai da criança. Só contou à mim, porquê eu era sua melhor amiga.
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Lady Knight - Englot
RomanceA Princesa Engfa, consumida pela sede de vingança pela morte brutal de seu irmão, embarca em uma busca perigosa e desesperada. Disfarçada como uma guarda real habilidosa, ela se infiltra na corte do reino vizinho, onde reside a filha do rei, a bela...