XI

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O sonho tinha me deixado bem aflito e meus pensamentos borbulhavam na minha mente, eu mal conseguia pensar em outra coisa, ao longe Reyna, Frank e Ben se aproximavam e pelos semblantes estavam me procurando a bastante tempo.

─ARTHUR!!─disse Ben se aproximando.─Procuramos por você o acampamento inteiro.─ele ofegava de tanto cansaço.

─Oi, meu bem!─falei abraçando Reyna.─Frank, a quanto tempo!!─falei indo na direção dele.

─Sim.─disse ele me comprimentando.─As coisas mudaram muito desde a última vez que nos encontramos.

─Exato!─falei pensando em tudo.─Se você está aqui, creio que Reyna tenha o convocado?─ele assentiu com a cabeça.─Já que estamos todos aqui, vamos para o que interessa, sei para onde temos que ir.─expliquei todo o sonho em seguida.

─Estranho.─disse Reyna.─Nunca ouvi algo parecido.

─Isso é estranho.─disse Frank.─Conheço alguns filhos de Morfeu e nunca os vi comentando sobre tal poder.

─Os deuses menores são cheios de surpresas.─disse Ben.─Quirion já tem muitos pedidos de criação de novos chalés, parece ter deus para tudo.

─Vou preparar um transporte.─disse Henry.─Não dá para ir a Chicago a pé.─Henry deu uma risadinha.

Henry nos deixou e disse para encontrarmos ele no litoral em alguns minutos,eu e Reyna fomos para o Chalé de Atena nos preparar enquanto Frank e Ben foram ao chalé de Ares para pegar alguns armamentos. Enquanto pegava algumas roupas e colocava na mochila minha mente ficava lembrando do sonho, aquela menina parecia precisar de mim, eu sentia que precisava salvá-la, nossos destinos estavam interligados de alguma forma.

─Você está bem?─Reyna perguntou enquanto arrumava uma mochila.─Aquele sonho mexeu com você!

─ É tudo muito estranho.─falei.─Desde a Inglaterra até aqui tudo parece me levar a menina.─fechei a mochila.─Vou descobrir o que tudo isso significa e salvar o nosso futuro.

─Juntos até que a morte nos separe.─ela fez um soco bate e deu um sorriso.

─Sinceramente você não existe.─falei dando um sorriso e juntos saímos do chalé

Logo que saiu ao longe se aproximou Frank com uma mala de sombra e Ben com uma mochila de montanhismo,cheguei a contestar o tamanho da minha.

─Vamos?─perguntou Frank assim que nos encontrou,minha mente resolveu não contestar a mala dele.

Chegamos no litoral e não havia nada de transporte,antes que chegássemos eu imaginava que entraremos no princesa andrômeda,mas me lembrei que ele já estava em missão.Procurei qualquer coisa que conseguisse se mover desde submarino a um barco a vela,no entanto na praia existiam apenas as ondas que quebravam na areia e jogavam uma leve brisa no meu rosto.
Estava prestes a iniciar uma coletânea de xingamento para Henry quando entre as nuvens um C-17 começa a descer, não era um comum,ele apresentava duas turbinas de cada lado e embaixo das asas haviam dois propulsores que permitia que eles dissessem como um helicóptero. Ele foi se aproximando da água e no lugar dos trens de pousos convencionais surgiram bóias e o C-17 virou uma GIGANTE HIDROAVIÃO.
O compartimento de carga abre e uma lancha é liberada e ela vem navegando em alta velocidade na nossa direção até chegar perto de um deque que tinha perto, entramos na lancha e ela automaticamente disparou em direção ao avião. Assim que chegamos uma garrafa metálica engatou na lancha e nós fomos levados para dentro e lá dentro estava Henry.

─Oi turma, gostaram?─perguntou ele enquanto descíamos da lancha.

─Você não disse que pegaria o Dolphin.─falei.─Conversamos sobre, lembra?

─Fique calmo meu amigo.─disse ele em uma voz tranquila.─O modo submarino ainda não está pronto,mas podemos voar.

─Alguém poderia dar mais explicações.─disse Reyna me fazendo lembrar que eles ainda estavam lá.

─Dolphin é o nome desse projeto de aeronave.─falei.─Ele pode voar(logicamente),serve como barco e pode se transformar em submarino.─minha voz enfraqueceu nessa última parte.─A transformação em submarino ainda apresenta alguns erros e por isso tínhamos combinado em deixá-lo no hangar.─ Olhei para Henry.

─Fica calmo.─disse ele.─Todos os outros modos estão operantes...─eu olhei para ele.─Tudo bem,menos o submarino.

─Isso não importa.─disse Frank.─Vamos focar na viagem, pode ser?─todos concordaram e fomos para as cabines e dormitórios.

  Enquanto Henry pilotava eu fui para o meu dormitório, Reyna e Ben ficaram vendo alguns mapas de Chicago e Frank foi preparar o seu armamento. Sentei na minha cama e fiquei analisando minha espada, a lâmina reluzia o brilho da lâmpada e exaltava a frase gravada: "Você não está sozinho, meu Príncipe".
Minha mãe tinha feito aquilo, ela talvez soubesse de alguma coisa no futuro que eu não esteja entendendo, meu pensamentos estavam agitados, cheguei a pensar que estava ficando louco com isso tudo. De repente o meu quarto some e eu me encontro frente a frente com Dilong.

─Precisa se acalmar, garoto!─disse o dragão chines em chamas logo à minha frente.

─Tudo parece tão...─busquei uma palavra melhor.─Confuso!

─Um bom guerreiro mantém a mente no lugar em situações adversas.─ele falou em tom calmo.─Estou com você desde que era pequeno e posso garantir que está pronto para qualquer problema.

─Se tivesse o poder de escolha...─minha voz falhou.─Acho que eu não seria um meio-sangue.

─Existem escolhas que não cabem a nós.─disse ele.─O destino é imprevisível.

─Vou proteger as pessoas importantes para mim.─falei me lembrando de Malia e Jilberto.─Nem que para isso eu...─cerrei os punhos e meu braço brilhou com a energia.

─Cuidado, Arthur!─disse Dilong e tudo começou a se dissolver.─A magia cobra um preço.

─Eu estou disposta a pagar!

Em um simples piscar de olhos eu estava de volta ao meu quarto com a minha espada em mãos, ela voltou a ser relogio e eu fui me preparar. A missão era noturna então todos tínhamos colocado um traje preto para disfarçar, coloquei luvas, botas e uma capa(para ter estilo).
Fui para o encontro de Reyna e Ben, ambos conversavam e estavam rindo por algum motivo, fiquei observando ela. Desde que nos conhecemos ela tinha se sacrificado muito por mim, tínhamos passado por muitas coisas que abalaria qualquer casal, no entanto em pouco tempo já estaríamos juntos para todo sempre até que a morte nos separe.

ARTHUR MORGAN 2-O GELO PERPÉTUOOnde histórias criam vida. Descubra agora