“A opinião geral foi de que a esposa da diretora Samanun Anuntrakul, premiada na categoria Melhor Direção por O carvalho e o cipreste, ofuscou muitas das estrelas de Hollywood com seu estilo natural...”
Deitada na cama ao lado de sua esposa, Sam acariciava as costas nuas de Mon enquanto prosseguia a leitura da matéria.
"Korkamon Anuntrakul estava radiante em seu vestido Valentino azul, ligeiramente mais amassado do que no desfile do mês passado em Milão, e o colar de estrelas de diamantes que se tornou sua marca registrada. A mulher de 31 anos estava com seus cabelos naturalmente ondulados pendendo sobre os ombros, e parecia ainda molhada enquanto caminhava pelo tapete vermelho de mãos dadas com a esposa. Especialistas especulam que sua pele reluzente se deve mais a dieta e exercícios do que a maquiagem..."
— Oh, Deus!
Gemeu Mon, cobrindo o rosto com o lençol. Sam riu antes de continuar.
"Sua beleza aparentemente natural tem sido proclamada como o início da rebelião contra o inatingível ideal de perfeição feminina."
— Por favor, me diga que está inventando. Ela falou mesmo que meu vestido estava amassado e meus cabelos ainda molhados?
Uma chuva fina tamborilava nas janelas da suíte da cobertura do hotel. O vestido azul citado na matéria agora estava descartado no chão, juntamente com a camisa branca, a gravata borboleta de Sam, e os sapatos de Mon.
— É exatamente o que está dizendo aqui. Você é famosa, baby.
— Famosa por ser a mulher que estava tão ocupada sendo seduzida por sua esposa dez minutos antes de o carro chegar, que nem teve tempo de passar maquiagem.
— Não. Famosa por ser bonita. Sabia que agora vai ser soterrada por pedidos de editores de revistas querendo saber quais são seus segredos de beleza?Mon abriu um sorriso cheio de malícia.
— O problema é que nenhum deles é adequado para publicação. O que mais diz aí?
— Nada importanteEla largou o jornal.
Mon o pegou antes que caísse no chão.
— Não tão rápido. Quero ver a parte sobre o quanto você é brilhante.
Mon sentou na cama e Sam se pôs a beijar o pescoço dela enquanto começava a ler.
“Ao receber o prêmio mais prestigioso da cerimônia, Samanun Anuntrakul homenageou Francis Tate — autor do livro no qual o filme se baseou e avô paterno de sua esposa —, agradecendo-o por ter dado ao mundo "um livro belíssimo" e a ela "uma esposa belíssima"”.
A voz de Mon falhou por um instante, antes que ela prosseguisse, embargada.
"Anuntrakul, que é conhecida na indústria por sua calma inescrutável, pareceu se esforçar para controlar as emoções enquanto pronunciava um discurso breve mas comovente."
Ela parou de ler, olhos reluzindo com lágrimas.
— A colunista tem razão. Seu discurso foi maravilhoso.
— Queria não ter sido tão breve. Havia muitas outras pessoas que eu devia ter agradecido. Principalmente você.
— Não precisa me agradecer por tudo.Sam segurou o rosto de Mon entre ambas as mãos, e lhe disse, fitando-a tão intensamente como se estivesse vendo sua alma.
— Sim, eu preciso lhe agradecer por tudo. Se tivesse começado, teria levado a noite inteira.
— Se bem me recordo, você fez isso.Disse Mon, sorrindo com malícia.
— Hum...
Murmurou Samanun enquanto a puxava para seus braços.
— E eu mal arranhei a superfície...
E chegamos ao fim deste intenso universo, obrigado quem chegou até aqui e nos vemos no festival dos universos natalinos. 🤭🙃🥰
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My Love, Your Heart
FanfictionEm uma viagem à Inglaterra em busca de inspiração para um novo filme, a diretora Samanun Anuntrakul a encontra na forma de uma mulher tímida e misteriosa cuja doçura e cândida beleza lhe fascinam. No entanto, Korkamon Armstrong é também herdeira do...